terça-feira, 25 de outubro de 2016

PACIENTE DO PA DE ARUJÁ RECEBE ALTA MÉDICA NA MADRUGADA E MORRE QUATRO HORAS DEPOIS, EM CASA



José Geraldo, morto aos 60 anos
José Geraldo Rodrigues da Silva, 60 anos, morreu hoje (25/10) em sua residência, no Parque Rodrigo Barreto. Geraldo sofria de insuficiência renal e fazia hemodiálise quatro vezes por semana no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. A última vez que o paciente passou pelo procedimento da filtragem do sangue, foi no sábado (22/10). 

De acordo com Iranildes, conhecida por Ira (esposa do falecido), Geraldo morreu por volta das cinco horas da madrugada (25/10) em casa. Quatro horas antes – ainda de acordo com a esposa – ou seja, por volta da 1 hora da madrugada, Geraldo recebeu alta médica no Pronto Atendimento de Arujá. A esposa ficou assustada quando o médico (Drº Paulo Sergio) liberou o paciente para ir para casa de madrugada. “Ele não estava bem, era visível o estado precário da saúde do meu marido, mesmo assim o médico liberou”. 

De acordo com a Ira, trazido para casa por um dos filhos, o paciente passou a madrugada (da uma até as cinco horas) muito ruim. “Ele estava mole, em estado de sonolência, não conseguia ficar em pé, ficou recostado o tempo todo no sofá da sala, com a família fazendo vigília”. 

Ira disse que por volta das cinco horas da manhã, Geraldo se encontrava desfalecido. Diante da gravidade da situação, um dos filhos pegou o pai no colo e o colocou no veículo da família para trazê-lo de volta ao Pronto Atendimento. “Ele saiu morto daqui de casa, não quis dizer nada para não assustar meu filho, mas àquela altura tenho certeza de que ele estava morto”, disse a mulher.  

Ela falou ainda que quando chegaram ao PA, o mesmo médico que havia liberado o paciente, começou a fazer massagem cardíaca no enfermo. “O procedimento do médico foi uma farsa, pois tenho certeza que meu marido já havia falecido”.  

Iranildes explicou que até sábado (22) ele estava bem. “No domingo ele se queixou de “moleza” nas pernas. Na segunda-feira, Geraldo não conseguia mais andar”. À tarde, a família encaminhou o enfermo até o Pronto Atendimento do Parque Rodrigo Barreto.  

No PA do Barreto, o médico disse que ele tinha ser removido para o PA central, enquanto a esposa solicitava remoção para um hospital da região em que o falecido tinha convênio. Mas o paciente acabou transferido por uma ambulância da prefeitura para o PA central por volta das 16 horas, onde acabou ficando até uma da madrugada da terça-feira, quando foi liberado pelo médico, culminando com falecimento. 

Ira disse que o médico explicou que ele morreu por problemas no coração, devido às complicações causadas pela doença crônica do paciente, insuficiência renal.  

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