segunda-feira, 7 de abril de 2014

LISTA DE ESPERA DE CIRURGIAS ORTOPÉDICAS CHEGA A MAIS DE 220 PACIENTES EM ARUJÁ

Não é novidade nenhuma que Arujá não disponibiliza para seus cidadãos nenhum Hospital, e muito menos um Pronto Socorro Municipal. No município de Arujá há somente PA (Pronto Atendimento). Segundo informação da Secretaria de Saúde de Arujá, Clarinda de Fátima Carneiro, hoje, há uma fila de espera de cirurgia ortopédica com mais de 220 nomes. E para complicar ainda mais essa demanda reprimida, o Hospital Glória, que ficava no bairro da Liberdade em São Paulo, referência em cirurgias de ortopedia, e que atendia pacientes de Arujá, fechou as portas. Antes, porém, o governo do Estado já havia cancelado convênio para atendimento ambulatorial no Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba. A situação está crítica para os pacientes arujaenses, pois a maioria dos Hospitais referências das cidades do Alto Tietê, não está aceitando pacientes de Arujá. Tem pessoas que aguardam cirurgias ortopédicas há mais de um ano. É o caso, por exemplo, do comerciante Ronaldo Tadeu, que mora no Jordanópolis. Há mais de um ano ele luta para operar o joelho. Ele disse que precisa operar o menisco e o ligamento do joelho. “Tive a lesão jogando bola. Primeiramente fui ao Posto de Saúde do Novo Arujá. De lá fui encaminhado para fazer exame de ultrassom na Clínica da Avenida Amazonas. Depois disso, o ortopedista da Clínica de Especialidades, informou que eu teria que fazer o exame de Ressonância Magnética, mas que o exame demoraria cerca de seis meses”. Ronaldo Tadeu, disse que não foi preciso esperar os seis meses, pois conseguiu, através de conhecidos, fazer a ressonância magnética no Hospital Geral de Guarulhos. “O laudo do exame da ressonância magnética provou que eu estava lesionado, e que necessitava de uma cirurgia. Desde então (de lá para cá já se passaram um ano) o meu nome está na lista de espera para operar o joelho. Não tenho a mínima idéia de quando e onde vou ser operado” resigna-se o Ronaldo Tadeu. Entretanto, devido à lesão, sua vida mudou de rotina. “Não posso mais fazer caminhada, não posso mais andar de bicicleta, muito menos jogar bola”. Ele disse que pensou em fazer a cirurgia através de clínica particular, mas quando soube do preço (cerca de 13 mil reais) recuou. “Sou obrigado a aguardar e ser operado pelo SUS”, disse.

Demora para operar pode levar mulher a ficar com os pés deformados

Outro caso que chama a atenção é de uma senhora que precisa fazer cirurgia nos pés. Ela tem um comércio no centro de Arujá, e não quis se identificar. Ela disse que seu nome também está numa lista de espera da Secretaria de Saúde de Arujá. Disse ainda, que está aguardando há cerca de um ano para fazer a operação. Segundo informações, um médico de Arujá relatou que o problema dela é grave, e que diante da demora pela cirurgia, os pés da mulher já estão comprometidos de forma irreversível. Outro problema, ainda relacionado às cirurgias ortopédicas, diz respeito às pessoas que foram operadas no Hospital Glória em São Paulo. “Depois que o hospital fechou, a orientação que recebi era de que a responsabilidade para o acompanhamento médico era das cidades de origem dos pacientes”, disse um morador do Parque Rodrigo Barreto, conhecido por João, que fraturou a perna em dois locais, além de um braço, na queda de uma laje. “Fiquei sabendo agora que tem que aguardar vaga em um Hospital da região, para que o médico possa examinar (a evolução) da cirurgia. Só que já avisaram que não tem vagas. E aí, como é que fica a minha cirurgia, sem acompanhamento médico, ou fica por isso mesmo?”, pergunta o paciente. 


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