sexta-feira, 8 de julho de 2016

MORADORES DO CENTRO RESIDENCIAL FAZEM REUNIÃO E FALAM EM RESISTIR; ADVOGADO NÃO COMPARECE

Moradores do residencial protestam em frente da Câmara municipal de
Arujá

Na Sessão Ordinária do Legislativo arujaense do dia cinco de julho, foi divulgado pelo vereador Vicente Nasser do Prado (Souzão) que a juíza de Arujá determinou a reintegração de posse de mais de 50 famílias no bairro Centro Residencial, que ocorrerá no dia 13 de julho. Na noite da última terça-feira (5) ocorreu uma reunião em uma residência do Centro Residencial para ser discutida medidas a serem tomadas depois da decisão da Justiça em reintegrar para a Imobiliária Continental ao menos 50 lotes. Para surpresa de todos, na reunião não compareceu o advogado Euzébio Miranda, uma das lideranças do movimento e que estava orientando juridicamente os moradores que ocuparam lotes no Residencial. Quem comandou a reunião foi uma mulher chamada Sandra. Ela disse que é noiva do advogado Euzébio e que ele não compareceu por motivo de doença. Cerca de 100 pessoas atenderam ao chamado da reunião, que foi tensa. Houve vários questionamentos pela não presença do advogado. Sandra disse que o advogado Euzébio só iria defender os clientes que pagam honorários, os que não eram clientes (a maioria), não seriam defendidos pelo referido advogado. A mulher disse que o advogado iria entrar com uma ação para tentar reverter a situação de reintegrações de posse, no entanto, convocou todos, absolutamente todos os presentes a resistir e enfrentar a Tropa de Choque da PM no dia 13 de julho. Algumas pessoas comentaram em off, “que o advogado só iria defender os clientes que pagam os honorários, mas para enfrentar a Tropa de Choque, a líder Sandra convocou todos”. Alguns moradores disseram também, que era temerário a incitação da liderança em enfrentar a Tropa de Choque, pois as pessoas poderiam sofrer lesões corporais ou ser detidas, inclusive no local tem muitas crianças. A líder Sandra teria dito também que devido às críticas ao seu noivo, o advogado só iria defender seus clientes até o dia da reintegração de posse.  Os moradores saíram da reunião desanimados, pois houve muitas promessas e na hora que eles precisavam ouvir o advogado, ele não compareceu.


Pesquisa no Cartório do Fórum não aponta defesa de advogado

Bairro Centro Residencial em Arujá

Segundo alguns moradores que ocuparam lotes no Residencial, foi contratado um advogado que já teria interposto ação judicial pleiteando a Liminar para manutenção das famílias na posse dos terrenos no Centro Residencial. Porém, pesquisa realizada junto ao site do TJ/SP, bem como junto ao Cartório Distribuidor do Fórum local, não aponta existência de processo nesse sentido. Moradores que ocuparam lotes no Residencial aguardam pronunciamento do advogado. O suposto contrato era no valor de R$ 2.500,00, cem reais de entrada e 150 por mês. Quem manifestasse interesse em adquirir um lote no Residencial era indicado para um “um líder”. Esse líder indicava um lote, depois a pessoa se dirigia até a prefeitura e recebia em seu nome o IPTU do ano de 1992 até 2003 e pagava somente a primeira parcela “para garantir o parcelamento”. Os líderes indicavam o topógrafo, o dono da máquina para fazer terraplanagem e também indicavam onde o morador deveria comprar o poste para ser ligado a energia elétrica. Segundo apurou a reportagem, a Polícia Civil de Arujá estaria investigando “dois estelionatários” que estariam agindo no Centro Residencial. A reportagem tentou um contato com o advogado Euzébio Miranda, mas não obteve retorno. 

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