quinta-feira, 17 de março de 2016

A LUTA DE UMA MÃE DE SANTA ISABEL PARA QUE A MORTE DE SEU FILHO NÃO FIQUE IMPUNE


À esquerda, Jaciara dos Santos, mãe do rapaz de 16 anos, morto por
atropelamento
Protesto silencioso em frente ao Fórum por ocasião da
audiência do motorista acusado pela morte do jovem
Quem passou na tarde da última quarta-feira em frente ao Fórum de Santa Isabel, pôde observar um grupo de pessoas fazendo um protesto silencioso, empunhando uma faixa e um cartaz. Na faixa, lia-se: “Queremos justiça para essas pessoas que tiram a vida de inocentes por imprudência.
Enquanto eles vivem impunes, nós choramos com a dor da saudade e da injustiça”. 

Naquele momento, dentro do Fórum, em uma audiência, um idoso de 76 anos, prestava depoimento à justiça. Ele é acusado e responde por ter atropelado e matado ao volante de um ônibus, em cima da calçada, um jovem de 16 anos, que estava a caminho da Escola (ETEC) de Santa Isabel.
De terno escuro, advogado, ao lado o acusado da morte do
adolescente, quando saíam do Fórum

Essa informação foi passada pela líder da manifestação – Jaciara dos Santos, 50 anos, moradora da Vila Guilherme – que é mãe do garoto que morreu no dia 21 de maio de 2014. “Depois de quase dois anos da morte do meu filho, somente agora está sendo realizada a primeira audiência no Fórum”, disse Jaciara, que colheu assinaturas de mais de 1.500 pessoas em um abaixo-assinado, para não deixar que a morte do filho Luís Rodrigues da Silva Júnior, ficasse impune. "Eu quero ele na cadeia”, ela repetia essa frase a todo o momento, referindo-se ao motorista que na época trabalhava dirigindo um ônibus da Ultrafarma, causador do acidente fatal. “Se meu filho não tivesse morrido próximo de completar 17 anos, hoje ele estaria fazendo o curso de Direito, era o sonho dele, ser advogado”, disse a mãe.

Jovens que estudavam com a vítima
Jaciara fez acusações ao motorista idoso. “Ele foi mandado embora da empresa e sua carta (CNH) foi cassada, mas mesmo assim, ele dirige seu carro particular tranquilamente pelas ruas da cidade, sem ser incomodado”. Ela acrescentou que “além de dirigir sem carta, ele é surdo e cego”, aludindo ao fato de o idoso ter problemas de audição e visão. Jaciara contou também que há questão de 20 anos atrás, esse mesmo motorista – quando trabalhava na antiga empresa de ônibus Eroles – já “tinha atropelado e matado um garoto de 12 anos”.

Em frente ao Fórum, também se encontravam alguns jovens que estudaram com a vítima de atropelamento. Eles vieram prestar solidariedade à mãe e pedir justiça. Todas as pessoas que estavam no protesto, vestiam camisetas com a foto da vítima. De acordo com informações do Arlindo Guerra, que também participava da manifestação, faltaram três testemunhas, e vai ter outra audiência. Clique e amplie as fotos.




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