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No centro Secretário José Abílio, ladeado pelos vereadores Gabriel dos Santos e Reynaldinho |
O Secretário
do Meio Ambiente de Arujá José Abílio de Gouveia Teixeira compareceu na Câmara
de Arujá no dia 29 de maio, atendendo uma convocação do vereador Renato Caroba
(PT) que solicitava explicações sobre o corte de várias árvores ocorrido no terreno onde está instaldo o Fórum de Arujá. Além do autor da convocação, compareceu o presidente da
Câmara Reynaldo Gregório Júnior (Reynaldinho), o líder do governo Gabriel dos
Santos, os vereadores Wilson Ferreira, Lucia Ribeiro, Rogério da Padaria,
Castelo Alemão, Paraíba Car e Cocera Cabelo.
Fizeram-se presentes também o Presidente da ONG Salvar, Oswaldo Coutinho
Junior e o Leonardo Godoy, presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio
Ambiente (Comdema) que já foi Secretário do Meio Ambiente de Arujá no governo
anterior do prefeito Abel Larini. Também compareceram várias lideranças
comunitárias.
O secretário negou categoricamente que tenha ocorrido crime
ambiental no terreno onde está instalado o Fórum de Arujá, e salientou que a
responsabilidade dele foi só técnica, portanto, o corte e a remoção (parcial)
das árvores cortadas não foram de responsabilidade da Secretária do Meio
Ambiente. José Abílio foi o primeiro a
falar, e explicou que o pedido para fazer poda ou eventual supressão das
árvores partiu do juiz e diretor do Fórum Sandro Cavalcanti Rollo. José Abílio
voltar a falar que os eucaliptos, com as quedas frequentes de galhos estavam
pondo em risco a integridade física dos
visitantes e dos funcionários do Fórum, e confirmou mais uma vez que os
eucaliptos estavam doentes, com a
presença de cupins.
Ele disse que existe um projeto para recuperar a área com
árvores nativas. Os vereadores se revezaram nos questionamentos ao secretário,
mas basicamente as perguntas eram semelhantes. Respondendo ao Renato Caroba se
a área é considerada maciço arbóreo – conjunto de árvores concentrado num curto
espaço do terreno, onde as copas se tocam – e sobre a multa de seis mil reais
que a Polícia Ambiental aplicou na prefeitura, o secretário respondeu o
seguinte: “A Polícia Ambiental aplicou apenas uma penalidade administrativa (multa) e também reconhece que o local não é constituído de maciço arbóreo,
portanto, a própria Polícia Ambiental afasta a tese de crime ambiental”. Ele
acrescentou “que a multa só se deu em virtude de a autorização da Secretaria do
Meio Ambiente não constar o número de árvores que seriam cortadas, e também
pelo fato de que algumas árvores nativas terem sido danificados com a queda dos
eucaliptos”. Renato Caroba, diante da resposta do secretário, falou que
conversou com um dos policiais do Meio Ambiente, e o mesmo disse que depois que
as árvores estão no chão não tem como saber se a área é considerada maciço
arbóreo. O vereador, disse ao secretário que é só acessar o Google Maps que
fica fácil provar que a área é de maciço arbóreo.
Maioria acredita
que houve ambiental
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Vereador Renato Caroba, autor da convocação do Secretário e vereador Rogério da Padaria |
O secretário
José Abílio, colocou em dúvida o laudo técnico encomendado pelo Comdema de
Arujá, que chegou à conclusão que 63 pés de árvores foram removidos, inclusive
várias árvores nativas. “Os técnicos
fazem uma leitura diferente com relação aos cortes das árvores”, disse o secretário. Ele alegou que somente algumas árvores nativas foram derrubadas com a queda dos eucaliptos”. José
Abílio declarou que a prefeitura não pode vender as árvores, e que o acordo com
a empresa que cortou as árvores foi realizado pela Secretaria de Serviços que é
comandada pelo Ciro Doi. Portanto, ele não sabe em que circunstância foi feito
o acordo com a Madeira Jatobá de Mogi das Cruzes, não sabe dizer também quanto
vale o metro cúbico do eucalipto, enfim, ele não tem informações a esse
respeito. Por fim, o presidente do
Comdema Leonardo de Godoy, disse que no tempo que ele foi Secretário do Meio
Ambiente de Arujá, houve também solicitação por parte do Fórum para poda ou
supressão de algumas árvores, e na oportunidade a Secretaria realizou somente
algumas podas. Ele disse ainda que na época em 2013 não foi constatado nenhuma
doença nos eucaliptos, e que todos os pés estavam sadios, e se de fato fosse
constatado que algum eucalipto estava doente, o corte teria que ser através de
manejo, para que o tronco do eucalipto não atingisse outras árvores, caso que
não ocorreu nos corte das árvores agora. Ele disse que o laudo que indicou que
63 árvores foram cortadas está corretíssimo e que se fosse da vontade do
secretário, ambos poderiam ir até o local e contar os tocos dos troncos das
árvores derrubadas. Leo Godoy também garantiu que o local tem ao menos uma nascente
de água, portanto trata-se de área de APP.
Os vereadores não saíram satisfeitos com as explicações do Secretário. O
vereador Wilson Ferreira disse que vai levar uma proposta na Câmara para
instalação de uma CEI sobre o corte das árvores. O presidente do Comdema, Léo
Godoy, declarou que vai marcar uma audiência pública para discutir com a
população o suposto crime ambiental.
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