terça-feira, 20 de janeiro de 2015

COM AUMENTO DA TARIFA, LEGIÃO SEM ÔNIBUS TENDE A CRESCER EM ARUJÁ

Para fugir da tarifa escorchante, população de baixa renda
 se vê na  obrigação de andar a pé  
Devido aos preços exorbitantes das passagens de ônibus, uma legião “sem ônibus” vem se formando em Arujá. É fato que já algum tempo, parte da população de Arujá, fugindo das tarifas caras do transporte municipal, deixou de usar os ônibus e fazem longos percursos a pé, principalmente para o centro da cidade.

Por volta das 7 horas da manhã dos dias úteis, é fácil notar no Parque Rodrigo Barreto, muitos trabalhadores subindo a pé a Avenida Armando Colângelo sentido centro de Arujá. O mesmo ocorre na Avenida Adília Barbosa Neves na região dos bairros Jordanópolis e Nova Arujá. No Mirante, e também em outros bairros a cena se repete. O uso da bicicleta, o aumento da frota de motocicletas no município, também vai de encontro ao preço escorchante da tarifa de ônibus. Todo mundo perde com esse aumento da tarifa, os trabalhadores, e também a própria empresa que perde receita através da diminuição de passageiros.  

O aumento das passagens de ônibus de R$ 2,80 para R$ 3,40, que está em vigor em Arujá desde o dia 10 de janeiro, deixou a população revoltada. Os usuários do sistema municipal de transporte alegam que a maioria das linhas municipais são curtas, e que o aumento de 21% das tarifas é um absurdo. Muitos trabalhadores não recebem vale transporte. Desempregados que estão na informalidade são obrigados a pagar integralmente o brutal aumento das tarifas de ônibus. Muitos moradores da periferia de Arujá, literalmente, não tem dinheiro para pagar a tarifa de ônibus. A população alega também que não existe integração de linhas de ônibus no município.

Os usuários reclamam também de que existem poucos ônibus nas linhas, e que em muitos bairros, principalmente na zona rural, os coletivos deixam de circular cedo da noite. Nos finais de semana, em algumas localidades, como a Vila Arujá, a linha não funciona. No ano passado, o vereador Mano’s (PSB) apresentou ao prefeito um anteprojeto de lei, solicitando a implantação de mototáxi no município. Entretanto, não houve interesse por parte do prefeito Abel Larini (PR) em enviar para a Câmara o projeto de lei.

O mototáxi significaria um transporte alternativo em Arujá, mais barato do que o ônibus, além de ser mais seguro para o usuário, principalmente à noite, tendo em vista que a moto deixa o passageiro na porta de casa. O aumento da passagem de ônibus é decidido em gabinetes, não tem a participação do povo, nem de entidades, e a planilha dos custos, que motivam o aumento da tarifa não é divulgada. A população que já paga uma série de impostos, que vai  pagar agora a taxa de iluminação pública, não aguenta mais esse aumento nas tarifas dos ônibus. A população pede mais respeito e transparência do prefeito de Arujá.




Nenhum comentário:

Postar um comentário