Emei Municipal Arujá II, no Centro residencial |
Depredações, roubos de
merenda escolar, desperdício de água e consumo de drogas. Esses são alguns dos
problemas que vem ocorrendo há mais de ano na EMEI Municipal Arujá II (Creche e
Pré-Escola), unidade educacional que fica no bairro Centro Residencial, e que
recebe por dia mais de 200 crianças. Quem faz essas denúncias são pais que tem filhos
matriculados na creche. Eles se dizem “cansados com o descaso da prefeitura”.
Os problemas começaram
a surgir depois que a prefeitura construiu uma quadra de Futsal no mesmo
terreno da creche. A quadra coberta (que era para ser um Ginásio de Esporte)
foi construída anexa ao terreno da creche, e, sem muro, possibilita livre
acesso dos freqüentadores da quadra à unidade de ensino, apesar de existir
caseiro na unidade. A quadra, segundo os moradores, atrai pessoas de vários
bairros de Arujá, especialmente do Parque Rodrigo Barreto.
A reportagem, em
contato com alguns pais de alunos, ouviu que a quadra é utilizada a semana
inteira. Moradores do Centro Residencial, informam que as sextas, sábados e
domingos aumenta o movimento. “Nesses dias os freqüentadores costumam jogar
bola até de madrugada”, disse uma mãe, que tem filho na creche.
Ela falou mais: disse
que o local virou ponto de consumo de drogas. “Durante o dia é fácil visualizar
pinos (para armazenar cocaína) descartados no entorno da quadra e também pontas
de cigarro de maconha”. Segundo uma funcionária da creche, os problemas não
resumem somente ao consumo de drogas e ao barulho que os jogadores causam à
noite.
“Depois que a quadra
foi inaugurada ocorreram várias depredações no prédio de ensino, além de roubo
de merenda escolar e desperdício de água (a conta de água referente há um mês
teria vindo no valor de sete mil reais)”. Ela disse ainda que os interruptores
de energia elétrica são controlados pelos freqüentadores, são eles que ascendem
as luzes da quadra.
“A torneira no relógio
da creche, os vândalos deixavam abertas a noite inteira, desperdiçando água.
Diante desse fato, a diretora da escola mandou retirar a torneira e lacrou a
água”, disse a mãe de aluno. Ela contou que depois disso, os invasores passaram
a utilizar o bebedouro das crianças que fica na área externa da escola,
obrigando a diretora a lacrar o bebedouro também. Além disso, a funcionária
descreveu que durante o dia, os freqüentadores não se intimidam com a presença
das crianças e dos funcionários, e urinam em qualquer lugar no entorno da
quadra, tendo em vista que não existe banheiro na quadra.
A denunciante relatou
ainda que a maioria dos vidros das janelas da creche foi quebrada, assim como
algumas portas. Diante disso, informou a mãe de aluno, a direção da unidade de
ensino pediu para colocar grades de ferro nas janelas e portas, para evitar novas
invasões no interior da creche. Ela entende que essas medidas são apenas
paliativos para os problemas. “O problema só seria resolvido de fato (ou
amenizado), com o isolamento da creche através da construção de um muro alto”.
Outra mãe que tem
criança matriculada na unidade, disse sob a condição do anonimato, que o
prefeito está careca de saber sobre os problemas da EMEI, que os vereadores
também já cansaram de denunciar na Tribuna da Câmara a situação da escola. Ela
falou que já até disseram na Câmara que existe uma verba que veio do Estado,
destinado a EMEI, “mas o prefeito não está nem aí, é um descaso total”.
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