Evento parecia sessão ordinária da Câmara de Arujá, tal a quantidade de
vereadores que comporam a mesa
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Defensora Pública Sabrina Nasser |
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Joaquim de Macedo, Presidente da Associação Movimento de Movimento de Moradores do Parque Rodrigo Barreto, fala aos presentes |
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Público lotou as dependências da escola Hermínia Araki |
A Audiência Pública para discutir os problemas fundiários do
Parque Rodrigo Barreto apanhou um bom público (no dia 20 de março) que
praticamente lotou as dependências da quadra da Escola Municipal Hermínia Araki,
no Barreto. Lembrando que a Audiência foi solicitada pela Defensoria Pública de
São Paulo, que vem acompanhando os problemas relacionado a Imobiliária
Continental, no Parque Rodrigo Barreto. Fizeram parte da mesa, além da
Defensora Pública Sabrina Nasser, os vereadores da Comissão organizadora (Rogério
da Padaria, Renato Caroba e Castelo Alemão) e representantes da prefeitura (José
Orlando da Secretaria da Habitação e o Secretário de Obras Juvenal Penteado). Além
dos citados, lamentavelmente, a mesa de trabalho parecia mais a Câmara
de Arujá, em dia de sessão ordinária, tal o número de vereadores presentes, em
detrimento, por exemplo, do seu Joaquim de Macedo, presidente da Associação
Movimento de Moradores do Parque Rodrigo Barreto que não foi chamado para
compor a mesa. Como se sabe Joaquim de Macedo foi quem trouxe a Defensora Pública
para o Barreto, ele já faz um trabalho há anos com a Defensoria Pública em SP. Em detrimento também do
advogado Marcio Batista (poderia ser também, a advogada Ilka, ou a Marcia) que
faz um trabalho jurídico no Barreto há muito tempo e conhece os problemas fundiários
do bairro. Por uma questão de justiça, fez por merecer em participar da mesa e
fazer o uso da palavra, o vereador Wilson Ferreira (PSB) que acompanha e conhece
a fundo os problemas do Barreto (inclusive o Wilson faz reuniões periódicas no
bairro com os moradores) e o vereador Paraíba Car (PSDC) que reside no bairro,
e também acompanha de perto as agruras dos moradores relacionadas à Imobiliária
Continental. Agora, com todo respeito aos outros vereadores, acredito que eles
não tinham nada a fazer ali, a não ser política, mesmo porque não conhecem os
problemas relacionados ao loteamento do bairro. Isso, sem contar os picaretas que
oferecem os famigerados acordos de comodatos que também estavam lá, para
uma faturadinha política. Felizmente, o advogado Wilson Ferreira e o advogado
Marcio Batista, quando fizeram uso do microfone, desmascararam a farsa do
Comodato. O vereador Wilson Ferreira,
deixou claro que ele é contra o acordo de Comodato, e falou da importância dos
moradores entrarem com processos de usucapião. Wilson também deixou claro que a
Continental não tem direito de cobrar aluguéis atrasados de 5, 10 ou 15 anos
atrás, a lei diz que só pode ser cobrado até os últimos três anos. O vereador
Paraíba Car, disse que a prefeitura de Arujá nunca fez nada pelos moradores do Barreto,
e que o prefeito sempre esteve em conluio com o proprietário da Continental. Por
sua vez, a Defensora Pública, disse que os contratos de locação (de aluguéis) são
ilegais. Ora, se são ilegais, como é que a Continental insiste em arrancar
dinheiro, cobrando até 40 mil reais de “supostos” aluguéis atrasados? Foi lembrado também um acordo que o Judiciário de Arujá fez com a Continental e a prefeitura de Arujá, onde ficou acertado que os lotes no Barreto deveriam ser vendidos pelo valor de 62 mil reais, preço considerado razoável pelos moradores, mas que a Continental desrespeita o acordo e cobra dos moradores até 250 mil reais pelo lote. Muitos
moradores puderam se manifestar no microfone e fazer perguntas (tirar dúvidas)
com a Defensora Pública. Como muitos vereadores falaram ao microfone sem
necessidade alguma, o evento acabou se atrasando e ao final, pelo menos 40% das
pessoas já tinham ido embora.
Líderes comunitários não foram convidados para compor a mesa
O mais lamentável de tudo na Audiência Pública realizado no
Parque Rodrigo Barreto é que a mesa das autoridades estava constituída só de
vereadores e membros da prefeitura de Arujá. Os líderes comunitários não foram
convidados para participar da mesa. Nem ao menos o presidente da Associação
Movimento de Moradores do Parque Rodrigo Barreto, seu Joaquim de Macedo, e também
o líder comunitário Edinaldo Evangelista. Ora, Joaquim de Macedo há mais de três anos vem fazendo um trabalho junto a Defensoria Pública, e foi ele que trouxe a Defensora Pública para o Barreto. Todos os processos
em Arujá que a Continental sofreu derrota, saíram da Associação do seu Joaquim.
Na verdade, tirando os três vereadores que compõe a Comissão organizadora do
evento, e os vereadores Paraíba Car e o Wilson Ferreira que tem conhecimento
dos problemas fundiários do bairro, os outros vereadores estavam fazendo politicagem,
pois não sabem nada dos problemas fundiários do Parque Rodrigo Barreto, e
alguns acabaram até falando bobagens caso do vereador Júlio do Kaikam, que
disse que os moradores do Barreto são invasores. O evento também não teve uma
pessoa para fazer o cerimonial (apresentação do evento). O vereador Renato Caroba
que foi o líder da Comissão de vereadores acabou de forma errada e inadequada
fazendo esse papel. Na verdade, ele acabou falando o tempo todo e transformou
em palanque político pessoal sua participação no evento.
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