O vereador
Sebastião Vieira de Lira (Paraíba Car-PSDC) em entrevista ao jornal Gazeta de
Notícias, disse que é inadmissível que Arujá, uma cidade pequena, tenha 15
secretarias municipais e quatro subprefeituras. O vereador falou que algumas
secretarias foram concebidas para acomodar os cabos eleitorais do prefeito, o
mesmo ocorre com as quatro subprefeituras. “O dinheiro gasto mensalmente para
pagar esse contingente de comissionados, chega a quase 800 mil reais por mês, o
que daria mais de 10 milhões de reais por ano”. Paraíba relatou ainda que além
dos candidatos a vereador derrotados nas urnas, além de parentes do próprio
prefeito, a prefeitura também abriga pessoas indicadas pelos vereadores, “é a
farra com o dinheiro público”. “São 15 secretários municipais. Só de
secretariado (cada secretário recebe R$ 12.865,60), a prefeitura gasta
mensalmente quase 200 mil reais”.
Além disso, Paraíba Car alerta para o
seguinte: “Existe o chamado nepotismo cruzado na prefeitura de Arujá. O médico
e diretor da Maternidade de Arujá Drº Berti é marido da Secretária de Saúde
Clarinda Carneiro, mas o nome dele e também do Edinho, irmão do Prefeito Abel
Larini, que seria (supostamente) diretor de uma subprefeitura não aparecem na
lista dos comissionados”. O vereador argumentou que algumas secretarias
flagrantemente foram feitas para serem cabides de empregos, como por exemplo, a
Secretaria de Planejamento (Flávio de Senço), Secretaria de Habitação
(ex-vereador Orlando), Secretaria do Governo (Walter Swensson), Secretaria de Serviços
(Ciro Doi), Secretaria de Assuntos Internos e Secretaria de Desenvolvimento
Econômico (ex-vereador Pastor José Carlos). Paraíba pergunta se alguém já viu
na cidade algum serviço dessas secretarias. Sem citar nomes, Paraíba falou que
vereadores também têm seus indicados que trabalham na prefeitura; e pergunta:
“Como é que um vereador que tem um amigo ou parente trabalhando na prefeitura
na condição de comissionado, vai manter uma postura independente e fiscalizar o
prefeito?”.
Maioria dos comissionados são candidatos derrotados
Paraíba
informou que são cerca de 130 comissionados mamando na máquina municipal. “E
todo mundo ganha bem, o salário mais baixo está em torno de três mil reais, e o
mais alto, mais de 12 mil reais”. Ele cita a advogada Elaine Venâncio Queiroz,
que é comissionada recebendo um salário de mais de cinco mil reais, e que
deveria se dedicar de forma plena ao trabalho na prefeitura. Paraíba Car
informa alguns nomes dos cabos eleitorais que estão na prefeitura (funcionários
municipais que não prestaram concurso público), e que nas eleições são
obrigados a trabalhar para os candidatos do prefeito Abel Larini (PR): Adjalma
do Carmo (Didi-PTB), Otávio do Trenzinho, Nadja Cortes (filha do Nelson Cortez,
dono do jornal vermelho), Ana Poli, Edson do Auto Escola, Ifigênia de Oliveira,
José Orlando (Secretário de Habitação), João Baiano, Guela, Pastor José Carlos
etc, a maioria candidatos a vereador derrotados na última eleição municipal. “O
nome de todos os comissionados da prefeitura deveriam estar no Portal da
Transparência”, disse o edil, do PSDC. Paraíba falou que enquanto o prefeito
gasta cerca de 10 milhões de reais por ano com seus cabos eleitorais, a saúde
continua precária no município (Arujá não tem Hospital e nem Pronto Socorro)
além de faltar medicamentos na rede. De acordo com o Paraíba, a educação está
abandonada (as escolas estão caindo aos pedaços), faltam vagas de creche, não
há investimentos na área de trânsito, a Guarda Municipal está sucateada, e
falta segurança. O ferrenho oposicionista diz também que o prefeito não cobra
os maiores devedores de impostos do município, caso da Imobiliária Continental,
e de políticos caloteiros do fisco, inclusive, alguns estão lotados com cargos
comissionados na administração municipal.
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