Por Luis
Camargo
Drº Luis Camargo |
É um teste
de paciência o trânsito de veículos em Arujá nos horários de pico. A cidade,
pela sua estratégica localização, é atrativa para empresas, todavia, nas
últimas décadas não foi dada a devida atenção ao planejamento da mobilidade
urbana e escoamento da produção.
O resultado
é o sofrimento diário com o trânsito complicado, preço alto que é pago por toda
a população, esteja em automóveis ou ônibus. Tudo fica parado!
Hoje
destravar alguns gargalos no fluxo de tráfego é um desafio enorme, mas não
impossível. A cidade deveria ter uma alça perimetral no entorno da área central
- ideia que nunca se ouviu falar. Esse anel viário evitaria que as pessoas
cruzassem o centro para transitar entre um bairro e outro. Temos exemplos em
municípios da região onde essa alça perimetral resolveu o tráfego lento.
Precisamos
de soluções para a rotatória próxima à rodoviária, onde confluem as avenidas
dos Expedicionários, João Manoel e Antonio Afonso de Lima, e o trânsito
literalmente para nos horários de pico.
E não é só
isso, vejamos o absurdo da estreita via embaixo do pontilhão sobre a Dutra, que
não dá conta do tráfego intenso pela manhã e no fim da tarde. Ônibus, caminhões
e automóveis chegam a ficar parados por 15 minutos ou mais. Temos ali as
limitações da margem do rio Baquirivu, que deve ser preservada, mas, afinal, se
foi viabilizado o trecho norte do Rodoanel, que está cortando mata preservada,
obviamente alguma solução também pode ser dada para melhor fluidez do trânsito
no local.
Ora, bastam
as medidas paliativas: lombadas fora dos padrões; faixas de pedestres em locais
inadequados; semáforos não sincronizados; rotatórias confusas.
Arujá
precisa repensar sua mobilidade urbana, debruçar-se em um projeto que atenda as
demandas de hoje e do futuro. Novos centros comerciais despontam no município,
empreendimentos residenciais são lançados, teremos um corredor de ônibus
metropolitano e, em breve, a segunda pista da Avenida Mario Covas.
Não se pode
mais conviver sem uma adequada Engenharia de Trânsito! O fluxo de veículos só
tende a aumentar e fica a pergunta: como vai ficar o trânsito na cidade?
Investir em
mobilidade urbana é um item de suma importância para o desenvolvimento da
cidade.
Luis Camargo
é professor universitário, advogado, fundador do Movimento VIVARUJÁ. contato@luiscamargo.com.br
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