sábado, 30 de abril de 2016

FILA, RECLAMAÇÃO E TUMULTO PARA TOMAR VACINA CONTRA A GRIPE H1N1, EM ARUJÁ

A fila se estendeu por todo quarteirão do Centro de Saúde II, na região central da cidade

No Dia Nacional de Vacinação (30 de abril) contra a Gripe H1N1, a Prefeitura de Arujá, através da Secretaria de Saúde deu mais uma demonstração de descaso e incompetência com o povo arujaense. Apenas o Posto de Saúde do Centro de Arujá (Centro de Saúde II) estava vacinando a população. Uma fila enorme se formou no quarteirão do Posto de Saúde, cuja entrada principal fica na Avenida dos Expedicionários. Para se ter ideia, o final da fila na tarde do sábado e durante praticamente todo o dia, chegava aos fundos do prédio na Rua Ademar de Barros. A vacina estava sendo aplicada na entrada principal, Avenida dos Expedicionários. As pessoas que estavam na fila debaixo do sol eram idosos,  mulheres com crianças no colo e também pessoas que tomam remédios para doenças crônicas. Alguns estavam acompanhados de familiares e parentes. A reclamação pela fila imensa e pela demora do atendimento era grande. Dentro da Unidade de Saúde o tumulto e o barulho eram intensos. A reclamação era de que a prefeitura deveria ter aberto outros Postos de Saúde para a vacinação, como por exemplo, o Posto de Saúde do Parque Rodrigo Barreto, do bairro Mirante, do bairro Emília e do Jordanópolis e Nova Arujá. Uma mulher com duas crianças, afirmou que residia no Recanto Primavera: “Tive que pegar ônibus com duas crianças e agora já faz um tempão que estou na fila, deveria ter vacinação na região onde moro, a passagem do ônibus é cara, além do trabalhão de vir aqui”. 

Posto de Saúde do Barreto, maior bairro do município não atendeu população

Muita gente aglomerada dentro da Unidade de Saúde, aguarda para
vacinação

Segundo a assessora de imprensa da Prefeitura de Arujá que se encontrava no local, a vacinação contra a gripe é destinada para um grupo específico da sociedade que engloba crianças de dois a cinco anos de idade, adulto acima de 60 anos, cidadãos que tem doenças crônicas, mulheres grávidas e mulheres com até 45 dias após o parto. A assessora da Prefeitura, disse ainda que muita gente que estava ali não se enquadrava no perfil que o governo federal determinou, ou seja, pessoas com maiores riscos de contrair a gripe. “Cidadãos jovens com saúde boa não deveria estar ali”. Entretanto, a reportagem constatou que a maioria dos cidadãos que compareceram ao Centro de Saúde II estava de acordo com perfil elaborado pelo Ministério da Saúde, ou seja, era do chamado grupo de risco. A avaliação de um funcionário da saúde municipal de Arujá, era de que um município com uma população maior do que 80 mil habitantes, no mínimo teria que ter mais um Posto de Saúde atendendo para a vacinação. “Parece que faltou planejamento, era imprescindível que o maior bairro de Arujá, o Parque Rodrigo Barreto também estivesse atendendo a população no dia Nacional da Vacinação contra a gripe”. A assessora de imprensa relatou também que o governo estadual, responsável pelas vacinas, entregou ao município cerca de 15 mil doses, número insuficiente para imunizar a população que estaria no grupo de risco.

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