A Câmara de Arujá recebeu na manhã do dia três de novembro, três diretores da CEJAM, empresa contratada pela prefeitura de Arujá que presta serviço nos Prontos Atendimentos (PAs) e na Maternidade do município. A pauta de discussão solicitava aos representantes
da CEJAM esclarecimentos sobre a morte suspeita de uma jovem, ocorrido dentro
das dependências da unidade de saúde no dia 29 de outubro.
Além dos diretores da empresa, compareceram os
vereadores Wilson Ferreira (PSB), Castelo Alemão (PTB), Rogério da Padaria (PT),
a Secretária de Saúde Clarinda de Fátima Carneiro, e a diretora Vera. Quem
abriu a reunião foi o presidente do Legislativo Abelzinho (PR), mas em seguida
ele se retirou. Depois chegaram os vereadores Cocera Cabelo (PR) e por último o
vereador Reynaldinho (PTB).
Mas, para decepção de todos, não houve esclarecimentos e a
morte da jovem Keli Cristina continua coberto de mistério. Keli Cristina ficou
internada quatro dias no Pronto Atendimento central de Arujá, depois de levar
um tombo na noite do dia 27/10. Segundo a família, apesar de ter sido realizado
na paciente, duas tomografias em Santa Isabel, os médicos que atenderam a jovem
não teriam constatado que ela estava (estaria) com uma vértebra lesionada.
Os diretores da CEJAM Alfredo, Silvia e Walter garantiram
que os procedimentos médicos com relação a paciente Keli Cristina foram corretos
e que a vítima não apresentava nenhuma fratura na vértebra. Apesar da declaração de que os procedimentos médicos com relação a jovem Keli Cristina foram corretos, os
diretores da CEJAM informaram que foi aberta uma sindicância interna, tanto na
parte médica, como na parte de enfermagem para investigar a conduta dos profissionais
da saúde.
Eles falaram ainda que além de uma tomografia
computadorizada realizado no crânio e na coluna cervical da vítima, foi
solicitado também um exame neurológico por um profissional (neurocirurgião), "exame
que não chegou a ser realizado, pois a vítima entrou em óbito de forma abrupta,
vítima de uma parada cardiorrespiratória".
O vereador Rogério da Padaria, disse estranhar a atitude do
médico que teria ministrado glicose na veia da enferma no primeiro atendimento
(dia 27/10), e, em seguida a teria liberado para voltar para casa. Lembrando
que a garota teria ingerido bebida alcoólica, pois estava numa festa, levou um tombo e bateu
a cabeça no solo, segundo a família. O vereador questionou porque a Keli
Cristina não ficou em observação, procedimento básico para quem bate
a cabeça? E emendou: "será porque a garota estaria alcoolizada?"
Os diretores do CEJAM disseram que os fatos estão sendo
apurados, que nesse momento não dá para informar nada, e que a última palavra
será o resultado do exame necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) sediado
em Guarulhos. Os diretores da CEJAM foram categóricos em afirmar que não houve
erro no Pronto Atendimento, que a paciente não teve fratura de vértebra, e que
a Keli Cristina recebeu um atendimento adequado e correto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário