Defensora Pública Sabrina Nasser |
A Defensora Pública Sabrina Nasser, argumentou que os
moradores têm que decidir se aceitam o acordo firmado entre o juiz de Arujá, a
Prefeitura de Arujá e a Imobiliária Continental, onde ficou acertado que os
lotes de 250 metros quadrados
seriam vendidos por 62 mil reais, “apesar da ressalva de que o acordo pode ser
passível de nulidade, tendo em vista, que o maior interessado, ou seja, os
moradores do Parque Rodrigo Barreto não participaram dessa reunião e decisão”. De
qualquer forma, esse acordo nunca foi respeitado, a Continental está tentando
vender lotes no Barreto por até 250 mil reais. Com relação ao processo de USUCAPIÃO,
a Defensora Pública, disse que o processo é garantido por lei, e aconselhou a
todos (que tem direito e que se encaixam nos critérios) a entrar com o processo
de USUCAPIÃO.
Foi lembrado na
reunião, que a Imobiliária Continental está com os bens indisponíveis por conta
de um loteamento ilegal em
Guarulhos. Por esse motivo a empresa não pode fazer nenhuma
transação financeira no bairro. Além disso, decisão judicial anterior,
determina que a Continental está proibida de alugar e vender lotes, muito menos
cobrar supostos aluguéis atrasados. Sabrina Nasser orientou os presentes a não assinar
nenhum documento da Continental. A Defensora Pública ficou assustada, quando o
advogado Márcio Batista leu os tópicos dos Contratos de Comodato (que só
beneficia a Continental) que são realizados pela Associação do Uilson Gato, que
estava presente na reunião. Sabrina Nasser, disse que esses contratos também
são passíveis de nulidade.
Foi relatado pelos moradores, que a Continental já fez
muitos despejos sem ordem judicial, e que normalmente os despejos são
acompanhados pela Polícia Militar ou por guardas municipais. Ela disse que é
proibido a presença de policiais para dar apoio a despejos e reintegrações de
posse. “Se isso acontecer, seria bom que
os moradores filmassem as viaturas (da PM ou da Guarda Municipal) para que os
mesmos sejam punidos na forma da lei”, disse a Defensora Pública.
Também foi lembrado que a prefeitura pagou quase 10 milhões
de reais (dinheiro do povo arujaense) na compra de uma área verde para se fazer a compensação ambiental do Parque
Rodrigo Barreto, quando a Continental (que provocou os danos ambientais) é que
deveria arcar com essa compra. Com relação as áreas de APP (Área de Proteção
Permanente) Sabrina Nasser disse que é de responsabilidade da prefeitura e não da
Continental. A Defensora Pública, falou ainda que a própria população do
Barreto poderia organizar audiências públicas, para definir os anseios da
população no caso da questão fundiária do Barreto. Ela disse ainda que o caso do Barreto é
complexo, mas garantiu que a Defensoria Pública está atenta e vai entrar com
vários processos em Arujá para garantir os direitos dos moradores.
A Associação Movimento de Moradores do Parque Rodrigo
Barreto não compactua e repudia os CONTRATOS DE COMODATOS que foram feitos no
Parque Rodrigo Barreto, e que só beneficiam a Imobiliária Continental.
Infelizmente, as mais de 300 famílias que foram enganadas, correm sério risco
de sofrerem despejos a qualquer momento e serem jogadas no olho da rua com suas
crianças.
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