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Escola Catavento em Arujá |
Duas
crianças foram flagradas em vídeo e áudio, sofrendo supostos maus-tratos dentro
da Escola de Educação Infantil Catavento, localizada no bairro Barbosas, em
Arujá. O caso gerou um Boletim de
Ocorrência (BO) e um inquérito policial na delegacia de Arujá e foi relatado ao
Conselho Tutelar da cidade. A denúncia também já se encontra nas mãos da
Promotoria Pública de Arujá.
Segundo
consta no Boletim de Ocorrência, a suposta autora dos maus-tratos contra duas
crianças do sexo masculino de dois e três anos, seria a própria diretora da
unidade escolar. A escola Catavento é
particular e teria matriculado em seus quadros, cerca de 30 crianças de seis
meses a cinco anos de idade. Essas crianças seriam a maioria oriunda de
famílias de classe média, os pais pagariam em torno de mil reais por mês. Quem fez a denúncia – segundo consta no BO –,
teria sido uma funcionária da unidade escolar. Essa funcionária, através de uma
advogada, entregou aos pais de uma das crianças – que supostamente sofreu maus-tratos
–, um vídeo e áudio, onde os fatos poderiam ser comprovados.
No áudio, a mãe consegue identificar a voz da
diretora que diz o seguinte para a criança no momento em que ela está sendo
alimentada: “engole a comida, engole, se não engolir até contar três, te viro
de ponta cabeça”. Em outro episódio
gravado, a mãe identifica a diretora da Escola que vem de encontro ao seu filho
que está de costas sentado no cadeirão. A diretora diz: “Se você não comer tudo
vou colocar uma bacia até você vomitar tudo, você vai comer até engasgar e
morrer”.
Em outro suposto
caso de maus-tratos – segundo relato dos pais – uma criança foi obrigada a
ficar em uma sala sozinha com os braços para cima, segurando uma argola por um
período. O castigo teria sido adotado pela diretora da escola, “até a raiva
passar”. Outra diretora da unidade escolar, também admitiu que aplicava esse
tipo de castigo. Além disso, os pais tiveram conhecimento de que as crianças
eram obrigadas a comer alimentos de que não gostavam – beterraba, por exemplo. Através
de contato telefônico, uma das diretoras, responsáveis pela unidade educacional,
falou brevemente sobre as acusações.
Ela disse que
não existem elementos materiais que prove as acusações. A mulher relatou ainda
que na escola ninguém tem conhecimento do suposto vídeo, e que o advogado (da
unidade escolar) está vendo (acompanhando o caso). Vale lembrar que as
acusações estão sendo investigadas pelas autoridades competentes, portanto, não
se pode nesse momento acusar os funcionários da escola de nenhum crime. No site
do Catavento, a escola informa o seguinte: “Chega a Arujá, uma nova Escola de Educação
infantil, com tudo o que você sempre sonhou para seu filho. Câmeras em tempo
integral, você vê seu filho”.