Essas duas casas foram reintegradas |
A
Imobiliária Continental, através de ação judicial cumpriu mais uma reintegração
de posse no dia 13 de setembro no bairro Centro Residencial, em Arujá. Cinco
famílias constituídas de oito adultos e cinco crianças deixaram suas casas na
Rua João Mariano. Não houve resistência por parte dos moradores e a
reintegração ocorreu de forma pacífica. Cinco viaturas da Polícia Militar
compareceram ao local. Também esteve presente a advogada Lídia da Imobiliária
Continental e mais o oficial de Justiça que acompanhou a restituição das casas.
Funcionários da Continental ajudaram na mudança |
Nos três
imóveis que foram reintegrados residia o casal Edinete Ferreira e Carlos
Eduardo de Inácio, respectivamente de 38 e 37 anos. Outro casal – Ednalva
Ferreira e Marcelo Oliveira – também teve que sair. Além dessas pessoas, José
Damião Ferreira, 42 anos, e a dona de casa Maria de Lourdes Ferreira, 61 anos,
também foram alcançados pela decisão judicial. Dois caminhões baús foram
cedidos pela Imobiliária Continental para fazer a mudança.
Segundo as
famílias, um morador do bairro Centro Residencial, proprietário de uma casa
vazia, ofereceu o imóvel para que as famílias despejadas pudessem colocar seus
pertences.
Moradora acolheu famílias despejadas |
Ainda de
acordo com os moradores, eles sabiam da ação judicial da Imobiliária
Continental que pedia a reintegração de posse. “Nós tínhamos uma advogada,
pagamos quatro mil, quantia que ele pediu, no entanto, a advogada alegou que
não sabia da reintegração de posse”, disse uma das moradoras que perdeu a casa.
Ela acrescentou ainda que “o processo correu a revelia”.
Ainda de
acordo com os moradores, “na decisão da justiça não tem nenhuma determinação
judicial para a demolição das casas, mas os funcionários da Imobiliária
Continental informaram que vão derrubar os imóveis”.
Como na casa
cedida para que os moradores colocassem suas mudanças, não dá colocar os
animais, o canil da prefeitura foi acionado para recolher três cachorros.
Nenhum representante do Conselho Tutelar compareceu ao local, assim como nenhum
Assistente Social da prefeitura apareceu para cadastrar as famílias despejadas.
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