terça-feira, 5 de abril de 2016

ARUJÁ - TRÂNSITO APOCALÍPTICO

Por Luis Camargo

Drº Luis Camargo
É um teste de paciência o trânsito de veículos em Arujá nos horários de pico. A cidade, pela sua estratégica localização, é atrativa para empresas, todavia, nas últimas décadas não foi dada a devida atenção ao planejamento da mobilidade urbana e escoamento da produção.

O resultado é o sofrimento diário com o trânsito complicado, preço alto que é pago por toda a população, esteja em automóveis ou ônibus. Tudo fica parado!

Hoje destravar alguns gargalos no fluxo de tráfego é um desafio enorme, mas não impossível. A cidade deveria ter uma alça perimetral no entorno da área central - ideia que nunca se ouviu falar. Esse anel viário evitaria que as pessoas cruzassem o centro para transitar entre um bairro e outro. Temos exemplos em municípios da região onde essa alça perimetral resolveu o tráfego lento.

Precisamos de soluções para a rotatória próxima à rodoviária, onde confluem as avenidas dos Expedicionários, João Manoel e Antonio Afonso de Lima, e o trânsito literalmente para nos horários de pico.

E não é só isso, vejamos o absurdo da estreita via embaixo do pontilhão sobre a Dutra, que não dá conta do tráfego intenso pela manhã e no fim da tarde. Ônibus, caminhões e automóveis chegam a ficar parados por 15 minutos ou mais. Temos ali as limitações da margem do rio Baquirivu, que deve ser preservada, mas, afinal, se foi viabilizado o trecho norte do Rodoanel, que está cortando mata preservada, obviamente alguma solução também pode ser dada para melhor fluidez do trânsito no local.

Ora, bastam as medidas paliativas: lombadas fora dos padrões; faixas de pedestres em locais inadequados; semáforos não sincronizados; rotatórias confusas.
Arujá precisa repensar sua mobilidade urbana, debruçar-se em um projeto que atenda as demandas de hoje e do futuro. Novos centros comerciais despontam no município, empreendimentos residenciais são lançados, teremos um corredor de ônibus metropolitano e, em breve, a segunda pista da Avenida Mario Covas.

Não se pode mais conviver sem uma adequada Engenharia de Trânsito! O fluxo de veículos só tende a aumentar e fica a pergunta: como vai ficar o trânsito na cidade?
Investir em mobilidade urbana é um item de suma importância para o desenvolvimento da cidade.

Luis Camargo é professor universitário, advogado, fundador do Movimento VIVARUJÁ. contato@luiscamargo.com.br

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