segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PAIS DE ALUNOS DENUNCIAM: EMEI DO BAIRRO RESIDENCIAL SOFRE INVASÃO DE VÂNDALOS E DROGADOS

Emei Municipal Arujá II, no Centro residencial
Depredações, roubos de merenda escolar, desperdício de água e consumo de drogas. Esses são alguns dos problemas que vem ocorrendo há mais de ano na EMEI Municipal Arujá II (Creche e Pré-Escola), unidade educacional que fica no bairro Centro Residencial, e que recebe por dia mais de 200 crianças. Quem faz essas denúncias são pais que tem filhos matriculados na creche. Eles se dizem “cansados com o descaso da prefeitura”.

Os problemas começaram a surgir depois que a prefeitura construiu uma quadra de Futsal no mesmo terreno da creche. A quadra coberta (que era para ser um Ginásio de Esporte) foi construída anexa ao terreno da creche, e, sem muro, possibilita livre acesso dos freqüentadores da quadra à unidade de ensino, apesar de existir caseiro na unidade. A quadra, segundo os moradores, atrai pessoas de vários bairros de Arujá, especialmente do Parque Rodrigo Barreto.

A reportagem, em contato com alguns pais de alunos, ouviu que a quadra é utilizada a semana inteira. Moradores do Centro Residencial, informam que as sextas, sábados e domingos aumenta o movimento. “Nesses dias os freqüentadores costumam jogar bola até de madrugada”, disse uma mãe, que tem filho na creche.

Ela falou mais: disse que o local virou ponto de consumo de drogas. “Durante o dia é fácil visualizar pinos (para armazenar cocaína) descartados no entorno da quadra e também pontas de cigarro de maconha”. Segundo uma funcionária da creche, os problemas não resumem somente ao consumo de drogas e ao barulho que os jogadores causam à noite.

“Depois que a quadra foi inaugurada ocorreram várias depredações no prédio de ensino, além de roubo de merenda escolar e desperdício de água (a conta de água referente há um mês teria vindo no valor de sete mil reais)”. Ela disse ainda que os interruptores de energia elétrica são controlados pelos freqüentadores, são eles que ascendem as luzes da quadra.

“A torneira no relógio da creche, os vândalos deixavam abertas a noite inteira, desperdiçando água. Diante desse fato, a diretora da escola mandou retirar a torneira e lacrou a água”, disse a mãe de aluno. Ela contou que depois disso, os invasores passaram a utilizar o bebedouro das crianças que fica na área externa da escola, obrigando a diretora a lacrar o bebedouro também. Além disso, a funcionária descreveu que durante o dia, os freqüentadores não se intimidam com a presença das crianças e dos funcionários, e urinam em qualquer lugar no entorno da quadra, tendo em vista que não existe banheiro na quadra.

A denunciante relatou ainda que a maioria dos vidros das janelas da creche foi quebrada, assim como algumas portas. Diante disso, informou a mãe de aluno, a direção da unidade de ensino pediu para colocar grades de ferro nas janelas e portas, para evitar novas invasões no interior da creche. Ela entende que essas medidas são apenas paliativos para os problemas. “O problema só seria resolvido de fato (ou amenizado), com o isolamento da creche através da construção de um muro alto”.

Outra mãe que tem criança matriculada na unidade, disse sob a condição do anonimato, que o prefeito está careca de saber sobre os problemas da EMEI, que os vereadores também já cansaram de denunciar na Tribuna da Câmara a situação da escola. Ela falou que já até disseram na Câmara que existe uma verba que veio do Estado, destinado a EMEI, “mas o prefeito não está nem aí, é um descaso total”.




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