Membros da
Guarda Municipal de Arujá compareceram na sessão ordinária da Câmara, no dia 26
de outubro para fazer um protesto silencioso por melhores condições de
trabalho. Eles exibiram uma faixa onde se lia: “Guarda Municipal de Arujá e a
população pede apoio aos vereadores, melhores condições de trabalho”. Nessa
semana passada, o prefeito teria falado para membros da CGM que nada poderia
ser feito pela instituição, nem nesse ano nem no ano que vem. A situação está
tão crítica que nem gasolina a Guarda tem para abastecer uma única viatura que
sobrou da frota. No dia 18 de outubro,
alguns Guardas Municipais designados para acompanhar a caminhada Outubro Rosa,
tiveram que ir a pé, tendo em vista que não tinha gasolina para abastecer a
viatura que resta da corporação.
Guardas Municpais comparecem à Câmara e pedem socorro aos veredores |
Como se
sabe, a Guarda Municipal passa por uma crise terrível. Ao longo dos dois
mandatos do prefeito Abel Larini que se encerra no final de 2016, a Guarda
Municipal sofreu um sistemático processo de sucateamento, e agora se encontra
na UTI, tendo em vista que os servidores municipais não tem carro para
trabalhar, não tem gasolina e não tem equipamentos. Além disso, o rádio
comunicação da entidade funciona de forma precária. O prefeito e o Comandante
da guarda (Capitão Altair) não tem interesse em apresentar um Projeto de Lei
para armar os GCMs. Se não bastassem esses dilemas, aparentemente o prefeito
demonstra que não tem vontade política em resolver o problema do concurso
público para admissão de mais CGMs, que se encontra parado há anos, devido a
problemas jurídicos.
Na sessão
ordinária do dia 26, os vereadores não pouparam críticas ao prefeito com a
relação à situação da Guarda. Os vereadores falaram que a Guarda está sem
comando, e o Comandante da Guarda (Capitão Alatir), recebe por mês quase 10 mil
para não fazer nada.
GCMs
distribuem comunicado por escrito para população
Guarda municpal está sucateada, só tem uma viatura funcionando |
Na sessão do
dia 26 de outubro, os Guardas Municipais distribuíram um comunicado juntamente
com um abaixo assinado constando o nome dos 38 GCMs do município. No
comunicado, eles lembram que dois guardas municipais sofreram um atentado a
tiros na noite do dia 13 de outubro, quando efetuavam ronda em uma escola
municipal, felizmente os servidores saíram ilesos do atentado. Isso mostra o
risco e o perigo que os GCMs correm trabalhando sem um revólver.
Os GCMs
informam também que eles prestam atendimento ao Conselho Tutelar do município,
e, em muitas ocorrências são obrigados a transportar pessoas na viatura que
eles não conhecem a índole, ou seja, não se sabe se é gente boa, se são
bandidos ou pessoas violentas. Por fim, no comunicado distribuído, eles falam
da dificuldade de se proteger o patrimônio municipal, como escolas, creches e
prédios da municipalidade. “Por exemplo, quando recebemos notícia de invasão de
escola municipal, como não temos a chave do prédio somos obrigados a pular o
muro e não sabemos se tem algum ladrão armado dentro da escola, enfim, corremos
riscos, pois não trabalhamos armados”, disse um GCM.
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