A polêmica envolvendo a gigantesca movimentação de terra na Rodovia Presidente Dutra
Depois disso a polêmica pulou para as redes sociais, para as
páginas dos jornais locais e está nas ruas da cidade. Segundo os vereadores que
rejeitaram o pedido de esclarecimento do Clebão, a movimentação de terra na
Rodovia Presidente Dutra é legal e tem autorização (não se sabe de quem até
agora?), mas tem autorização. Apesar de os vereadores afirmarem que o empreendimento é
legal (o vereador Odilon disse que há autorização para a movimentação de terra)
os desmentidos (salvo melhor juízo) sobre a legalidade do empreendimento estão
na ordem do dia.
Primeiramente, veio a notícia de que o cidadão Paulo Sergio Gomes
entrou com uma ação no Ministério Público e pediu uma diligência no local da
movimentação de terra. Depois foi o vereador Orlando Paixão (PT) disse que
até o final do ano passado não existia nenhuma autorização da CETESB para a movimentação
de terra na Dutra. Depois se pronunciaram duas
personalidades da política isabelense (Valmir Santos e Glauco Vicente) questionando a regularidade do empreendimento.
Por fim, outras pessoas que fazem um trabalho político na
cidade e que acompanham o problema da movimentação de terra na Dutra,
questionaram a postura dos vereadores, “que negaram informações não ao autor do
requerimento, mas ao povo isabelense”. Eles dizem que saltam aos olhos as irregularidades na
movimentação de terra e a falta de documentos para um evento de tal
envergadura, além de reafirmarem que a área é de APP. Mas parece que a polêmica
e suas conseqüências nem começou ainda. Rumores dão conta de as obras já estariam
paralisadas, por conta dessa polêmica.
Um político de prestígio da cidade, que não quis se
identificar, disse que é cômodo e simpático aos eleitores, os vereadores que
não se pautam pela transparência, falarem em geração de emprego. “Defender
empregos sem transparência, na base dos fins justificam os meios, sem ética, é
preocupante. Pior do que isso são os vereadores que se pautam pela ética, pela
lisura e pela transparência fazerem o papel de vilões, ou seja, eles são contra
a geração de empregos no município, havendo nesse caso uma inversão de valores”.
“Ser a favor da transparência e da legalidade, não quer
dizer que se é contra geração de empregos. Mas a imagem que querem colar nos
vereadores que exigem transparência e informação, é de que são contra a
instalação de uma pedreira em
Santa Isabel , e conseqüentemente contra a geração de 400
empregos para o município. É uma desonestidade esse tipo de postura. Ora, esses
10 vereadores que votaram contra a transparência têm medo de quê? Existem
motivações inconfessáveis por de trás dessa história toda? Existem fatos a
esconder? Afinal, a Câmara de vereadores não é guardiã maior das Leis?”.
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