sábado, 9 de março de 2013


Pintor que teve pé esmagado por ônibus, está sem trabalhar há sete meses

Jurandir Guedes está impedido de trabalhar.
"Transcooper nunca me deu assistência"
Jurandir Guedes, disse que foi um ônibus da Transcooper que passou em cima do seu pé

O pintor de paredes, Jurandir Guedes (47 anos) que mora no bairro Jardim Cristina (próximo da Avenida Brasil) está impedido de trabalhar desde o dia 25 de junho de 2012. Nesse dia ele sofreu um grave acidente e teve que amputar parte de seu pé esquerdo. Hoje, ele ainda se encontra em tratamento e em recuperação, se locomove com duas muletas e está aguardando a doação de uma prótese por parte da prefeitura que substituirá parte de seu pé amputado. Jurandir contou que um ônibus da Transcooper passou em cima do seu pé. Ele explica como se deu o trágico acidente.

“Eu estava na calçada da Avenida Brasil (próximo da guia) conversando com um amigo. Tinha um carro estacionado na rua alguns metros adiante. O ônibus vinha bem próximo da guia e o motorista fez uma manobra (brusca) para passar o carro estacionado. Quando ele virou o volante, a parte de trás do ônibus bateu no meu ombro, me desequilibrei e minha perna escorregou pra debaixo do ônibus, quando o pneu traseiro (do veículo) passou em cima do meu pé. O motorista não parou, foi embora, talvez não tenha visto”.

Jurandir disse ainda que “moeu seu pé” e que ele ficou se debatendo no chão e foi socorrido por uma ambulância, mas a Santa Casa, logo o removeu para o (Hospital) Santa Marcelina de Itaquaquecetuba. Ele explicou que no Hospital (Santa Marcelina), logo no primeiro dia foi amputado o dedinho do pé, e uma semana depois, ele foi comunicado (pelo médico) que seu pé seria amputado, pois estava “podre” (necrosado).

Jurandir, disse ainda que permaneceu 45 dias internado. Ele elogiou o tratamento em Santa Isabel: “a enfermeira vinha um dia sim um dia não trocar os curativos, a ambulância também me levava para o Santa Marcelina”. Porém, ele disse que era obrigado a comprar os remédios. Jurandir Guedes, disse que a empresa Transcooper nunca o ajudou, nunca o procurou. Ele relatou que sua situação está difícil, não pode mais trabalhar e quer que a empresa o ajude. Jurandir disse que foi registrado Boletim de Ocorrência e que vai consultar um advogado para saber seus direitos.

Boletim de Ocorrência
A reportagem teve acesso ao Boletim de Ocorrência referente ao acidente com o pintor Jurandir Guedes, datado do dia 25 de junho de 2012. O BO informa que acionado via COPOM uma viatura da Polícia Militar se dirigiu até o endereço do acidente — Avenida Brasil. Lá chegando, os policiais colheram relato de uma testemunha (Wellington Teixeira Julião) que ajudou a socorrer a vítima.  A testemunha informou aos policiais que o acidentado (Jurandir Guedes) já tinha sido removido para a Santa Casa de Santa Isabel. Wellington Teixeira relatou no BO que o Jurandir foi atropelado por um ônibus da Transcooper. “A vítima estava parada na via pública ao seu lado, quando um ônibus da empresa Transcooper passou em alta velocidade e atropelou o pé esquerdo da vítima”.  No BO consta ainda que não foi anotado demais dados do ônibus.

Transcooper
A reportagem conversou com a Ângela Sanches, diretora da Transcooper. Questionada sobre o acidente envolvendo o Jurandir Guedes que acusa um motorista da empresa de tê-lo atropelado, ela disse que não tinha conhecimento do fato por ser nova na empresa. Ela então perguntou (via telefone) para um funcionário da empresa (um diretor antigo) sobre o ocorrido. Segundo a Ângela Sanches, o diretor da empresa respondeu afirmando que teve conhecimento do caso através de um BO que foi registrado na delegacia de Santa Isabel. Segundo a Ângela Sanches, o diretor disse que foi perguntado aos motoristas que trabalharam naquele dia sobre o caso e todos negaram o atropelamento. Ângela Sanches garantiu que nenhum motorista da empresa atropelou a referida vítima e que o caso foi enviado para o jurídico da empresa Transcooper em São Paulo.
























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