sábado, 26 de janeiro de 2013

Moradores denunciam ações de funcionários da prefeitura de Santa Isabel


Nos dias 22 e 23 de janeiro de 2013, homens e máquinas da prefeitura derrubaram várias árvores de uma mata nativa e aterraram uma parte do local onde se encontravam as vegetações. O local fica em uma rua denominada Via das Mangas no bairro da Cachoeira. Segundo o vizinho do local, o aposentado Manoel Lucindo Ferreira, 64 anos, a prefeitura estava preparando a área para depositar entulhos, já tinha quatro caminhões carregados de entulhos esperando para descarregar no local. O líder comunitário Valmir dos Santos foi chamado pelos moradores. Ele argumentou com os funcionários da prefeitura que o local é de preservação ambiental e que ali não poderia ser depositado entulho e que a prefeitura estava cometendo crime ambiental em uma Área de Preservação Permanente (APP). Além disso, Valmir salientou que os funcionários da prefeitura não dispunham de nenhum documento autorizando o despejo do resíduo. Ainda segundo o líder comunitário, os servidores municipais ainda tiveram o desplante de chamar a polícia para ele, e posteriormente foram acionados e compareceram ao local, representantes da prefeitura de Santa Isabel. Diante do impasse, foram registrados Boletins de Ocorrência tanto por parte dos membros da prefeitura, como também por parte do Valmir e do morador (vizinho do local) Manoel Lucindo, que reside no bairro há seis meses. A prefeitura acabou abandonando o local e os caminhões foram embora sem depositar os resíduos sólidos. O que ficou, disse o morador Manoel, foram às árvores cortadas e muita lama. 
Aonde exista mata nativa ficou só terra solta e lama

Segundo o líder comunitário Valmir,  prefeitura cometeu crime
ambiental

Árvore nativa cortada pelos funcionários da prefeitura

Espaço seria utilizado para depósito de entulho

Arujá poderá ter a “Lei da Ficha Limpa”

“Lei da Ficha Limpa” em Arujá. Será que passa?

O município de Arujá poderá ter a “Lei da Ficha Limpa". Um projeto de emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Wilson Ferreira (PSB) foi protocolado no dia 23 de janeiro na Câmara Municipal de Arujá. Brevemente o projeto poderá ser apreciado pelos 15 vereadores da Casa Legislativa. Caso o projeto seja aprovado pelos vereadores, a “Lei da Ficha Limpa arujaense” impediria que políticos inelegíveis possam assumir cargos indicados pelo prefeito e pelo presidente da Câmara Municipal. A lei também evitaria que pessoas condenadas pela justiça assumam cargos de confiança na administração municipal, inclusive, o texto da lei alcança até os componentes dos Conselhos Municipais, caso, por exemplo, do Conselho de Segurança (Conseg) e também do Conselho Municipal de Saúde. O texto do projeto foi redigido pelo vereador Wilson Ferreira, mas contou com o incentivo e apoio do chamado Bloco G-7 da Câmara, que seriam os vereadores de oposição, formados pelo Wilson Ferreira (PSB), Odair Neres (Mano’s-PSB), Renato Caroba (PT), Rogério da Padaria (PT), Gil do Gás (PRB), Marcio de Oliveira (PRB) e Paraíba Car (PSDC). O projeto conta ainda com a assinatura do vereador Gabriel Santos (PSD).  Wilson Ferreira, mentor intelectual do projeto, disse que é necessária a “Lei da Ficha Limpa” em Arujá, “tendo em vista que não é mais possível admitir que alguém que não possa disputar um cargo eleitoral por estar condenado pela justiça eleitoral (ficha suja) possa ser funcionário público (através de cargo comissionado) indicado pelo prefeito, ou que possa ser membro dos Conselhos Municipais”. Com relação a uma suposta inconstitucionalidade da emenda, o vereador Wilson Ferreira, que é advogado, argumentou “que existem várias ações diretas de inconstitucionalidade julgadas improcedentes a respeito da matéria e que, do ponto de vista constitucional, legal e regimental, não vê óbices (empecilhos) à sua aprovação para que passe a valer em Arujá”. Questionado pela reportagem, se o vereador Wilson é oposição ao prefeito Abel Larini (PR), ele disse o seguinte: “Se o projeto da “Ficha Limpa” ficasse caracterizado como um ato de oposição, na emenda teria sido acrescido a impossibilidade de assumir cargo indicado pelo prefeito por quem não paga suas dívidas com o município, mas não fizemos isso, o que buscamos inicialmente é garantir a probidade administrativa em Arujá.  

Gil do Gás (PRB)
Marcio de Oliveira (PRB)

Rogério da Padaria (PSB)

Renato Caroba (PT)

Wilson Ferreira (PSB)

Paraíba Car (PSDC)

Odair Neres (Mano's-PSB)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Caminhão pega fogo na Dutra em Santa Isabel


Caminhão foi consumido pelo fogo, não houve vítimas

 Por volta das 11h00 do dia 25 de janeiro de 2013, um caminhão pegou fogo na Rodovia Presidente Dutra (altura do quilômetro 188) no município de Santa Isabel (alguns metros depois da passarela do bairro Cachoeira) e paralisou a importante rodovia sentido Rio de Janeiro. Não houve vítimas. O caminhão trucado, modelo Volkswagen teve a cabina totalmente consumida pelo fogo. A carga do caminhão (esferas de ferro) ficou espalhada pelo acostamento. As esferas (grandes e pesadas) ao cair do caminhão abriram fissuras e buracos no asfalto. No momento em que a reportagem chegou ao local, à equipe da Nova Dutra (concessionária que administra a rodovia) já se encontrava no local do acidente e tentava organizar o trânsito. Posteriormente, chegou o caminhão do Corpo de Bombeiros da cidade de Arujá e também a Polícia Rodoviária Federal.  A reportagem falou com o motorista do veículo sinistrado. Natalino, 63 anos de idade, morador de Santo André, disse que estava levando uma carga de 13 toneladas, proveniente do município de Diadema com destino à cidade de Taubaté. Ele contou que foi fechado por um gol branco e quando freou bruscamente para não colidir na traseira do veículo de passeio, nesse momento a carga deslizou para frente e se chocou violentamente contra a cabine do caminhão.  Natalino relatou que no momento do choque houve uma explosão e labaredas começaram a surgir na cabine do caminhão, foi quando ele puxou o freio de mão e saltou do caminhão. O caminhão ficou na pista da direita da rodovia. Segundo o motorista, o caminhão pertence à empresa onde ele trabalha. Os homens do Corpo de Bombeiros, através do caminhão tanque, conseguiriam apagar rapidamente o incêndio, apesar de a cabine do caminhão já estar completamente destruída.  A Rodovia Presidente Dutra foi fechada para que os bombeiros e a equipe da Nova Dutra pudessem trabalhar. O congestionamento da rodovia sentido Rio Janeiro chegou próximo da entrada de Arujá. 
Cabine do caminhão foi totalmente consumida pelo fogo

Motorista disse que foi fechado. "Só deu tempo de puxar o freio de mão e pular"

Bombeiros de Arujá conseguiram apagar o fogo rapidamente, mas cabine do
caminhão já estava destruída

Carga do caminhão ficou espalhada pelo acostamento

Bombeiros fazem o rescaldo

Pista da Rodovia Presidente Dutra ficou complemente parada.
Congestionamento chegou próximo a entrada de Arujá 

Motorista vinha de Diadema com destino à Taubaté. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

No apagar das luzes de 2012, vereadores aprovaram trem da alegria do prefeito Abel Larini (PR) que criou 45 cargos comissionados na prefeitura de Arujá


Todos os cargos são de chefia e salários podem ultrapassar 10 mil reais por mês

Cópia da Lei 2.514 que permitirá o prefeito
Abel Larini contratar 45 comissionados
na Prefeitura
O prefeito de Arujá Abel Larini (PR) no encerramento do seu terceiro mandato (2009-2012) apresentou projeto de lei de sua autoria na Câmara Municipal para aumentar os cargos comissionados na prefeitura de Arujá. Os vereadores que encerraram seus mandatos em 31 de dezembro de 2012, todos fiéis e servis ao chefe do Executivo, aprovaram dois projetos de lei que criaram mais 45 cargos de comissão em Arujá. Os cargos (a maioria de chefia) com altos salários que atingem valores maiores do que 10 mil reais por mês serão pagos pela população, é claro. Através do projeto de lei de número 2.514 do dia três (3) de dezembro de 2.012 foram criados os seguintes cargos na prefeitura de Arujá. 

Cinco (5) empregos públicos em comissão, de Secretário Municipal Adjunto, referência 12.
Dois (2) empregos públicos em comissão, de Diretor Técnico de Departamento, referência 11
Cinco (5) empregos públicos em comissão, de Diretor de Departamento, referência 10
Dois (2) empregos públicos em comissão, de Assessor Jurídico, referência 10
Oito (8) empregos públicos em comissão, de Assessor Técnico, referência 8
Treze (13) empregos públicos em comissão, de Assistente Técnico, referência 6

Dezessete dias depois (20 de dezembro de 2.012) o prefeito não contente com a criação de 35 cargos comissionados, apresentou novo projeto de lei (número 2.528) solicitando a aprovação de mais 12 cargos comissionados, totalizando a criação de 45 cargos. Lembrando que esses cargos ficam a disposição do prefeito para colocar quem ele bem quiser. Os 12 cargos criados no apagar das luzes do ano de 2.012 são os seguintes:

Cinco (5) empregos públicos em comissão de Secretário Municipal Adjunto, referência 12
Sete (7) empregos públicos em comissão de Assistente Técnico, referência 6.

Lembrando que maior o número de referência maior o salário.  Por exemplo, a referência 12 ultrapassa os 10 mil reais por mês. No texto da Lei, o prefeito deixa claro que os cargos por ele criados, ficam “destinados exclusivamente ao desempenho das atividades de chefia, assessoramento e direção”, ou seja, são todos cargos de mando, de chefia, que serão preenchidos, naturalmente, pelos apaniguados, amiguinhos e cabos eleitorais do senhor prefeito. No texto da lei, diz ainda que exceto no gabinete do prefeito, as despesas (salários) serão pagos pelo orçamento das secretarias em que o nomeado irá trabalhar.

Lembrando ainda o nome dos 10 vereadores que compunham o mandato passado (2009-2012): Jussival, Cocera Cabelo, Marcio de Oliveira, Juvenil, Souzão, Hassune, Orlando, Abelzinho, Valmir Pé no Chão e Reynaldinho.  




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Santa Isabel: “Demora na transferência e problemas com ambulância podem ter contribuído para morte de bebê”, relata pai


Kleber disse que o atendimento na UPA e na Santa Casa
foi muito bom, o problema foi a demora na transferência e os
problemas relacionados à ambulância
O ano mal começou o novo prefeito mal assumiu a prefeitura, mas as reclamações contra os serviços municipais já começaram. Uma família moradora do bairro Vila Nova acusa a prefeitura de Santa Isabel pela morte de um bebê de 18 dias. O que teria supostamente ocasionado a morte do recém nascido seria o serviço de ambulância prestado pela prefeitura do município. Pelo menos é isso o que afirma o gráfico Kleber Aparecido Morais, 32 anos, pai do bebê de 18 dias. Ele disse que a prefeitura de Santa Isabel não tem nenhuma ambulância UTI, e mesmo a ambulância convencional não tem condições de atender adequadamente os pacientes da cidade, pois os equipamentos não funcionam, pelo menos no caso do filho dele não funcionaram.

Ele relatou que no domingo (dia seis de janeiro de 2012) seu filho (Rafael Vinagre Rodrigues de Morais, de 18 dias) faleceu no Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba. A causa da morte teria sido broncopneumonia e uma parada cardiorrespiratória.  O pai explicou que sua esposa teve uma gravidez normal. “O bebê nasceu com saúde no dia 20 de dezembro de 2012”. Porém, ressaltou, que passado 15 dias de vida, o bebê não estava bem e apresentava febre. “Levamos o Rafael para a UPA de Santa Isabel no dia quatro de janeiro de 2012, depois ele foi transferido para a Santa Casa onde ficou internado. O quadro de saúde da criança estava se agravando. O médico disse que o Rafael teria que ser removido para algum hospital da região, pois a Santa Casa não tinha recurso para o tratamento do bebê”.

Kleber disse que os problemas começaram a partir desse momento, ou seja, conseguir um hospital para transferir seu filho e depois os problemas relacionados à ambulância. Ele informou que quando a direção da Santa Casa conseguiu um hospital para transferir o bebê (Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba) o seu otimismo logo se transformou em angústia.

“Assim que a ambulância chegou, meu filho foi colocado dentro do veículo, acompanhado de um médico e dois enfermeiros. Fui seguindo a ambulância no meu carro. Quando a ambulância ia entrar na Dutra (Rodovia Presidente Dutra, no trevo de Santa Isabel, sentido São Paulo) o motorista parou o veículo”. Kleber continua o relato. “Não entendi o que aconteceu, então saí do carro e através do vidro traseiro da ambulância, pude perceber que meu filho estava sendo reanimado, ele recebia massagens cardíacas do médico. Naquele momento pensei no pior, achei que meu filho tinha morrido. O motorista com a cirene ligada voltou em alta velocidade para a Santa Casa. Ouvi os funcionários falarem (motorista e enfermeiros) que a parte elétrica a ambulância (que alimenta) os equipamentos de uma UTI (improvisada) não estavam funcionando, o problema seria carga da bateria. O bebê foi salvo devido ao procedimento do médico”, disse o Kleber.

Mas o drama da família continuaria. “Eu disse na Santa Casa que naquela ambulância meu filho não entraria mais, o próprio médico falou que ele (a criança) precisava de veículo com equipamentos de UTI”. O pai disse então que foi solicitada ambulância do SAMU. “Depois de muita espera e burocracia a ambulância do SAMU chegou, mas não adiantou nada, pois além de não ter equipamentos de UTI, a família foi avisada que o SAMU não poderia levar pacientes de um município para outro”. Por fim, relatou o pai, depois de quase 24 horas, o recém nascido finalmente foi transferido (de forma precária) na ambulância da prefeitura, a mesma que deu problema. “Devido a demora na transferência o quadro de saúde do meu filho se agravou bastante e os médicos do Hospital Santa Marcelina fizeram tudo para salvar a vida dele, mas já era tarde”, disse o pai.  

Kleber, entretanto, isenta os profissionais da saúde da UPA e da Santa Casa. “O atendimento foi bom na UPA e na Santa Casa, os médicos e enfermeiras foram atenciosos e fizeram de tudo para salvar a vida do meu filho, o problema foi à demora na transferência e depois os problemas com a ambulância”.


Secretária de Saúde não recebe a imprensa

A reportagem esteve na Santa Casa de Santa Isabel no dia oito de janeiro de 2013 e conversou com o diretor Alexandre. Ele explicou que a Santa Casa não tem ambulância e que esse serviço é prestado pelo município, ou seja, pela prefeitura de Santa Isabel. Quanto à transferência, o diretor disse: “A Santa Casa fica na dependência dos Hospitais da região, assim que surge vaga, o paciente é transferido”. A reportagem esteve no prédio da Secretária de Saúde de Santa Isabel nos dias oito e nove de janeiro de 2013 para conversar com a Secretária de Saúde, Arlete Alves da Silva Pinheiro. No dia oito, a informação era de que a Secretária tinha ido almoçar e estaria em reunião à tarde. À tarde do mesmo dia, a secretária Arlete entrou em contato telefônico com a redação para saber o nome do paciente e dos seus genitores. No dia nove, a recepção da Secretaria da Saúde informou que eu deveria me dirigir até a Assessoria de imprensa da prefeitura (Paço Municipal) para colher as informações a respeito do caso. Parece que os funcionários da assessoria de imprensa foram pegos de surpresa, pois lá ninguém tinha informações sobre o caso.












segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A terra das chacinas


Por Luciano Martins Costa (Observatório da Imprensa)
O enterro do compositor Laércio de Souza Grimas, conhecido como DJ Lah, do grupo de rap Conexão do Morro, é uma das principais notícias dos cadernos de assuntos metropolitanos dos jornais paulistas de segunda-feira (7/1).

Na Folha de S. Paulo, reportagem complementar informa que a polícia paulista esclareceu somente uma das 24 chacinas ocorridas no ano passado, observando que o número de casos de assassinatos múltiplos duplicou em relação a 2011. Essas são provavelmente as duas últimas referências à primeira chacina do ano de 2013 de que o leitor vai ter conhecimento nos próximos dias.

Trata-se de um tipo de ocorrência característico da periferia paulistana, que a imprensa costuma registrar burocraticamente e esquecer. Mas há muito a acrescentar ao que os jornais publicam, discretamente, desde o sábado (5/1): no caso que inaugura o ano da violência, são evidentes as impressões digitais de um grupo de extermínio, provavelmente formado por policiais militares.
Foram sete mortos em um só episódio, ocorrido na noite de sexta-feira, metade deles gente que apenas passava pelo local. Dois irmãos que compravam refrigerantes foram obrigados a voltar ao bar para serem fuzilados, segundo o relato do Estado de S.Paulo.

Não há como ocultar que se trata de operações planejadas, com um comando central, realizadas com disciplina militar, que não seriam possíveis sem uma cobertura eficiente, com controle por rádio, monitorando uma área ampla em torno do lugar escolhido para o crime.Segundo testemunhas citadas pela imprensa, eram pelo menos 14 os assassinos, com as cabeças cobertas por capuzes.

O local fica próximo da rua onde, no dia 11 de novembro passado, policiais militares executaram a tiros o servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, depois de arrastá-lo para fora de sua casa. O caso só ficou conhecido porque um vizinho filmou o crime.

O noticiário do final de semana dizia que a testemunha desse assassinato estaria entre as vítimas da primeira chacina de 2013, mas a Secretaria de Segurança não confirma. Não faz muita diferença: o que precisa ser esclarecido definitivamente é a suspeita de que esquadrões da morte estejam atuando livremente na periferia de São Paulo, cobertos pela omissão das autoridades e sob o olhar complacente da imprensa.


Morro Triste
Laércio de Souza Grimas, o DJ Lah, deixa várias obras falando da vida nas comunidades periféricas de São Paulo. Curiosamente, a mesma imprensa que ignora a realidade descrita por esses autores populares costuma contemplar alguns deles com reportagens generosas em seus cadernos de entretenimento.

A situação denuncia um estado de esquizofrenia, no qual a manifestação artística tem visibilidade, mas a circunstância real que a inspira não consegue sensibilizar os jornais. O Campo Limpo, cenário do drama mais recente, é o bairro com o maior índice de mortes violentas da capital paulista. Parte de um complexo de favelas e conjuntos precários que reúnem mais de 600 mil habitantes, o bairro é um dos mais carentes e deteriorados da região metropolitana.

Curiosamente, dos três grandes jornais de circulação nacional que acompanham o caso, o carioca Globo é o que mais contribui para esclarecer a autoria do massacre, ao colher e publicar o depoimento do padre da diocese de Campo Limpo. O sacerdote não tem dúvidas de que se trata de ação de grupos de extermínio com cobertura oficial, ao observar que, após as chacinas, viaturas policiais costumam passar nos locais dos crimes, recolhendo cartuchos e outras evidências, o que dificulta a investigação.

Essa observação, isoladamente, seria suficiente para a imprensa cobrar do governo paulista algum interesse na apuração desses crimes. Mas os jornais paulistas estão de costas para a periferia.

A realidade das comunidades pobres não sai nos jornais, mas pode ser entendida por meio de uma das principais composições do DJ Lah. Durante o enterro, segundo os jornais, sua criação intitulada “Morro Triste”, trocadilho irônico com a circunstância de sua morte, foi cantada por uma centena de parentes e amigos que compareceram ao cemitério.

A letra do rap diz muito mais sobre a realidade dessa população, espremida entre o crime a violência policial, do que tem sido capaz de contar a narrativa jornalística. Diz o refrão: “O morro hoje está triste, sorriso não existe, nos olhos, no semblante daquela mãe”.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A naturalização do horror


Por Mauro Malin (Observatório da Imprensa)


Das 24 chacinas registradas no ano passado na capital e na Grande São Paulo, a Polícia Civil afirma que apenas uma foi esclarecida. No total, 80 pessoas morreram



Está criado, mais uma vez, um clima de conformismo diante das chacinas em São Paulo. Folha e Estado de S. Paulo noticiaram o assassinato de sete homens no Campo Limpo, bairro da Zona Sul, na madrugada do dia 5 (sábado), usando a mesma expressão: “A primeira chacina do ano no estado...”. A Folha chega a estabelecer uma métrica: “Em 2012, ocorreram ao menos 15 chacinas em São Paulo.”

As reportagens dos dois jornais apontam criteriosamente indícios de autoria policial, relatados por moradores. Apenas omitem que pouco depois de tomar posse, no final de novembro, o atual secretário de (In) Segurança, Fernando Grella, declarou que a polícia passaria a trabalhar estritamente dentro da legalidade, ou seja, sem assassinar, aterrorizar, seqüestrar, chantagear, torturar, espancar ninguém.
Mas, como se sabe, ninguém manda na polícia. A propósito, no site da Secretaria o procurador Grella ainda nem tomou posse.

Represália
A hipótese levantada pelos dois jornais é de que o assassinato coletivo tenha sido uma represália à denúncia, documentada em vídeo, de que o servente Paulo Batista do Nascimento foi executado por homens da Rota no dia 10 de novembro, depois de dominado, o que levou cinco PMs à prisão (o inquérito ainda não foi concluído).

Na manhã de sábado, o próprio delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Blazeck, disse à Rede Globo que um dos mortos era o morador que havia documentado o assassinato, exibida no Fantástico. Mais tarde, voltou atrás. Quem não deduzir que ele recebeu telefonema do gabinete do governador Geral Alckmin acredita em duendes, Papai Noel e Branca de Neve.
É uma repetição, assim como a manjadíssima incapacidade dos dois jornais de mexer com a programação de seus cadernos de cidade dominicais. No Estadão (6/1), a capa do “Metrópole” destaca: “Aparelhos de GPS já são usados para rastrear até pessoas”. Não diga! Na Folha, que deu a notícia da chacina no primeiro caderno (página A9), o “Cotidiano” protesta contra os indesejados: “Favela na Barra do Sahy ‘escala’ a Serra do Mar”.

Sete ou vinte por um
O episódio em que sete morrem para punir a revelação de que um foi morto friamente faz lembrar uma declaração dada quase vinte anos atrás (27/3/1994), à Folha de S. Paulo, por Leon Kornhauser, sobrevivente do campo nazista de Plaszóvia, quando lhe foi perguntado se poderia ter tentado fugir: “Sim. Eu tive duas chances de fuga, mas não quis: a cada fuga, eles matavam 20 presos. Não queria isso na consciência.”
Há mais do que coincidência entre as duas situações, afastadas no tempo por mais de sete décadas. Qualquer que seja a natureza do grupo exterminador: policiais-bandidos ou bandidos.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Posse do prefeito e vereadores eleitos em Santa Isabel

O salão nobre do Legislativo de Santa Isabel lotou na tarde do dia 1º de janeiro de 2013 para acompanhar a posse dos eleitos em 2012. Tomaram posse o prefeito Gabriel Bina, seu vice David Lucena e os 15 vereadores que comporão a bancada legislativa para o mandato 2013-2016. O salão da Câmara lotou e muitas pessoas tiveram que acompanhar a cerimônia de posse em pé. Com a presença de autoridades de várias áreas, autoridades policiais, políticos, lideranças religiosas e comunitárias, o evento comportou discursos e aplausos. 
Grande estrela da festa de posse dos vereadores, prefeito e vice,
Padre Gabriel Bina foi muito assediado
Padre Gabriel recebeu palavras dr incentivo e carinho
Padre Gabriel Bina com os irmão David e Roberto de Lucena

Padre Gabriel Bina com o Professor Pedro
Padre Gabriel Bina com o vereador de Arujá, Mano's

Ana Paula (Paula dos Cachorros) com o Padre Gabriel Bina
Público lota as dependências do salão nobre da Câmara de Santa Isabel para a
cerimônia de posse dos eleitos em 2012
Vereadores aguardam posse
Maurício Platz
Estreante na Câmara, vereador Orlando Paixão
Clebão
Vereador Zico
Vereador Odilon
Zé da Mula
Edson Oh Glória
Tí da Pastelaria
Drº Vidal
Jamir Varallo

Luisão Arquiteto
Vereador Ademar
Negavan
Teresinha Arquiteta
Mesa composta pela Teresinha, vereadora eleita com maior número de votos nas
eleições 2012, Prefeito Gabriel Bina, vice David Lucena e deputado federal
Roberto de Lucena

Público perfilado ouve Hino Nacional Brasileiro
Maurício Platz também compôs a mesa para posse de vereadores e prefeito
Grande público lota as dependências do salão nobre da Câmara de Santa Isabel.
As fundos população teve que ficar em pé




























































Vereadores e prefeito são empossados em Arujá

Os 15 vereadores e também o prefeito e vice-prefeito de Arujá foram empossados oficialmente no dia 1º de janeiro de 2012 em solenidade realizada no Clube União. O vereador mais votado de Arujá Paraíba Car presidiu a solenidade de posse dos eleitos em 2012. Na mesa, ao lado do prefeito e vice (Abel Larini e Luis Alves) e também do delegado titular de Arujá, Drº Sandro, Paraíba abriu os trabalhos do evento político. O vereador Wilson Ferreira discursou em nome dos vereadores. Também falou ao público o deputado federal Roberto de Lucena. Abel Larini através de um longo discurso encerrou o evento de solenidade de posse dos vereadores, prefeito e vice. Os vereadores foram chamados e além de assinaram a posse, também fizeram um juramento. 

Candidato a vereador em 2012, Gilvan Soares veio prestigiar
a posse dos vereadores e prefeito
Candidato a vereador em 2012, Maguila ao lado do Pastor José Carlos
Prefeito de Arujá pelo 4º mandato, Abel Larini
Público aguarda posse de vereadores e prefeito de Arujá

Um grande público tomou as dependências do Clube União no dia 1º de
janeiro de 2013 para prestigiar posse dos 15 vereadores e do prefeito
Gilvan Soares e a ex-vereadora Ana Poli
Vereadores eleitos perfilados aguardando juramento e posse
Vereador com o maior número de votos nas eleições municipais de 2012,
Paraíba Car presidiu solenidade de posse. Na foto ao lado do prefeito e vice,
 Abel Larini e Luis Alves e também do delegado titular de
Arujá Dr° Sandro
Paraíba Car discursa aos presentes
Abelzinho é empossado
Gabriel Santos faz juramento e é empossado oficialmente
Gil do Gás faz juramento
Cocera Cabelo é empossado para o 3° mandato
Júlio do Kaikan
Solenidade de posse para o 2º mandato do Jussival
Marcio Oliveira faz juramento
Estreante no Legislativo arujaense, Mano's é empossado
Renato Caroba é empossado para o 1º mandato
Reynaldinho recebe posse para o 2° mandato

Rogério da Padaria recebe posse para o 1ºª mandato
Valmir Pé no Chão: 4º mandato
Suplente no mandato de 2012, DrºWilson faz juramento e é vereador pela
 1ª vez
Prefeito pela 4ª vez, Abel Larini é empossado
Vice-prefeito Luis Alves
Em sentido horário: Deputado Federal Roberto de Lucena, Abel Larini, Paraíba Car,
Luis Bananeiro e delegado Sandro
Dr° Wison Ferreira discursa representado os vereadores

Público acompanha solenidade de posse 
Pastor e deputado federal Roberto de Lucena fala aos presentes
Maria Cristina foi candidata a vereadora em 2012
No encerramento, prefeito Abel Larini fez um longo discurso
Souzão é o Secretário de Esporte para o mandato 2013-2016
Candidato a prefeito pelo PT em 2012, Marcio Batista ao lado da esposa e das
irmãs Ilka e Marcia
Marcio Batista, as advogadas Marcia e Ilka, Maria Cristina

Eleitos vereadores Rogério e Paraíba juntamente com Maria Cristina
Sentido horário: advogada Ilka, vereador Rogério, Marcio Batista, Joaquim
do Barreto e seu filho e esposa do Marcio
Vereador Mano's 
Vereador Mano's e esposa Angelina
Vereador Mano's, família e apoiadores
Mano's e assessor parlamentar Rosivaldo (direita)
Público comparece na Câmara para acompanhar votação para presidente da
Câmara
Candidato a vereador em 2012, Renan veio prestigiar eleição na Câmara 
Vereadores através do voto elegeram presidente da Câmara, vice presidente, 1º e
2º secretários. Abelzinho foi consagrado presidente da Câmara