Pintor que teve pé esmagado por
ônibus, está sem trabalhar há sete meses
Jurandir Guedes está impedido de trabalhar. "Transcooper nunca me deu assistência" |
Jurandir Guedes, disse que foi um ônibus da
Transcooper que passou em cima do seu pé
O pintor de paredes, Jurandir Guedes (47 anos) que mora
no bairro Jardim Cristina (próximo da Avenida Brasil) está impedido de
trabalhar desde o dia 25 de junho de 2012. Nesse dia ele sofreu um grave
acidente e teve que amputar parte de seu pé esquerdo. Hoje, ele ainda se
encontra em tratamento e em recuperação, se locomove com duas muletas e está
aguardando a doação de uma prótese por parte da prefeitura que substituirá parte
de seu pé amputado. Jurandir contou que um ônibus da Transcooper passou em cima
do seu pé. Ele explica como se deu o trágico acidente.
“Eu estava na calçada da Avenida Brasil (próximo da guia)
conversando com um amigo. Tinha um carro estacionado na rua alguns metros
adiante. O ônibus vinha bem próximo da guia e o motorista fez uma manobra (brusca)
para passar o carro estacionado. Quando ele virou o volante, a parte de trás do
ônibus bateu no meu ombro, me desequilibrei e minha perna escorregou pra
debaixo do ônibus, quando o pneu traseiro (do veículo) passou em cima do meu
pé. O motorista não parou, foi embora, talvez não tenha visto”.
Jurandir disse ainda que “moeu seu pé” e que ele ficou se
debatendo no chão e foi socorrido por uma ambulância, mas a Santa Casa, logo o
removeu para o (Hospital) Santa Marcelina de Itaquaquecetuba. Ele explicou que
no Hospital (Santa Marcelina), logo no primeiro dia foi amputado o dedinho do
pé, e uma semana depois, ele foi comunicado (pelo médico) que seu pé seria
amputado, pois estava “podre” (necrosado).
Jurandir, disse ainda que permaneceu 45 dias internado. Ele
elogiou o tratamento em Santa Isabel: “a enfermeira vinha um dia sim um dia não
trocar os curativos, a ambulância também me levava para o Santa Marcelina”.
Porém, ele disse que era obrigado a comprar os remédios. Jurandir Guedes, disse
que a empresa Transcooper nunca o ajudou, nunca o procurou. Ele relatou que sua
situação está difícil, não pode mais trabalhar e quer que a empresa o ajude. Jurandir
disse que foi registrado Boletim de Ocorrência e que vai consultar um advogado
para saber seus direitos.
Boletim de Ocorrência
A reportagem teve acesso ao Boletim de Ocorrência
referente ao acidente com o pintor Jurandir Guedes, datado do dia 25 de junho
de 2012. O BO informa que acionado via COPOM uma viatura da Polícia Militar se
dirigiu até o endereço do acidente — Avenida Brasil. Lá chegando, os policiais
colheram relato de uma testemunha (Wellington Teixeira Julião) que ajudou a
socorrer a vítima. A testemunha informou
aos policiais que o acidentado (Jurandir Guedes) já tinha sido removido para a
Santa Casa de Santa Isabel. Wellington Teixeira relatou no BO que o Jurandir
foi atropelado por um ônibus da Transcooper. “A vítima estava parada na via
pública ao seu lado, quando um ônibus da empresa Transcooper passou em alta
velocidade e atropelou o pé esquerdo da vítima”. No BO consta ainda que não foi anotado demais
dados do ônibus.
Transcooper
A reportagem conversou com a Ângela Sanches, diretora da
Transcooper. Questionada sobre o acidente envolvendo o Jurandir Guedes que
acusa um motorista da empresa de tê-lo atropelado, ela disse que não tinha
conhecimento do fato por ser nova na empresa. Ela então perguntou (via
telefone) para um funcionário da empresa (um diretor antigo) sobre o ocorrido.
Segundo a Ângela Sanches, o diretor da empresa respondeu afirmando que teve
conhecimento do caso através de um BO que foi registrado na delegacia de Santa
Isabel. Segundo a Ângela Sanches, o diretor disse que foi perguntado aos
motoristas que trabalharam naquele dia sobre o caso e todos negaram o
atropelamento. Ângela Sanches garantiu que nenhum motorista da empresa
atropelou a referida vítima e que o caso foi enviado para o jurídico da empresa
Transcooper em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário