Florisvaldo recorreu, e o Tribunal de Justiça anulou reintegração de posse favorável à Imobiliária Continental |
O vereador
Paraíba Car (PSDC) foi acionado para acompanhar um despejo no bairro Centro
Residencial, em Arujá. Mas desta vez não era a Imobiliária Continental que
estava despejando algum morador, por incrível que pareça, era ao contrário, um
morador é que estava despejando a Imobiliária Continental. Uma reintegração de posse ganho pela
Continental em 2011 foi anulada pelo Tribunal de Justiça, e agora a casa vai
ser devolvida ao antigo dono, ou seja, a reintegração de posse, por
determinação da justiça, agora é favorável ao antigo proprietário, Florisvaldo
de Jesus Souza. Florisvaldo disse que reside há mais de 21 anos no Centro Residencial.
Ele explicou que sofreu uma ação de despejo por parte da Continental em 2011. “Sofri
o despejo, apesar de ter tentado um acordo com a Continental para pagar o lote
onde está minha casa, mas a Imobiliária não aceitou e ajuizou uma ação de
reintegração de posse contra minha pessoa”. Florisvaldo disse que a Ariane
Luongo (ex-vereadora do município e filha do dono da Imobiliária Continental),
colocou para morar na casa (dele), a ex-assessora parlamentar dela, de nome Daniela
Rossini. Ele disse que a Daniele Rossini, também trabalhou com a Ariane quando
ela comandava o Pró-Menor, e hoje é assessora do deputado federal Roberto de
Lucena.
ADVOGADOS DA CONTINENTAL TENTAM
IMPEDIR REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Seu Florisvaldo inspeciona sua residência que ficou mais de três anos em posse da assessora da Ariane Luongo |
Vereador Paraíba Car com a decisão judicial que restituiu a casa ao Senhor Florisvaldo |
CONTINENTAL E PREFEITURA, “DESPEJAVAM” MORADORES SEM DECISÃO JUDICIAL
O vereador
Paraíba Car, disse que desde que começou o loteamento do Parque Rodrigo Barreto
e também do bairro Centro Residencial em Arujá, a Imobiliária Continental se
acostumou ao longo dos anos, a “despejar” os moradores sem decisão judicial,
sem nenhum amparo na lei. Agindo de forma arbitrária e usando até da força
bruta, os capangas da Continental intimidavam as famílias dos referidos
bairros, que desamparados, sucumbiam à truculência e às arbitrariedades da
Continental. Muitas vezes os despejos ilegais tinham o apoio da prefeitura de
Arujá, através de tratores, caminhões, viaturas da Guarda Municipal e
servidores municipais. Não precisa puxar muito a memória para relembrar um caso
que ocorreu recentemente no Residencial. No início deste ano, a prefeitura de
Arujá compareceu na Rua José Faustino da Silva, acompanhada por viaturas da
Guarda Municipal e da Polícia Militar para realizar despejo de duas famílias,
sem uma decisão judicial. Também se faziam presentes uma máquina (pá
carregadeira) e caminhões caçambas da prefeitura. Começou um bate boca entre os
moradores e o fiscal Gilvan da prefeitura, que não apresentou nenhuma decisão
judicial para expulsar as famílias e demolir as casas. O vereador Paraíba Car
foi chamado. “Eu disse ao fiscal da prefeitura (Gilvan) que sem uma decisão
judicial, eles não iriam derrubar as casas, só se passassem com o trator por
cima de mim”. Diante da postura do vereador, a prefeitura desistiu de despejar
os moradores. Essas famílias, alguns meses depois foram de fato despejadas,
agora de forma legal, através de uma decisão judicial, mas devido à postura firme
do vereador Paraíba Car, a prefeitura fez através de caminhão municipal a
mudança das famílias, e os moradores passaram a receber R$ 500,00 reais por
mês, a título de aluguel social. O aluguel vale por um ano, prorrogável por
mais um ano. De lá pra cá, não se soube até hoje de outros casos de tentativa,
tanto da Continental como da prefeitura de Arujá de “despejar” famílias sem uma
decisão da justiça.
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