A Câmara de Arujá,
na eleição para compor a mesa diretora de 2016, esteve envolvida no dia 10 de
dezembro, em um grande tumulto com o abandono no plenário de sete vereadores
situacionistas. Houve xingamentos, insultos e gritos, e no final, até ameaças
de agressões. Tudo isso porque o grupo do prefeito Abel Larini (PR) não admitiu
uma derrota que se avizinhava e numa tentativa de melar a eleição, escolheu o
abandono do plenário como estratégia.
Será marcada outra data para a eleição
que escolherá o presidente da Câmara, vice-presidente, primeiro e segundo
secretário. Assim que a sessão extraordinária foi aberta, o vereador Abel
Franco Larini (Abelzinho-PR) cochichou no ouvido do Presidente do Legislativo
Reynaldo Gregório Júnior (Reynaldinho-PTB), e numa manobra que já estava
ensaiada, os sete vereadores que compõe a base do prefeito Abel Larini (PR)
saíram do plenário para não sofrerem uma derrota pelo placar de 8x7. Deve-se
salientar que o abandono do plenário não teve nenhuma explicação por parte do
presidente da Câmara. Cerca de uma hora depois, o presidente apareceu e
encerrou a eleição, alegando que não existia segurança.
Inconformado, o
vereador Wilson Ferreira, interpelou o Reynaldinho no corredor da Câmara, e
visivelmente irritado com a postura do presidente que não respeitou o Regimento
Interno e tentou melar a eleição, disse o seguinte: “Você não é homem para ser
presidente da Câmara, não tenho medo de você”. Foi o estopim para que os ânimos
já acirrados desembocassem em acusações, bate-boca e ameaças, envolvendo
assessores, vereadores e o presidente do PTB de Arujá, conhecido por Didi. Se
não fosse os seguranças da Câmara e o pessoal do “deixa disso”, a pancadaria
poderia ter sido generalizada.
Vereadores aguardam o presidente da Câmara retomar a sessão para votação da presidência |
Os sete
vereadores que se retiraram do plenário: Gabriel dos Santos, Abelzinho, Marcio
Oliveira, Jussival, Reynaldinho, Valmir Pé no Chão e Lucia Ribeiro. O bloco de
oposição que venceria as eleições: Odair Neris (Mano’s), Castelo Alemão, Renato
Caroba, Rogério Gonçalves, Gil do Gás, Cocera Cabelo, Paraíba Car e Wilson
Ferreira. O vereador Wilson Ferreira, disse que a aliança de oposição na
Câmara, não é contra o prefeito, é a favor de Arujá e da independência do
Legislativo. “Se esse bloco (oito vereadores) se manter unido fará história”,
sentenciou o Wilson.
OPOSICIONISTAS
NARRAM AMEAÇAS E ENVIAM OFÍCIOS PARA DELEGACIA, POLÍCIA MILITAR E PROMOTORIA
PÚBLICA
Os fatos
ocorridos continuaram repercutindo fora da Câmara. Em nome dos oitos vereadores
que ganhariam as eleições, se as mesmas não fossem adiadas pelo presidente da
Câmara, em ofícios enviados o delegado titular de Arujá, para o comando da
Polícia Militar e até para a Promotoria Pública de Arujá, os vereadores narram
o desrespeito ao Regimento Interno da Casa de Leis e até ameaças contra o
grupo.
O documento cita ameaças que assessores parlamentares teriam ouvido, como por exemplo, “os vereadores e seus familiares corriam risco de não comparecerem na próxima sessão”. O documento informa ainda que os vereadores do bloco oposicionista exigiram o cumprimento do Regimento Interno, sendo ignorado pelo presidente da Casa de Leis, Reynaldo Gregório Júnior. No ofício enviado, os vereadores também pedem para reforçar o policiamento nos arredores do prédio da Câmara de Arujá, e na proximidade das residências de todos os oitos vereadores que compõe o bloco de oposição.
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