quarta-feira, 1 de maio de 2013

Moradores do bairro Pedra Branca vivem isolados, sem telefone fixo e celular, e sem estrada quando chove

Mais tem coisa pior. Algumas famílias que vivem isoladas nos rincões do bairro da Pedra Branca, nem energia elétrica têm

Distante 15 quilômetros do centro de Santa Isabel, os moradores do bairro Pedra Branca (zona rural) vivem praticamente isolados do município.  A estrada de terra, denominada Estrada da Pedra Branca é a maior fonte de reclamação. Além de a maior parte do trecho da estrada não ter iluminação, quando chove, praticamente a via fica intransitável. Quando os moradores citam a palavra, “isolados”, eles não se referem apenas às condições precárias da estrada, mas sim, da comunicação através de telefone. Telefone é um aparelho sem utilidade no bairro Pedra Branca, tendo em vista que o telefone fixo não existe no local por não haver cabos de telefones que atendam a comunidade. A pequena vila também não tem serviço de telefonia móvel, por não haver torre de telefonia. Logo, as pessoas e as crianças estão impedidas de ter acesso a outro meio de comunicação, que é a rede mundial da internet. Mas, por incrível que pareça no bairro Pedra Branca ainda existe uma realidade pior ainda do que não ter comunicação com o mundo via telefone. Existem famílias que não tem acesso à energia elétrica e vivem como no início do século 20, ou seja, não tem aparelhos eletrodomésticos em casa, e, à noite, vivem à luz de lampião a gás.  Como não tem televisão, as famílias costumam dormir cedo.

Em época de chuvas, estrada fica intransitável
A dona de casa, Lucimar Maria da Silva, 31 anos, tem dois filhos pequenos, que a exemplo de todas as famílias da Pedra Branca estudam na Escola Teiji Kita e são transportados por ônibus escolar da prefeitura, tendo em vista que a pequena escola do bairro foi desativada pelo prefeito anterior.  “Quando chove é muita lama que se forma, os motoristas de ônibus (linha normal e escolar) não entram na estrada com medo de ficar atolado ou com medo de acidentes. Já teve caso de ficarmos sem poder sair do bairro a semana inteira, as crianças perderam uma semana de aula por causa da chuva”, disse a Lucimar.  “Aqui”, falou a Lucimar, “se a gente precisar de uma ambulância ou de uma viatura da polícia estamos perdidos, sem telefone e a distância”. Os moradores reclamam também que o ponto onde várias famílias ficam aguardando o ônibus na estrada da Pedra Branca não tem cobertura. As famílias mostraram a lixeira abarrotada que fica na beira da estrada, reclamam: “O caminhão da prefeitura só recolhe o lixo uma vez por semana, precisamos de uma lixeira maior”.

Famílias vivem em pontos isolados sem energia elétrica
Isaura Aparecida de Oliveira, 36 anos, reside com dois filhos em uma rua de terra (sem nome) que sai da Estrada da Pedra Branca. Várias famílias moram no começo dessa rua (ou seria estrada?). A via de terra, segundo informou a Isaura termina no município de Guarulhos na Estrada que liga Guarulhos a Nazaré Paulista. Isaura mora no ponto mais longe e isolado, seis quilômetros dentro da estrada ladeada por mata densa e escura. Ela percorre todos os dias 24 quilômetros a pé (12 para ir e voltar, duas vezes por dia, para levar seus e trazer dois filhos até a estrada da Pedra Branca) para embarcar as crianças no ônibus escolar. Andar de carro por essa estrada é uma verdadeira aventura, são buracos e mais buracos, lama e galhos de árvores caídos, e na época de chuva praticamente a via fica intransitável. Além de viver isolada no meio da mata, a dona de casa não tem energia elétrica. “Os fios de eletricidade só tem nos três primeiros quilômetros, as famílias que vivem mais acima não tem energia elétrica”.  Ela disse que mora ali, por não ter condições de pagar aluguel e gostaria que o prefeito desse um jeito de levar energia até as pessoas que residem no local.  Ela disse que ninguém arrisca andar a noite pela estrada que é totalmente escura, margeada por uma floresta compacta. “Eu mesmo durmo cedo, por não ter televisão”, disse.

Prefeitura está recuperando Estrada da Pedra Branca
A prefeitura de Santa Isabel está fazendo manutenção em toda a extensão da Estrada que leva ao bairro Pedra Branca. Duas máquinas da prefeitura estão nivelando a estrada, e em alguns trechos a estrada está sendo alargada, em outros até pequenos aterros estão sendo feitos na via. A estrada também está recebendo cascalhamento. O encarregado da recuperação da estrada é o João Galinha, funcionário da Secretaria de Serviços da prefeitura de Santa Isabel. “Ele disse que a estrada vai ser recuperada em toda sua extensão, depois do trabalho das máquinas será colocado o cascalho. “Na semana que vem, terminaremos o serviço aqui na Estrada da Pedra Branca”. João Galinha disse que a recuperação das estradas vicinais é uma determinação do Prefeito Gabriel Bina (PV). “Vamos consertar todas as estradas vicinais do município, já temos um cronograma pronto. Vamos aproveitar a temporada sem chuva. Começamos pela estrada da Pedra Branca, pois era uma das vias mais críticas do município”, disse João Galinha. 

Isaura, mora com dois filhos em um dos pontos mais isolados da região do
Pedra Branca. Mais algumas famílias residem nesse local
Condições da estrada que leva à casa de alguns familiares que vivem
isolados na região do Pedra Branca
Essa estrada de terra sem poste e sem fiação elétrica é o
único acesso até a casa da Isaura. Trata-se de uma via
que sai da Estrada do bairro Pedra Branca
Estrada da Pedra Branca está sendo recuperada pela prefeitura em toda sua
extensão (15 Km). Ônibus de linha normal segue para o bairro Pedra Branca
Crianças aguardam ônibus escolar acompanhados dos pais. O ponto tinha
cobertura, mas depois que caiu de velho, a prefeitura nunca mais fez cobertura
nova para os passageiros
Ônibus escolar chega. Antes, porém, havia passado o coletivo de linha
 normal. Em época de chuva, moradores e estudantes ficam isolados, sem
ônibus
A única vila que existe (Pedra Branca) fica no final da estrada pedra Branca.
Lá existe o comércio do Paulinho que é uma espécie de bar, de mercearia e
mini-mercado. A vila fica no entorno 
A única luz que rompe a escuridão da mata na casa da Isaura
vem do lampião de gás



















sábado, 13 de abril de 2013

Em 24 horas, Santa Casa de Santa Isabel tem três mortes suspeitas. Familiares acusam hospital de negligência

Menina de oito anos tem diagnóstico de apendicite e morre de pneumonia. Familiares acusam Santa casa de não ter médicos, inclusive médico obstetra

Na semana passada em um período de 24 horas, a Santa Casa de Santa Isabel teve três casos de mortes onde teria ocorrido negligência hospitalar. Quem denuncia são os familiares das vítimas, que acusam a Santa Casa de não ter médicos para atender a população, inclusive médico obstetra. Foram dois casos de natimorto (feto que morreu dentro do útero das gestantes) e um caso de uma menina de oito anos que faleceu depois de ficar internada na referida unidade hospitalar. 
          Depois de várias reclamações de dores na região do abdômen, Rosilene Gonçalves da Silva Dias, 36 anos, moradora do bairro da Torre, levou sua filha de oito anos, Renata Gonçalves à Santa Casa de Santa Isabel. “Depois de exames preliminares, o médico da Santa Casa, disse que estava desconfiado de que se tratava de apendicite; durante quatro dias minha filha ficou internada tomando soro sem se alimentar e bebendo pouca água, se preparando para a cirurgia de apendicite”, disse a mãe no velório da filha.
          Interrompendo o relato da mãe, Camila Gonçalves da Silva, 18 anos, com os olhos vermelhos de tanto chorar, relatou que depois de quatro dias internada aguardando a operação de apendicite, os médicos mudaram o diagnóstico da minha irmã e disseram que se tratava de pneumonia. Segundo a Camila, a pneumonia foi diagnosticada depois que foi realizado uma radiografia do tórax da menina, onde foi acusado “uma mancha e uma bola que seria de pus no pulmão dela”.
          “No quinto dia”, prosseguiu a Camila, “o médico (Ricardo Bastos, Pediatra e Neonatologia) deu alta (hospitalar) para minha irmã”.  De acordo com a jovem, sua irmã deveria fazer o tratamento em casa e segundo consta na receita foi prescrito para a criança os medicamentos Salbutamol, Dipirona e Amoxilina. 
          A família informou que os médicos chegaram a falar também da possibilidade de a criança estar com infecção urinária. A mãe Rosilene, disse que a criança, apesar de estar tomando a medicação, estava pior de saúde. “Minha filha emagreceu, estava pálida e com muita dor, ela andava curvada e não conseguia mais tirar a roupa para tomar banho, ela estava com muita falta de ar e tosse”.
          Na segunda-feira (dia oito de abril), segundo relato da família, a menina foi levada de novo para a Santa Casa, onde ficou internada mais uma vez. “Os médicos garantiram que não fariam drenagem do pulmão dela, mas acabaram colocando um dreno na minha irmã sem conhecimento da família”, disse Camila.
          “Minha irmã estava muito debilitada, pois ela ficou internada os quatro primeiros dias sem tratamento e sem alimentação, o sistema imunológico dela devia estar baixo”.  Ainda de acordo com a família, o médico de nome Ênio, disse que a menina não poderia ter recebido alta na primeira internação.
          Renata Gonçalves foi internada na segunda-feira e morreu nas primeiras horas da terça, dia oito de abril. O atestado de óbito consta como causa da morte: Empiema Pulmonar Direito, Choque Séptico, Pneumonia Bacteriana Bilateral. A criança não foi encaminhada para o IML. O enterro aconteceu no cemitério municipal do bairro Brotas às 17 horas do oito de abril. A família disse que vai entrar em contato com o Conselho Tutelar e registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia.


Parturiente passa do horário do parto e bebê morre no útero da mãe
          Fernanda Pereira de Araújo, 27 anos, moradora da Vila Osires, chegou acompanhada do marido à Santa Casa de Santa Isabel por volta das 14h00 do dia 10 de abril. Ela estava no nono mês de gravidez e o bebê estava prestes a nascer. Segundo relato do marido Alonso Ribeiro de Souza, 29 anos, a enfermeira Sheila foi logo avisando que não tinha nenhum médico para atender, muito menos médico obstetra.
          “Uma enfermeira de nome Rosa, foi designada pela Sheila (enfermeira chefe) para fazer o exame de rotina na parturiente”, disse Alonso. “Depois disso, houve troca de turnos dos funcionários do hospital e minha esposa praticamente ficou abandonada sem assistência e sem médico”.
          Alonso, disse que por volta das 17h40 sua mulher começou a sentir contrações e muita dor. “Por volta das 18h30, Sheila avisou que minha esposa estava entrando em trabalho de parto, fez o exame de toque e disse que tinha começado a dilatação. “Porém”, falou Alonso, “vi a preocupação da enfermeira Sheila quando ela disse que não estava escutando o coração do bebê”.
          O marido falou que a enfermeira correu e ligou para um médico de nome Vicente. “Em cinco minutos, o Drº Vicente chegou e depois de fazer um exame no coração do bebê, constatou a morte do feto, por ter passado a hora de a criança nascer”. O marido falou que a criança defecou no útero e que o bebê morreu asfixiado pelas fezes. Alonso, disse que sua esposa foi então encaminhada ao centro cirúrgico para retirar o feto morto. Por solicitação da família, o bebê foi então encaminhado para fazer IML no município de Guarulhos sem atestado de óbito, tendo em vista que a parturiente não foi atendida por nenhum médico, e o médico Vicente, por questões óbvias não quis assinar o óbito.
          Segundo a declaração preliminar do atestado de óbito do IML de Guarulhos (o laudo definitivo só sai a partir de 30 dias) o bebê morreu em virtude de Anóxia Intra Uterina. A mãe da criança também iria passar por exame de corpo de delito. Foi registrado Boletim de Ocorrência na delegacia de Santa Isabel. A família estuda a possibilidade de ingressar na justiça contra a Santa Casa, pois eles entendem que houve negligência médica.


Gestante fica internada cinco dias na Santa Casa e bebê morre no Hospital hospital  Santa Marcelina
          A família da jovem Aline de Araújo Lima, 19 anos, acusa a Santa Casa de Santa Isabel de negligência. A jovem parturiente de 19 anos, moradora da Vila Guilherme, conversou com a reportagem no velório do seu bebê. Ela disse que estava no sexto mês de gravidez e devido um sangramento vaginal, foi levada pelo seu marido Ronaldo Feitosa Gonçalves, 21 anos, até a Santa Casa.
          Ela disse que ficou internada na Santa Casa desde sexta-feira (dia cinco de abril) até terça (dia nove de abril). Durante esse período de internação, Aline declarou que ficou sem medicamento e sem atendimento médico (não havia médico para atender). Segundo Aline, o único atendimento que ela teve (e assim mesmo precário) foi por parte da enfermeira Sheila.
          Ela disse que estava aguardando transferência para outro hospital, não sabia de qual cidade. Terça à tarde, a parturiente relatou que a bolsa estourou então ela foi transferida às pressas para o Hospital Santa Marcelina em Itaquaquecetuba. “Logo de cara os médicos do Santa Marcelina falaram que o bebê não sobreviveria, pois não havia mais líquido na bolsa” . Aline disse que logo depois foi constatada a morte do feto. 
          Aline contou que (a direção) do Santa Marcelinha registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia de Itaquaquecetuba, por o Hospital não ter sido comunicado da transferência da parturiente.  

O que diz a Santa Casa
          Alexandre Ribeiro, diretor administrativo da Santa Casa de Santa Isabel, disse que não é verdade que a Santa Casa não tenha médicos. “Nós temos médicos na Santa Casa 24 horas”.  Ele disse que na semana passada (quando houve os três casos suspeitos na Santa Casa), os médicos plantonistas trabalharam normalmente. A resposta do diretor da Santa Casa é com relação à afirmação do marido da Fernanda Pereira de Araujo, Alonso Ribeiro, que disse que na noite em que sua mulher perdeu o nenê não havia nenhum médico na Santa Casa e que as enfermeiras comandadas pela enfermeira chefe é que estavam atendendo os pacientes. Alexandre, disse ainda que o procedimento da enfermeira chefe com relação à parturiente, a princípio parece que foram procedimentos normais.
          Com relação à morte da menina de oitos anos (Renata Gonçalves) Alexandre falou que todos os procedimentos com a pequena paciente foram pertinentes. Inclusive, o diretor desmentiu a mãe da criança, quando mostrou uma declaração assinada pela mãe (Rosilene Gonçalves) autorizando os médicos da Santa Casa a fazer um procedimento cirúrgico para a colocação de um dreno na criança que estava com pneumonia.  A mãe da pequena enferma, disse que foi colocado o dreno sem autorização da família.
          No que diz respeito ao diagnóstico inicial de apendicite, o que levou a criança a ficar cerca de quatro dias sem comer (se preparando para fazer a cirurgia) Alexandre disse que os exames nesse sentido também foram normais e que a menina estava recebendo soro, ou seja, alimentação através da veia, mesmo porque, a mãe disse que a filha estava com dores na região do abdômen.       Sobre o terceiro caso, da jovem Aline Araújo que também perdeu o nenê e também acusa a Santa Casa de não ter médico e de negligência, o diretor Alexandre, disse que não tinha conhecimento desse caso e que ia averiguar. Ele afirmou que tudo será devidamente apurado.

Aline de Araújo e seu marido no velório do bebê
A mãe Rosilene Gonçalves no velório de sua filha Renata: família está
inconformada com a morte da menina 


















Envolto em polêmica, vereadores de Santa Isabel aprovam projeto da criação de quatro secretarias para o município


Com votos de 10 vereadores e quatro contrários (presidente não vota), foi aprovada a criação de quatro secretarias. Município passará a ter 14 secretarias

O prefeito Gabriel Bina (PV) está emplacando tudo na Câmara de Santa Isabel. Nesse início de mandato, ele conseguiu aprovação para a aquisição de dois carros zero para o seu gabinete, conseguiu o apoio dos vereadores para usar até 20% do orçamento do município sem dar satisfação ao Legislativo (cerca de 26 milhões de reais) e teve sua maior vitória agora ao obter na sessão da Câmara do dia nove de abril, a aprovação da criação de quatro secretarias para o município (Meio Ambiente, Segurança, Cultura e Turismo).

Somente quatro vereadores (Orlando Paixão-PT, Negavan-PT, Clebão-PR e Jorge Vidal-PSB) votaram contra, o presidente não vota. Por conta das discussões longas e entediantes (as intervenções de alguns vereadores são inócuas, óbvias e previsíveis, pura perda de tempo) sobre a criação das secretárias fez com que a sessão se arrastasse até quase meia noite.

Os vereadores considerados de oposição deixaram claro que não são contra a criação das secretarias, entretanto, entendem que o momento não é propício, o momento não é de se gastar mais dinheiro diante da crise de governabilidade que está instalada em Santa Isabel. O vereador Clebão citou que a criação das quatro pastas vai onerar de forma significativa o orçamento da prefeitura e que ocorrerá um salto de gasto da ordem de quase dois milhões de reais ao ano com a implantação das novas secretárias, enquanto que o prefeito dá um aumento de 0,65% aos servidores alegando que não tem dinheiro em caixa.

Clebão e os demais vereadores que votaram contra, declararam que o momento não é propício para se criar as secretarias, tendo em vista que a cidade está estagnada, que a cidade está suja, cheio de lixo e entulho, que existe o problema gravíssimo da água e de esgoto, que o caos está instalado na área da saúde, que o transporte público vai mal.

Ele citou também os problemas das estradas mal conservadas, a falta de empregos na cidade (os isabelenses são obrigados a trabalhar em outros municípios da região) e que o prefeito até agora não disse a que veio. Clebão falou ainda, que até os vereadores da situação não conseguem elogiar o prefeito Gabriel Bina por falta de ações concretas do Executivo nesses 100 dias de governo.

Ele argumentou que o prefeito poderia fortalecer as 10 secretarias já existentes que até agora não mostraram serviço, e pergunta. Será que as quatro secretarias vão resolver o problema de Segurança Pública, do Meio Ambiente, do Turismo e da Cultura de Santa Isabel? O vereador relatou que enquanto a maiorias dos servidores municipais ganham cerca de um salário mínimo, os secretários das novas pastas ganharão 11 mil reais por mês, além dos diretores que também terão altos salários.

O vereador Jorge Vidal (PSB) que também votou contra a criação das secretarias, disse que o momento não é adequado para a criação das pastas, mas ele até aceita as secretarias do Meio Ambiente, da Cultura e do Turismo, mas é visceralmente contra a criação da pasta de segurança. “Secretaria de segurança pública é obrigação do Estado (policias civil e militar), a secretaria de segurança do município não vai ter poder de polícia, não vai acrescentar nada, teria que se investir na Guarda Municipal em Santa Isabel”. Vidal disse ainda que “isso está cheirando um trem da alegria, mas não é com meu voto que esse trem da alegria vai sair da estação”.  

Orlando Paixão (PT) argumentou que a locomotiva (a prefeitura) está parada, a locomotiva não saiu ainda e querem a criação de quatro secretárias. “isso está mais parecendo um cabidão de empregos”, falou o vereador petista. O vereador Odilon Fernandes (PP) juntamente com o vereador Mauricio Platz (PSDB), argumentou que a criação das secretarias estava no plano de governo da candidata (a prefeita) Fábia Rossetti do PT e também constava no plano de governo do então padre Gabriel Bina do PV, e que a criação das pastas significará desenvolvimento para o município.  

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Mestre Rameda sofre acidente na Rodovia Presidente Dutra em Santa Isabel

Rameda alega que uma peça quebrada no carro fez com que ele perdesse a direção, ocasionando o acidente

Um acidente na Rodovia Presidente Dutra na altura do quilômetro 194 ocorrido no dia quatro de abril, (próximo da entrada do bairro Granja Urupês em Santa Isabel) quase acaba em tragédia. Um veículo gol capotou na Dutra sentido Rio de Janeiro e o veículo focou bastante destruído, principalmente na parte interna onde se localiza o banco do motorista e do passageiro. O trânsito não foi afetado devido ao carro acidentado ter ficado no acostamento da rodovia. Morador de Santa Isabel, o motorista que sofreu o acidente é o professor de artes marciais conhecido por Mestre Rameda. Ele estava só no veículo e saiu ileso, sem nenhum ferimento, apesar de a parte interna da frente do carro ter ficado bastante destruída. Rameda falava ao celular ao lado veículo acidentado, quando chegou o caminhão guincho da CCR NovaDutra e logo após chegou uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Rameda explicou que o carro sofreu perda total e que uma peça quebrada teria causado o acidente. Ele disse que vinha relativamente devagar na pista da direita, quando o carro puxou violentamente para a direita, fazendo que com que perdesse o controle do veículo, ocasionando o acidente. O professor de Taekwondo relatou que tinha ido a Mogi das Cruzes levar sua esposa até uma unidade de saúde, e quando voltava para Santa Isabel ocorreu o acidente. Ele contou que em apenas um mês sofreu três acidentes, mas que graças a Deus, ele esta protegido.  

Motoqueiro é atropelado no acesso da Rodovia Presidente Dutra
Enquanto a reportagem do Agora News conversava com Mestre Rameda, outro acidente aconteceu há poucos metros. Na entrada do bairro Granja Urupês, na saída do viaduto sobre a Dutra sentido Santa Isabel, um veículo não identificado bateu numa moto ferindo o motociclista. O motorista do veículo fugiu. A moto ficou bastante avariada.  Segundo testemunhas, o carro que descia o viaduto em alta velocidade para acessar a Dutra sentido Santa Isabel bateu e arrastou a moto por alguns metros, jogando o condutor no asfalto. A viatura de resgate da CCR NovaDutra logo chegou e removeu o acidentado para um hospital de Guarulhos (Maria Dirce). O motoqueiro reclamava muito de fortes dores na região do ombro direito. Um dia posterior ao acidente que ocorreu no dia quatro de abril, através de contato telefônico, o irmão da vítima de nome Amauri, disse que seu irmão Nadinael (que reside no bairro Cachoeira em Santa Isabel) não sofreu nenhum ferimento grave e que já se encontra em casa se recuperando do acidente.                    

O veículo Gol ficou bastante destruído. Segundo Rameda, provavelmente
carro teve perda total

domingo, 7 de abril de 2013

Mais um prédio abandonado vira moradia de drogados em Santa Isabel

Prédio abandonado fica na Rua dos Andradas. Moradores vivem com medo e pedem providência para polícia e a justiça

Santa Isabel tem vários imóveis abandonados na área central que se tornaram redutos de drogados e desocupados. O jornal Agora News publicou matéria recentemente, relatando que o esqueleto de um prédio abandonado na Rua Monte Serrat tinha virado moradia de drogados. Recentemente, uma casa vazia na Rua José Basílio Alvarenga foi derrubada pelo proprietário. O local, segundo denúncias, também era usado como ponto de consumo de entorpecentes. Na mesma rua, outra casa, onde residiam consumidores de drogas, sofreu há pouco tempo um incêndio, levando à morte um dos moradores. Depois do incêndio, a casa foi desocupada. Outro caso é referente ao prédio que abrigava um clube de futebol amador na Rua Almirante Tamandaré. O prédio, que estaria com a estrutura condenada, segundo os moradores é abrigo de nóias (viciados em drogas). Mas o fato não se restringe a área central da cidade. No mês passado, através de reportagem do jornal Agora News, a população tomou conhecimento de que um prédio escolar da prefeitura de Santa Isabel, localizado no Pouso Alegre na zona rural do município, se encontra semi destruído e vandalizado por viciados em drogas.  Relatos dão conta que outras escolas desativadas se encontram na mesma situação, ou seja, foram invadidas e depredadas por usuários de drogas.

Prédio tem cachorro e bico de luz. Invasores penetram por um buraco na porta da edificação 

Agora, surge mais um caso, denunciado por moradores. Trata-se de um enorme prédio localizado na Rua dos Andradas e que se encontra abandonado. A imponente edificação de dois blocos de dois andares (mais o térreo), segundo informações, seria da família do falecido Serjão. Um buraco na porta é por onde os invasores adentram e saem do prédio. No dia que a reportagem esteve no local (dia dois de abril) pode observar uma mulher saindo pela abertura da porta. Depois de alguns minutos, por essa mesma abertura, despontou um homem de meia idade aparentando embriagues. Mais tarde, um rapaz trajando short, camiseta e tênis, penetrou na edificação pela porta quebrada. Assim que a reportagem se aproximou para ver o interior da parte térrea do prédio, foi surpreendido por um forte odor de podre e pode observar um cenário de caos. Além de lixo e sujeira espalhado pelo chão, está tudo vandalizado e quebrado. Outro fato que chamou a atenção foram latidos incessantes de cachorros dentro da edificação, além de uma lâmpada que iluminava de forma tênue o grande espaço da parte térrea do prédio. Essa constatação vai de encontro com as informações dos moradores que afirmam que pessoas estariam morando no prédio. Eles dizem também que o movimento é 24 horas de pessoas saindo entrando na edificação abandonada e que até na madrugada os moradores escutam gritos na rua e no interior da construção. Inclusive, uma dona de casa, disse que os freqüentadores de uma casa abandonada que foi derrubada na Rua José Basílio Alvarenga migraram para o prédio da Rua dos Andradas. Segundo relatos, uma família que reside próximo ao prédio teve seu veículo incendiado supostamente pelos freqüentadores do prédio abandonado.  Alguns moradores afirmaram que a polícia, em algumas oportunidades, retirou os invasores de dentro da edificação, mas não resolve o problema, pois os desocupados acabam retornando. Eles pedem mais vez para a polícia e a justiça uma solução para o caso, pois quem reside próximo ao prédio não tem mais tranqüilidade. 


Casa na Rua José Basílio Alvarenga. Depois do incêndio onde morreu um
dos moradores, casa foi desocupada e passa por reformas
Prédio inacabado da Rua Monte Serrat virou
moradia de usuários de drogas

Local onde existia casa abandonada invadida por desocupados.
Casa foi demolida pelo proprietário e invasores migraram para o
prédio da Rua dos Andradas
Interior do prédio da Rua dos Andradas da família do falecido Sergio
Tanga. Muito lixo e depredação perpetrada pelo drogados


Antiga sede de um clube de futebol amador (Madrugada) na Rua
Almirante Tamandaré. Prédio vandalizado pelos invasores

Prédio invadido e vandalizado pelos "nóias"
  



terça-feira, 2 de abril de 2013

Mães reclamam que não podem trabalhar por falta de vagas de creche em Arujá

Em todas as campanhas eleitorais, Abel Larini prometeu construção de creches

Um dos problemas que mais afetam a vida das famílias de baixa renda em Arujá é a falta de creche. Segundo lideranças comunitárias de Arujá, só no Parque Rodrigo Barreto passaria de 300 as famílias que estão sem creches. Eles lembram que nas campanhas eleitorais, o atual prefeito promete construção de creches, mas no seu quarto mandato como prefeito, ele nunca resolveu o problema. As mães reclamam que sem ter onde deixar as crianças, elas não podem trabalhar fora. Outras mães que trabalham se arriscam e deixam seus filhos menores aos cuidados dos maiores, que em vez de brincar são obrigados a cuidar dos irmãozinhos menores.  Outras mães deixam as crianças com mulheres que cobram para cuidar dos pequenos, e outros simplesmente deixam com vizinhos.

A situação no município é tão crítica, que no Parque Rodrigo Barreto as creches clandestinas estão se proliferando, ou seja, uma dona de casa cobra para cuidar das crianças, uma sala da casa é adaptada para acomodar os pequenos. Como se vê, a situação é dramática e perigosa, pois, segundo especialistas sobre o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças aos cuidados de outras crianças, ou aos cuidados de parentes e vizinhos correm maior risco maior de sofrerem acidentes, inclusive abusos sexuais. Rosemeire, 30 anos, moradora do Parque Rodrigo Barreto, disse que as informações nas creches todos os anos é a mesma coisa, ou seja, não há vagas. Carina disse: “Moro no Barreto, tenho duas crianças, uma de dois anos e nove meses e outra de seis meses. Quando a gente procura a creche, eles sempre dizem que é para esperar por uma vaga que nunca vem. Sem creche não tenho como trabalhar”.  Ana Paula, 22 anos, é outra mãe que aguarda vaga em uma creche. “Meu bebê fica com minha mãe, para que possa trabalhar”.

Várias mães disseram que não adianta a prefeitura disponibilizar creches de meio período. “Não adianta nada, como é que vou trabalhar das 8h00 às 17h00 se meu filho fica meio período na creche”. Outra mãe que não quis se identificar, disse que isso só acontece em Arujá. “As creches existem justamente para que as mães possam trabalhar, como é que a prefeitura oferece creche de meio período, é óbvio que tem que ser de período integral”. Um político da cidade, disse que isso é o reflexo do desinteresse dessa administração pelas questões sociais. “Veja o que acontece com saúde, a falta de creche, escolas deficientes”, etc.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Uma ex-conselheira do Conselho Tutelar de Arujá, disse o seguinte sobre a falta de creches no município. “O artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), diz que a criança e o adolescente têm o direito a educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício de sua cidadania. A criança e o adolescente também têm direito ao acesso à escola pública gratuita próxima de sua residência.

 O ECA também estabelece como dever do Estado, ou seja, da Prefeitura (Executivo Municipal) assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, portanto, é importante que as coordenadoras de creches avaliem cada caso da necessidade de vagas individualmente levando em consideração o que é melhor para a criança que é detentora do direito.

Quando o Conselho Tutelar contesta e direciona esforços para conseguir vaga para uma criança, na realidade está fazendo seu devido papel que é zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Em Arujá parece que o prefeito não está preocupado com as nossas crianças e o Conselho Tutelar, tudo leva a crer é inoperante. Lamentável em todos os sentidos”. Abaixo, fotos de algumas mães que residem no Parque Rodrigo Barreto e não conseguem vagas para matricular seus filhos.

 




sábado, 30 de março de 2013

Prefeito Abel Larini, diz que Rodoviária de Arujá é um lixo e uma vergonha

Rodoviária abriga as linhas municipais de Arujá, além de várias linhas intermunicipais. Cerca de 12 mil pessoas circulam diariamente pelo local. São 55 lojas instaladas no prédio da rodoviária

O prefeito Abel Larini (PR) disse na quarta feira (dia 27 de março) que a rodoviária de Arujá é um lixo, uma vergonha para a cidade. A declaração surpreendente se deu na reunião ocorrida na última quarta-feira (dia 27 de março) para se discutir o impacto sobre Arujá da construção do corredor de ônibus da EMTU. Além de o prefeito, estavam presentes na reunião, o presidente da EMTU Joaquim Lopes, vários vereadores e secretários municipais, além de dezenas de empresários e comerciantes de Arujá. 

A rodoviária de Arujá concentra as linhas urbanas do município, além de várias linhas de ônibus intermunicipais, caso do Metrô Armênia (SP), Mogi das Cruzes, Guarulhos, etc. O jornal Agora News esteve conversando com a administradora da rodoviária, Elisa. Ela disse que as pessoas acham que a rodoviária é pública, de responsabilidade da prefeitura. 

Elisa fez questão que se deixasse bem claro que a rodoviária é particular, administrada pela empresa Agribens, sediada em Santa Isabel. Elisa, disse ainda que a rodoviária sobrevive apenas com os aluguéis das lojas, ao todo são 55 lojas. Ela disse também que cerca de 12 mil pessoas circulam diariamente pela rodoviária.

Ela defendeu a cobrança de R$ 1,00 para se usar o banheiro da rodoviária, fonte de grande reclamação dos usuários que dizem que mesmo pagando, a higienização do banheiro não é das melhores. Elisa relatou que a empresa que administra a rodoviária, vem sempre fazendo a manutenção do prédio, assim como melhorias também.   

Reclamações são muitas
A reportagem conversou também com alguns lojistas e alguns freqüentadores da rodoviária. Uma pessoa que trabalhou durante muito tempo na rodoviária, disse que se o Corpo de Bombeiros emitisse um parecer sério sobre a parte hidráulica e principalmente sobre a parte elétrica, com certeza o prédio da rodoviária seria interditado. “As instalações elétricas são antigas, obsoletas. Não existem dispositivos de segurança elétrica. É um emaranhado de fios, são gambiarras pra todo lado, levando ao risco de incêndio, além dos riscos de se tomar choque”.

Outra reclamação recorrente é que o prédio da rodoviária se tornou moradia de pombos. É comum nos bares da rodoviária, pombos darem vôos rasantes sobre a cabeça dos clientes. Há alguns anos, foi instalado um equipamento na rodoviária (confirmado pela Elisa, administradora da rodoviária) que emite uma onda sonora e espanta as aves. Mas, parece que o equipamento não funciona plenamente, tanto é que os pombos continuam lá disputando espaço com os clientes dos bares e usuários dos ônibus.

Além dos pombos que empoleirados no teto da rodoviária defecam no piso ou na cabeça de algum incauto, há concentração de cachorros no local disputando restos de comida e espaço com os passageiros. Uma arquiteta que pediu que seu nome não fosse divulgado, disse que o prédio da rodoviária é horrível. “É feio, escuro, com pouca ventilação e sujo, sou a favor da construção de uma rodoviária moderna e atraente, só vou lá quando é necessário mesmo”, disse a jovem arquiteta.

Os lojistas reclamam que quando chove um pouco mais forte, o barulho da chuva no teto é muito alto e ninguém consegue conversar ou falar ao telefone. As reclamações não são só referentes à parte interna. Do lado externo, as queixas recaem sobre os flanelinhas que ficam intimidando e achacando os motoristas que estacionam os carros no entorno da rodoviária.
Relatos dão conta que os roubos de carros estacionados em torno da rodoviária são elevados.

Na hora de pico, de manhã e principalmente à tarde quando os alunos saem das escolas, a muvuca se estabelece na rodoviária.  O local fica extremamente lotado, as filas de ônibus avançam para qualquer lado, dificultando a movimentação das pessoas. 
Cada dia que passa, a rodoviária de Arujá fica mais cheia e o desconforto
 para o passageiro aumenta. Na hora de pico, principalmente a tarde, fica difícil
se locomover perto das plataformas de embarque e desembarque, tal a
quantidade de pessoas 

Cobrança de R$ 1,00 para usar o banheiro da rodoviária gera muita polêmica e
reclamação
Quando chove, lojistas e comerciantes dizem que não dá para conversar,
pois o barulho é muito grande
Prédio da rodoviária de Arujá é considerado obsoleto, arcaico




domingo, 24 de março de 2013

Passarela sobre a Rodovia Presidente Dutra no bairro Cachoeira está interditada

Moradores se arriscam e atravessam a Rodovia Presidente Dutra através de uma abertura no canteiro central da via

A passarela sobre a Rodovia Presidente Dutra que beneficia os moradores do bairro Cachoeira em Santa Isabel está interditada para os pedestres. O motivo da interdição é um pequeno deslizamento de terra em uma mureta localizada entre a escada e a rampa da passarela no sentido Dutra São Paulo. A passagem sobre a rodovia foi interditada pela CCR NovaDutra, empresa concessionária da rodovia que construiu a passarela. Várias máquinas, caminhões, equipamentos e funcionários da CCR NovaDutra se encontram no local, nos dois lados da rodovia. Um funcionário, sob a condição do anonimato, relatou que a interdição e todo o aparato de equipamentos, máquinas e funcionários é só por precaução. Ele disse ainda que um problema de infiltração de água (devido às chuvas) provocou um pequeno deslizamento de terra, mas não é nada grave e não afetou a estrutura da passarela. O local onde houve o deslizamento de terra está coberto com plásticos pretos. O funcionário, disse ainda, que a montanha de pedra misturada com areia que está encostada na passarela é para evitar (segurar) uma hipotética movimentação da passarela.  Não há previsão para a liberação da passarela para os pedestres. A reportagem do jornal Agora News permaneceu no local por cerca de 30 minutos. Nesse período pode observar que nove pessoas se arriscaram e atravessaram a rodovia Dutra através de uma abertura no canteiro central para acessar o bairro Cachoeira.

Obra de quase 1 milhão e setecentos mil reais já precisa de reparos
A construção da passarela sobre a Dutra no bairro Cachoeira, em Santa Isabel foi envolvida em polêmicas. A passarela, obra da CCR NovaDutra, segundo constava na placa, era para ser entregue para a população em setembro de 2011, mas um atraso de cinco meses fez com que a passarela fosse inaugurada somente no primeiro semestre de 2012. O que chamou a atenção também foi o alto custo da obra: R$ 1.649.015,98. Ou seja, uma obra de quase 1 milhão e setecentos mil reais que já está precisando de reparos.

Segundo informações obtidas no local, essa montanha de pedra e areia é
para segurar uma hipotética movimentação da passarela
Tudo como dantes: Devido interdição da passarela, moradores se arriscam
ao atravessar a Rodovia Presidente Dutra
Barreira sinaliza interdição da passarela. Moradores são obrigados a
 atravessar a Rodovia Presidente Dutra
Infiltração causada pela chuva deu alerta. Operação de guerra da CCR
NovaDutra para reparar a passarela




sexta-feira, 22 de março de 2013

Vazamento no ETA 1 causa deslizamento de terra na Rodovia SP 56 e deixa metade de Santa Isabel sem água

Rodovia Vereador Albino Rodrigues Neves ficou interditada por 18 horas

No início da madrugada do dia 20 de março de 2013, uma avalanche de terra, lama e árvores desceu de uma encosta e caiu na Rodovia Vereador Albino Rodrigues Neves (SP 56) na entrada da cidade de Santa Isabel, levando a rodovia que liga os municípios de Arujá e Santa Isabel a ficar interditada pelo período de 18 horas. O deslizamento ocorreu em virtude de uma rachadura no filtro que abastece o reservatório da Estação de Tratamento de Água (ETA 1) do bairro Treze de Maio, por onde teriam vazado cerca de 400 mil litros de água, causando o encharca mento do solo. O ETA 1 é responsável pelo água de cerca de 60% dos lares isabelenses. Vários bairros da cidade ficaram sem água. O vazamento subterrâneo já devia estar ocorrendo há alguns dias e solapou o solo que já se encontrava molhado devido às chuvas intermitentes dos últimos meses. A lama também atingiu o prédio do Departamento de Água da prefeitura (ao lado da SP 56) onde se encontram as bombas de sucção do ETA 1 que “puxam” a água de um represamento no Ribeirão Araraquara que corre ao lado rodovia. A prefeitura, através da Secretaria de Serviços Municipais conseguiu desobstruir a rodovia em 18 horas e consertar o vazamento em 30 horas.    

Toneladas de terra, lama e árvores cobriram o asfalto da rodovia
A situação na manhã do dia 20 de março era de caos. Toneladas de terra, de lama e vegetação entulharam as duas pistas da rodovia. No local, logo cedo (a partir das 7 horas) três máquinas da prefeitura acompanhadas de quatro caminhões caçambas trucados, apoiados por dezenas de servidores municipais trabalhavam freneticamente na remoção da terra. Homens, munidos de motos-serra cortavam os troncos das árvores, as máquinas (pás carregadeiras) enchiam rapidamente a caçamba dos caminhões que logo partiam com a carga. Por volta das 8h30, no topo do morro sinistrado, o prefeito Gabriel Bina (PV) acompanhado do Paulo Lima (Secretário de Serviços Municipais) avaliava a situação. Questionado sobre o problema, o prefeito informou que a prioridade naquele momento seria a desobstrução da estrada, e depois de descoberto o problema da infiltração da água no terreno, aí começaria os reparos no sistema de captação da água.

Prefeitura mobilizou 25 funcionários, quatro máquinas, quatro caminhões e carros de apoio
Segundo o Secretário Paulo Lima, foram retirados da estrada cerca de 1,2 mil metros cúbicos de terra da rodovia. Ele informou que ficou sabendo do desabamento do morro por volta da 1 hora e que passou a madrugada em claro já tomando as providências para quando amanhecesse o dia. Paulo, disse ao jornal Agora News que foram mobilizados 25 funcionários da prefeitura, com o apoio de quatro máquinas (por último chegou a máquina com esteira), mais quatro caminhões caçambas e vários carros municipais de apoio.  Segundo Paulo Lima, o deslizamento ocorreu em virtude de uma rachadura no filtro que abastece o reservatório da Estação de Tratamento de Água (ETA 1) do bairro Treze de Maio. De acordo com secretário, cerca de 400 mil litros de água vazaram pela rachadura e encharcou o solo. Além das árvores que caíram juntamente com a terra, outras árvores tiveram que ser cortadas, pois corriam risco de cair. A enorme fenda aberta no morro por conta do deslizamento de terra, por medida de segurança foi coberta com plásticos grossos para evitar, em caso de chuva, que o solo fique encharcado.

Trabalhos concluídos
Rodovia: A Rodovia SP 56 foi desobstruída e entregue ao tráfego às 18h00 do dia 21 de março. “Dentro do cronograma”, disse o Paulo Lima. Recolhido toda a terra que desabou sobre a estrada, restava a lavagem do asfalto que começou por volta das 17h00 horas, através de caminhões pipa do posto de gasolina Route 55. Segundo Felipe (filho do proprietário do posto) que dirigia uma dos caminhões, eles não estavam cobrando nada, estavam ali colaborando com o município. Vazamento: O secretário informou que por volta das 12h00 do dia 20 de março, foi detectado a origem do vazamento (fissura no filtro que abastece a caixa d’água com a água tratada). Logo a seguir, falou o secretário, começou o trabalho para vedar a rachadura do filtro. Ele explicou que foi usado um tipo de concreto que seca rapidamente. O trabalho foi concluído por volta de 5h00 do dia 21 de março. Na manhã da quinta-feira, o centro de Santa Isabel já recebia água nas torneiras. Nos bairros altos (Treze de Maio, Novo Éden, Vila Guilherme e outros) não havia chegado água ainda. 




A Rodovia Vereador Albino Rodrigues Neves ficou interditada durante
18 horas 
Toneladas de lama e terra e árvores caíram sobre a rodovia na madrugada
dia 20 de março
Uma fenda se abriu na encosta e toneladas de lama desceu o morro,
soterrando a Rodovia SP 56. Vazamento do filtro do ETA 1 causou
deslizamento de terra 
O barro atingiu o prédio onde estão as bombas de sucção do ETA 1 que
puxa água do Ribeirão Araraquara

A lama proveniente da encosta atingiu o represamento de água do Ribeirão
Araraquara
Visão panorâmica do caos que tomou conta da SP 56 na entrada de
Santa Isabel. Cadê a estrada
A limpeza da estrada levou o dia todo. Rodovia foi liberada para o
trânsito às 18 horas do dia 20 de março
Logo pela manhã começaram os trabalhos de remoção de toneladas de terra
e lama, além das árvores da Rodovia SP 56
Trabalho de remoção foi frenético. Quatro máquinas, quatro caminhões
caçambas trucados e 25 funcionários fizeram trabalho hercúleo
400 mil litros de água de vazamento subterrâneo causou o solapamento da
terra e consequente queda de barreira
Por volta das 17h30 do dia 20 de março, funcionários municipais começaram
a lavar a rodovia

Caminhão pipa de 10 mil litros de água do Auto Posto Route 55.  Segundo o
Felipe, filho do proprietário do Posto, eles não cobraram nada 
Servidores municipais lavam a rodovia
Trabalho árduo para desobstruir e entregar a rodovia ao tráfego

Equipe de trabalhadores da prefeitura foi comandado pelo Paulo Lima,
Secretário de Serviços Municipais. Lonas foram colocadas sobre a fenda
que se abriu no encosta para evitar infiltrações causada pela chuva











segunda-feira, 18 de março de 2013

Estação de Tratamento de Esgotos do CDHU parou de funcionar e coloca meio ambiente em risco


O vereador Orlando Paixão (PT) denunciou a condições críticas em que se encontra o CDHU, e acompanhou a reportagem do jornal Agora News e Blog do Rocha. O vereador esteve mais uma vez conversando com os moradores do CDHU. Ele ouviu relatos sobre a falta de água e o problema na Estação de Tratamento de Esgoto do conjunto habitacional. Orlando também visitou o local na Estrada do bairro Cachoeira onde houve o deslizamento de terra

No dia oito de dezembro do ano passado, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou com pompa e circunstância os 260 apartamentos do CDHU de Santa Isabel.  Passados quatro meses da inauguração, os problemas das famílias instaladas no conjunto habitacional só fizeram aumentar.  Até a semana passada, o abastecimento irregular de água era o maior problema dos moradores. Agora surge outro caso grave. A estação de tratamento de esgoto do CDHU, que fica há poucos metros do conjunto habitacional, não está funcionando. Parece que o sistema de tratamento de esgoto está entupido. O terreno onde está instalada a estação de tratamento, além de tomado pelo mato alto; está inundado pela água do esgoto e pelos dejetos. Aparentemente o esgoto retido já começa a contaminar o solo. As pessoas que passam pela estrada do bairro Cachoeira ou que residem próximo da estação de tratamento constatam o problema através do olfato. Um odor fortíssimo e desagradável de esgoto toma conta do ambiente. Segundo informações de um morador do bairro Cachoeira, o sistema de tratamento seria composto por vários módulos (caixas de concreto) que vão retendo os sólidos e filtrando a água contaminada. Os moradores do bairro estão preocupados. Eles temem que se o problema do esgoto não for resolvido logo, o Rio Parateí que deságua no Rio Paraíba do Sul, poderá ser contaminado.   

Rede rompida virou rotina
Além dos problemas relacionados à Estação de Tratamento de Esgoto da CDHU, a equipe do Jornal Agora News também constatou na última quarta-feira (13), um enorme vazamento de água na Estrada do bairro Cachoeira, proveniente de mais um cano rompido que abastece a CDHU.  A água corria na lateral da Estrada do bairro Cachoeira. Não havia notícias se a prefeitura já tinha conhecimento desse novo rompimento da rede de água que abastece a CDHU. Também era possível observar há alguns metros do vazamento, vários canos de plástico azuis quebrados jogados na lateral da estrada, canos esses que foram instalados originalmente para levar água do poço artesiano até as caixas de água da CDHU. Nos referidos canos, sobras de uma manutenção anterior, é possível observar a má qualidade do produto, é possível ver a espessura fina e frágil da parede interna do cano, ou seja, é fácil deduzir que os canos instalados a toque de caixa para a inauguração da CDHU não agüentam a pressão da água. Esse é o motivo principal da falta de água no CDHU, os rompimentos constantes dessa rede inadequada instalada de forma irresponsável pela administração municipal passada. 

Barranco cede e põe em risco a Estrada
Os recorrentes rompimentos da rede não causam só a falta de água para os moradores do CDHU. A pressão da água da rede, rompida semana passada, fez com que um enorme barranco cedesse movimentando toneladas de terra que quase levou junto a Estrada do bairro Cachoeira.
A rede de água do CDHU passa sob a estrada de terra e a infiltração da água em virtude do vazamento, solapou a terra fazendo com que um enorme barranco descesse levando toda a vegetação ali contida, inclusive, arrastando árvores enormes. A ribanceira de cerca de 20 metros, ficou rente a estrada; levando perigo aos moradores e motoristas que utilizam a referida via. Se não houver reparos imediatos na estrada, as chuvas que caem na região ou mesmo um novo rompimento na rede de água, podem fazer com que parte da estrada seja “sugada” pelo enorme buraco que se formou.     

Canos que levam água para o CDHU de uma recente manutenção. É
fácil constatar que canos são frágeis e inapropriados para a pressão
da água
Estação de Tratamento de Esgoto do CDHU está tomado pelo mato, e
 aparentemente está  entupido

Estação de Tratamento está inundado pelos dejetos. Algumas caixas
de concreto estão abertas. Odor desagradável toma conta do ambiente 
 
Vazamento na Estrada do Cachoeira da rede que abastece os
 apartamentos do CDHU
Desperdício grande de água que compromete o abastecimento dos
moradores do CDHU

Ribanceira causada pelo deslizamento de terra em virtude de vazamento de
água da rede que abastece o CDHU

Barranco cede em virtude de vazamento de água da rede do CDHU e
coloca em risco a  motoristas. Buraco ameaça "sugar" a estrada