quarta-feira, 23 de novembro de 2016

FAMÍLIAS REMANESCENTES DIZEM QUE BEIRA RIO SE TORNOU PERIGOSO E QUEREM SABER QUANDO A PREFEITURA DE ARUJÁ VAI RETOMAR AS MUDANÇAS PARA O CDHU

Boa parte das famílias já se mudou, e muitas casas foram demolidas.
O Beira Rio se tornou uma vila fantasma, e as poucas famílias
que restaram afirmam que elementos estranhos estão querendo
saquear as casas  
As últimas famílias que ainda se encontram no Beira Rio (Arujá) reclamam que a mudança para os prédios e residências do CDHU do Jardim Emília foi paralisada na última sexta-feira (dia 18). Nessa data ocorreram as últimas mudanças. Lembrando que as famílias começaram a sair do Beira Rio na quarta-feira (dia 16). Quem está organizando e liberando mais de 100 famílias é a prefeitura de Arujá. 

Desde quarta-feira da semana passada funcionários da Prefeitura de Arujá comandados pelo irmão do prefeito de Arujá Srº Edinho, libera por dia um grupo de familiares para a mudança. Assim que os moradores saem, funcionários a serviço da prefeitura começam a demolir as casas. Só que depois de sexta-feira, o serviço foi paralisado e desde então nenhuma explicação foi dada aos moradores remanescentes. 

Algumas famílias entraram em contato com o Blog do Rocha, e informaram que o local ficou perigoso depois de a maioria das famílias terem ido embora, o local ficou “ermo”.  As famílias informam que elementos estranhos estão tentando entrar nas residências das famílias que não se mudaram ainda para saquear os pertences. Outra preocupação dos moradores é que o entulho das casas demolidas foi parar dentro do Córrego dos Cavalos, e se chover forte, pode ocorrer uma inundação grave para as famílias restantes. 

Os moradores também estão tendo problemas de abastecimento de água e de energia elétrica. Eles solicitam a liberação das mudanças por parte da prefeitura de Arujá o quanto antes para o CDHU do Jardim Emília.

Prefeitura diz que culpa é do CDHU

O Blog do Rocha entrou em contato com a prefeitura de Arujá, através da Assessoria de Imprensa. Em resposta, a prefeitura joga a culpa no CDHU e diz que a falta de documentação dos cadastrados é que está atrasando a mudança das últimas famílias. Só que as famílias dizem que toda a documentação que os agentes do CDHU exigiram foi apresentada, ou seja, a documentação está legal. Com relação aos problemas que os moradores remanescentes estão sofrendo, ou seja, falta de segurança, problemas relacionados ao abastecimento de luz e água, e o entulho que pode obstruir o curso de água do córrego, a prefeitura se cala. E o mais importante, a prefeitura também não respondeu: quando é que as famílias restantes serão liberadas para se mudarem para o CDHU do Jardim Emília?  (Veja a íntegra da resposta da prefeitura no Blog do Rocha www.rochaalencar.blogspot.com.


RESPOSTA DA PREFEITURA

Para fins de esclarecimento, a Secretaria Municipal de Habitação informa que, para terem continuidade, as mudanças dependem de regularizações de documentos e assinaturas por parte dos moradores junto à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). 
A demora, especificamente, está sendo provocada por fatores como a não apresentação de documentos exigidos pela CDHU para a conclusão do cadastramento (como CPF, certidões de casamento e divórcio de outros Estados, etc.), a falta de assinatura dos contratos, o não comparecimento na data específica para a escolha da unidade habitacional e/ou o não pagamento de contas de água e luz, fato que impede a instalação dos serviços, entre outros.
Além disso, as mudanças dependem exclusivamente da liberação da CDHU e não da administração municipal. O que compete à Prefeitura é cadastrar as pessoas que moram em áreas de risco, apresentar os dados à Companhia e acompanhar as mudanças, fornecendo orientações, esclarecendo dúvidas e oferecendo o suporte necessário.
Sobre o caso da moradora mencionada, a Secretaria Municipal de Habitação ressalta que quem define os critérios para que o cidadão obtenha o financiamento da moradia é a CDHU. Um desses critérios estabelece que a família deve morar, pelo menos, há cinco anos na área de risco. A Pasta informa ainda que a moradora não tem cadastro na Secretaria de Assistência Social por ter mudado recentemente para o local e, portanto, não atende os critérios determinados pela CDHU.
Ela, porém, pode procurar a Assistência Social para obter informações sobre cadastro e esclarecer sua situação. A Secretaria fica na Rua José Basílio Alvarenga, 32, no Centro. O telefone é o 4655 0436.

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