Vista panorâmica do Núcleo Vicente Matheus |
Os moradores
do Núcleo Vicente Matheus dizem que se sentem abandonados pelos políticos e
pela prefeitura de Arujá. Além disso, se sentem inseguros, tendo em vista que a
área onde residem é particular, pertence a uma pedreira. O núcleo Vicente
Matheus fica incrustrado num vale, entre o bairro do Mirante e a Rodovia
Presidente Dutra e tem cerca de 40 famílias.
A pequena vila se originou quando
a pedreira Vicente Matheus foi inaugurada há cerca de 50 anos. Na época, todos os
moradores eram funcionários da referida pedreira. Depois disso, a pedreira mudou
de dono e ficou desativada por um período. A paralisação se deu em virtude
de um grave incidente. Em uma das explosões diárias foi arremessado uma chuva
de pedras sobre o bairro, levando pânico aos moradores. Felizmente não houve
vítimas, apenas prejuízos.
Casas do início do bairro Vicente Matheus |
Depois, a pedreira foi reativada, e hoje nenhum
morador trabalha mais na empresa. Os moradores dizem que o bairro, apesar de
tranquilo, é feio e pedem melhorias, como iluminação melhor nas vias públicas
(eles alegam que a maioria das luminárias está queimada), solicitam guias e calçadas,
pedem capinação regular, tendo em vista que “o bairro é tomado pelo mato”.
Morador do bairro desde a década de 1980, Ailton Chaves Barbosa, disse que a
Sabesp instalou a rede de água no ano passado. “Mas o bairro passa mais tempo
sem do que com água, a falta de água é muito grande”. As famílias ser socorrem
através de uma mina d’água que é armazenada em duas caixas de concreto no alto
do bairro, e depois é distribuída através de canos para as casas, explicou os
moradores. “Essa água não serve para fazer comida, nem para beber”, para esse
fim, “as pessoas buscam água em outra nascente”, afirmam os residentes.
Ao fundo o pequeno bairro, em 1º plano, um dos poucos divertimentos das crianças, campinho de futebol de terra batida |
Os
únicos equipamentos públicos do local são uma escola municipal (ensino
fundamental Milton Barbosa), e um parquinho inaugurado no ano passado. “Depois
da inauguração, a prefeitura nunca fez manutenção no parquinho, o local se
encontra cheio de mato”, disse a dona de casa Selma. Uma jovem mãe que tem um
filho matriculado na Escola Milton Barbosa, criticou o aprendizado. “As
crianças de 1º, 2º, 3º e 4º graus da escola Milton Barbosa, estudam todas juntas, são cerca de 35
crianças, é difícil aprenderem desse jeito”.
Vereadores Gabriel dos Santos e Wilson Ferreira tem a solução para as famílias do “Vicente Matheus”
Os
vereadores Gabriel dos Santos (PSD) e Wilson Ferreira (PSB) solicitam ao
prefeito de Arujá, que seja desapropriado o Núcleo Vicente Matheus para fins de
interesse social de moradia, melhorias e denominação do vilarejo ocupado há
mais de quatro décadas por ex-funcionários da Pedreira Vicente Matheus e outras
famílias que se instalaram no local. Depois de feita a desapropriação os
vereadores querem que sejam concedidos aos moradores títulos de concessão real
de uso para fins de moradia, pelo prazo de 50 anos, prorrogáveis, com opção de
aquisição por preço a ser subsidiado pelo Município, segundo a condição socioeconômica
de cada uma das famílias. Wilson e Gabriel também pedem obras de captação de
águas pluviais, guiamento, arruamento, pavimentação das vias existentes e de
outras necessárias à mobilidade urbana, além de iluminação pública. Por fim, os
vereadores propõe que o núcleo seja denominado “Loteamento José Pereira da
Silva”, considerado o morador mais antigo do núcleo. Os parlamentares
justificam na mensagem do projeto que há cerca de 15 anos, a pedreira se
desinteressou pela área que forma o referido núcleo. Todavia, em razão da
irregularidade da área, quase que não há benfeitorias. A desapropriação é uma
alternativa para melhorar de vez a vida daquelas pessoas e ainda,
propiciar-lhes tranquilidade e facilidades, como a instalação de serviços.
Olá! Como está hj o projeto de desapropriação do bairro!?? O NÚCLEO MATHEUS ARUJÁ, é pertencente a quem(que)??
ResponderExcluirNão sei também moro aqui e não tenho informações
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