sábado, 30 de maio de 2015

SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE NÃO CONVENCE VEREADORES. WILSON FERREIRA PEDE CEI (COMISSÃO ESPECIAL DE INVESTIGAÇÃO) E LÉO GODOY PROPÕE AUDIÊNCIA PÚBLICA


No centro Secretário José Abílio, ladeado pelos vereadores
Gabriel dos Santos e Reynaldinho
O Secretário do Meio Ambiente de Arujá José Abílio de Gouveia Teixeira compareceu na Câmara de Arujá no dia 29 de maio, atendendo uma convocação do vereador Renato Caroba (PT) que solicitava explicações sobre o corte de várias árvores ocorrido no terreno onde está instaldo o Fórum de Arujá. Além do autor da convocação, compareceu o presidente da Câmara Reynaldo Gregório Júnior (Reynaldinho), o líder do governo Gabriel dos Santos, os vereadores Wilson Ferreira, Lucia Ribeiro, Rogério da Padaria, Castelo Alemão, Paraíba Car e Cocera Cabelo.  Fizeram-se presentes também o Presidente da ONG Salvar, Oswaldo Coutinho Junior e o Leonardo Godoy, presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) que já foi Secretário do Meio Ambiente de Arujá no governo anterior do prefeito Abel Larini. Também compareceram várias lideranças comunitárias. 

O secretário negou categoricamente que tenha ocorrido crime ambiental no terreno onde está instalado o Fórum de Arujá, e salientou que a responsabilidade dele foi só técnica, portanto, o corte e a remoção (parcial) das árvores cortadas não foram de responsabilidade da Secretária do Meio Ambiente.  José Abílio foi o primeiro a falar, e explicou que o pedido para fazer poda ou eventual supressão das árvores partiu do juiz e diretor do Fórum Sandro Cavalcanti Rollo. José Abílio voltar a falar que os eucaliptos, com as quedas frequentes de galhos estavam pondo em risco a integridade física  dos visitantes e dos funcionários do Fórum, e confirmou mais uma vez que os eucaliptos  estavam doentes, com a presença de cupins. 

Ele disse que existe um projeto para recuperar a área com árvores nativas. Os vereadores se revezaram nos questionamentos ao secretário, mas basicamente as perguntas eram semelhantes. Respondendo ao Renato Caroba se a área é considerada maciço arbóreo – conjunto de árvores concentrado num curto espaço do terreno, onde as copas se tocam – e sobre a multa de seis mil reais que a Polícia Ambiental aplicou na prefeitura, o secretário respondeu o seguinte: “A Polícia Ambiental aplicou apenas uma penalidade administrativa (multa) e também reconhece que o local não é constituído de maciço arbóreo, portanto, a própria Polícia Ambiental afasta a tese de crime ambiental”. Ele acrescentou “que a multa só se deu em virtude de a autorização da Secretaria do Meio Ambiente não constar o número de árvores que seriam cortadas, e também pelo fato de que algumas árvores nativas terem sido danificados com a queda dos eucaliptos”. Renato Caroba, diante da resposta do secretário, falou que conversou com um dos policiais do Meio Ambiente, e o mesmo disse que depois que as árvores estão no chão não tem como saber se a área é considerada maciço arbóreo. O vereador, disse ao secretário que é só acessar o Google Maps que fica fácil provar que a área é de maciço arbóreo.  

Maioria acredita que houve ambiental

Vereador Renato Caroba, autor da convocação do Secretário
e vereador Rogério da Padaria
O secretário José Abílio, colocou em dúvida o laudo técnico encomendado pelo Comdema de Arujá, que chegou à conclusão que 63 pés de árvores foram removidos, inclusive várias árvores nativas.  “Os técnicos fazem uma leitura diferente com relação aos cortes das árvores”, disse o secretário. Ele alegou que somente algumas árvores nativas foram derrubadas com a queda dos eucaliptos”. José Abílio declarou que a prefeitura não pode vender as árvores, e que o acordo com a empresa que cortou as árvores foi realizado pela Secretaria de Serviços que é comandada pelo Ciro Doi. Portanto, ele não sabe em que circunstância foi feito o acordo com a Madeira Jatobá de Mogi das Cruzes, não sabe dizer também quanto vale o metro cúbico do eucalipto, enfim, ele não tem informações a esse respeito.  Por fim, o presidente do Comdema Leonardo de Godoy, disse que no tempo que ele foi Secretário do Meio Ambiente de Arujá, houve também solicitação por parte do Fórum para poda ou supressão de algumas árvores, e na oportunidade a Secretaria realizou somente algumas podas. Ele disse ainda que na época em 2013 não foi constatado nenhuma doença nos eucaliptos, e que todos os pés estavam sadios, e se de fato fosse constatado que algum eucalipto estava doente, o corte teria que ser através de manejo, para que o tronco do eucalipto não atingisse outras árvores, caso que não ocorreu nos corte das árvores agora. Ele disse que o laudo que indicou que 63 árvores foram cortadas está corretíssimo e que se fosse da vontade do secretário, ambos poderiam ir até o local e contar os tocos dos troncos das árvores derrubadas. Leo Godoy também garantiu que o local tem ao menos uma nascente de água, portanto trata-se de área de APP.  Os vereadores não saíram satisfeitos com as explicações do Secretário. O vereador Wilson Ferreira disse que vai levar uma proposta na Câmara para instalação de uma CEI sobre o corte das árvores. O presidente do Comdema, Léo Godoy, declarou que vai marcar uma audiência pública para discutir com a população o suposto crime ambiental.




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