segunda-feira, 14 de abril de 2014

PRISÕES POR PORNOGRAFIA INFANTIL NA INTERNET CRESCE 127% EM 2013



Matéria publicada pelo G1 informa que o número de prisões em flagrante decorrentes de pornografia infantil na web mais do que dobrou entre 2012 e 2013. Esse dado é da Polícia Federal e da ONG Safernet Brasil, entidade que monitora crimes e violações dos direitos humanos na internet. O estudo relata que 134 pessoas foram presas no ano passado no país ante 59 em 2012: um crescimento de 127%. Os dados levam em consideração denúncias de usuários e investigações próprias da Polícia Federal.

De acordo com a Safernet, pornografia infantil foi o tipo de crime na internet mais denunciado em 2013. Das 244.147 denúncias anônimas recebidas pela organização, 80.195 (32,84%) dizem respeito a esse tipo de prática criminosa, que envolve "24.993 páginas distintas hospedadas em 8.589 servidores diferentes e atribuídas a 64 países em 5 continentes". "Essa é a prova de que a internet não é mais uma terra sem lei", afirmou Thiago Tavares, presidente da Safernet. "Esse aumento expressivo comprova que os crimes praticados na internet podem sim ser investigados, [e os seus autores] processados e punidos pelos crimes que cometeram".

Depois de pornografia infantil, os tipos de crimes na internet mais denunciados foram racismo (78.690), apologia e incitação a crimes contra a vida (31.513), homofobia (15.141), intolerância religiosa (9.807),  xenofobia (8.328), neonazismo (6.177) e tráfico de pessoas (2.729). Até o seu fechamento em 31 de dezembro, o balanço da PF e da Safernet registrou 484 indiciamentos relacionados a pornografia infantil na internet. O número de 2012 não foi disponibilizado para comparação.

Especificamente sobre o Facebook a pornografia infantil ficou em segundo lugar nas queixas, sendo superado pelos atos de racismo. Agora nas denúncias globais da internet, a pornografia infantil é o crime mais freqüente.

A Polícia Federal vem incrementando suas ferramentas de investigação na área de crimes cibernéticos, além de capacitar os servidores para investigarem esta nova criminalidade, o que reflete um crescimento permanente da repressão. “Ademais, desde 2008, com a promulgação da  Lei nº 11.829/2008, a conduta de ter em depósito imagens de pornografia infantil permitiu a realização de flagrantes, mesmo em momento diverso daquele da divulgação das imagens”, diz a nota.

Fonte: G1




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