Até 27 de março, existiam 277 notificações, ou seja, casos suspeitos. Dos
92 casos registrados em diversos bairros do município, o Parque Rodrigo Barreto
está na liderança com 47 pessoas infectadas pelo Aedes Aegypti, nome científico
do mosquito da dengue. Alguns vereadores, através da Tribuna da Câmara, na
sessão ordinária realizada no dia seis de abril, mostraram-se preocupados com o
alastramento da doença em Arujá. O vereador Renato Caroba (PT), disse que cerca
de 60% dos moradores do município não deixam os agentes da saúde entrarem nas
propriedades, para que os mesmos verifiquem se não há possível foco de dengue, ou
seja, água parada. Os vereadores, assim
como a população estão assustados com o rápido crescimento de casos da
patologia em Arujá, e vão solicitar uma reunião com a Secretária de Saúde Clarinda
Carneiro, para que ela exponha quais são as medidas que estão sendo tomadas
para evitar a proliferação da doença. Na reunião do Conselho de Saúde realizada
no dia 27 de março, tanto a secretária Clarinda, assim como algumas diretoras
que participam do Conselho já se mostravam preocupadas com o fato de parte da população
não dar acesso às residências aos agentes de saúde. Lembrando, como relatou a
secretária, que só a eliminação da água parada pode evitar a proliferação do
inseto causador da dengue. “A larva e o
criadouro, normalmente estão dentro das casas, estamos tendo dificuldade em
entrar nas residências, as pessoas não deixam o agente fazer o serviço de
prevenção”, disse a Secretária. Entretanto,
para alívio de todos, até agora não houve nenhum caso da dengue hemorrágica,
versão mais grave da doença, nem em Arujá, nem na região do Alto Tietê.
Pacientes falam da experiência da doença
Amanda, uma
jovem moradora do Parque Rodrigo Barreto, está há sete dias em repouso e em tratamento,
depois que confirmou no PA de Arujá o diagnóstico de dengue. Ela disse que nos
primeiros dias sentia muita dor de cabeça e dor nos olhos. Com o passar dos
dias, passou a sentir dores no corpo inteiro. Amanda relatou ainda que a pessoa
“fica cansada” e que ela permanece a maior parte do tempo deitada. Ela relatou
que toma o medicamento parecetamol, para eliminar as dores e também toma soro,
esse último ministrado pelo médico. Outro
jovem morador do Barreto relatou que está há cinco dias com a doença. “Apareceram
manchas vermelhas no meu corpo, o médico mandou tomar muita água, sinto dores
no corpo, uma sensação de mal-estar, você só quer ficar na cama, não sinto
fome, nos últimos dias nem comer direito você come, só quero sarar logo. Tomo dipirona
para as dores. Tinha ouvido muito falar de dengue, mas você só sabe o quanto é
ruim quando pega a doença”.
Santa Isabel e Guarulhos
O município
de Santa Isabel, até a semana retrasada apresentava oficialmente 51 casos de
dengue, hoje estima-se que mais de 100 pessoas devam estar contaminadas pelo
mosquito da dengue. O município de Guarulhos, vizinho de Arujá, e a segunda
maior cidade do estado de SP em população, decretou situação de emergência por
causa da dengue. Homens do Exército e da Aeronáutica vão para as ruas para
ajudar os agentes de saúde a destruir os focos do mosquito. Guarulhos, até a
semana passada ostentava 2.297 casos confirmados de dengue, 6.330 notificados e
nenhum óbito. No mesmo período do ano passado, a cidade havia confirmado 562
casos.
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