TRAGÉDIA NO PARQUE RODRIGO BARRETO: PAI MATA FILHAS E COMETE SUÍCIDIO

Uma tragédia ocorreu em Arujá nesta quinta-feira, 07 de agosto. Os corpos de duas crianças e do pai foram encontrados no quarto de uma residência localizada na Rua Benjamim de Jesus Rodrigues (antiga Rua 11) no Parque Rodrigo Barreto. Os mortos - Dandara Cândido de Oliveira, de 4 anos, e Emanuelly Cândido de Oliveira, de 2 anos, e o pai Alberico Alves de Oliveira, 31 anos - foram encontrados por vizinhos por volta do meio dia desta sexta-feira (07).

Segundo a hipótese mais aceita para os fatos, e que vai de encontro à opinião dos vizinhos, é de que o pai matou os filhos e depois cometeu o suicídio. Segundo relato dos vizinhos, quase nenhum morador da rua conhecia a família, pois eles residiam (de aluguel) no local há apenas 15 dias. Ninguém soube informar também o horário que a tragédia se consumou, tendo em vista que ninguém ouviu nenhum barulho durante a noite e nem na parte da manhã do dia seguinte. “As mortes podem ter ocorrido na noite de quinta-feira ou na madrugada de sexta-feira”, disse um dos vizinhos.

Homens da funerária retiram corpo do pai da
residência

O boato que corria é que as crianças teriam morrido asfixiadas. Duas viaturas da Polícia Militar ficaram toda a manhã na frente da residência, enquanto muitas pessoas ficaram aglomeradas no entorno da casa onde residia a família, aguardando o desfecho do triste episódio.

Cadáver de uma das crianças é retirado

A Polícia Civil esteve na casa para fazer a perícia. De acordo com a polícia, Alberico Alves de Oliveira, de 31 anos, matou as filhas Dandara Cândido de Oliveira, de 4 anos, e Emanuelly Cândido de Oliveira, de 2 anos, e depois se enforcou.

Paulo Henrique Cândido da Silva, tio das meninas, contou que a irmã era separada do pai das crianças. Ela mora em Guarulhos e Alberico vivia em Arujá. Segundo Silva, ele tinha autorização judicial para pegar as filhas a cada 15 dias. “Há mais de dois meses ele não pegava as crianças. Ontem, por volta das 14h, ligou e perguntou se podia levá-las ao shopping. A mãe deixou. Primeiro disse que devolveria ainda ontem. Às 20h ela ligou para ele. Ele não atendeu. Minha irmã conseguiu falar só depois das 22h e ele disse que as crianças dormiriam na casa dele.”

Segundo o delegado Antônio Carlos Cavalcanti, em depoimento, a mãe contou que ligou para Alberico nesta sexta-feira às 9h45. “Segundo a mãe, no telefone ele disse que não ia devolver as crianças, porque elas já estavam mortas. Ela ligou para uma parente de Arujá, que ligou para uma vizinha do pai. A mulher foi até a casa. Ela achou os corpos. As meninas estavam deitadas na cama”, informou o delegado.

Durante toda a manhã do dia 7 de agosto, a movimentação
em frente à casa onde ocorreu tragédia foi grande

Ainda de acordo com a Polícia Civil, no imóvel havia garrafas de bebida cheias e vazias e pelo menos 30 embalagens que servem para guardar cocaína. Segundo a polícia, vai ser necessário esperar os resultados da perícia para saber se a causa da morte das crianças foi envenenamento ou asfixia. Os corpos não tinham sinal de violência.

Segundo o irmão de Alberico, o rapaz estava usando droga e cerca de um ano e meio atrás já tinha tentado se matar. “Melhor seria de não ter sobrevivido, porque agora levou duas crianças com ele.”