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Dalva, presidente da entidade, ao lado dos advogados, Bruno Ferreira, Alex Leal e Ivan de Oliveira |
Todas as quartas-feiras e sábados a cena se repete. Centenas
de pessoas (a maioria, donas de casa) se dirigem até a sede da Associação União
de Moradores do Parque Rodrigo Barreto na Avenida Arnaldo Candela, para receber
a cota de leite, sou seja, cada família, devidamente cadastrada na entidade, tem
direito a dois litros de leite, quatro litros por semana. O saquinho de leite,
distribuído de graça para as famílias carentes vem do programa do governo
estadual (Vivaleite) que atende crianças de seis meses a seis anos mais 11
meses. O programa também disponibiliza leite aos idosos (acima de 60 anos).
Segundo Lindalva Santos Bezerra (conhecida por Dalva)
presidente da Associação União de Moradores do Parque Rodrigo Barreto, a
entidade (com 21 anos de existência), atende hoje 385 famílias, a maioria
residente no Parque Rodrigo Barreto. Dalva salientou que a associação passará a
atender brevemente mais 100 famílias, incluindo a cota dos idosos.
Além do serviço de entregar o leite aos cadastrados, a
associação também doa roupas usadas para as famílias carentes. Dalva explicou
que é a própria população que traz as roupas para serem doados, inclusive alguns
empresários também ajudam com roupas. “À vezes deixamos de ir buscar uma
quantidade boa de roupas para doação, porque não temos carro”, queixou-se.
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Dalva com os colaboradores, Maisa Cristina, Ana Paula,
Sara e Daniel Alves |
Ela disse que recebe também doações de geladeiras, fogões e
móveis usados. “Se a população ou algum comerciante ou empresário quiser ajudar
a associação, a ajuda será muito bem vinda. Podem doar roupas usadas, cestas
básicas, móveis, fogões, geladeiras, qualquer tipo de coisa que seja útil,
existem famílias muito pobres, inclusive desempregados, necessitando até de
alimentação”, disse a Dalva.
Além disso, Dalva disse que a associação dispõe de uma
biblioteca, são milhares de livros didáticos, de literatura e outros que estão à
disposição, principalmente dos estudantes. A presidente da entidade ressaltou
ainda que precisa de doação de material de construção para terminar de
construir a associação, que fica na sua própria residência. “Preciso de bloco,
cal, cimento, areia”.
TRABALHO VOLUNTÁRIO É IMPRESCINDÍVEL PARA A ASSOCIAÇÃO
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Associação atende hoje 385 famílias com o programa Vivaleite |
Para fazer todo esse serviço, a associação conta com o
trabalho voluntário de várias pessoas, a maioria, também moradores do Barreto.
Dalva explicou que precisa anotar no cadastro as famílias que comparecem para
pegar o leite, anotar os faltosos também, tudo precisa ser controlado
rigorosamente, pois a entidade tem que prestar conta com a Secretaria do Desenvolvimento
Social, órgão do Governo do Estado, responsável pela distribuição do leite no
Estado de São Paulo. Ela disse ainda que várias famílias que não são
cadastradas no programa Estadual (portanto, não tem direito ao leite) ficam
aguardando o término da distribuição para ver se “tem sobra”, ou seja, nesse
caso essas pessoas podem levar o leite que as famílias cadastradas não vieram
buscar. Dalva informou também que ultimamente
a Associação União de Moradores vem prestando serviço de assessoria jurídica,
ou seja, advogados orientam as pessoas que precisam de informações na área jurídica.
São três os advogados que vem prestando esse serviço: Alex Leal, Bruno Ferreira
e Ivan de Oliveira.