quarta-feira, 16 de novembro de 2016

PRIMEIRAS FAMÍLIAS A DEIXAR O BEIRA RIO JÁ ESTÃO INSTALADAS NO CDHU DO JARDIM EMÍLIA

Todas essas casas, condenadas pela defesa Civil de Guarulhos e que estão
em cima do Córrego dos Cavalos, assim que famílias se mudarem para o 

CDHU, serão demolidas
As primeiras famílias a deixar o Beira Rio já estão instaladas nos apartamentos do CDHU do Jardim Emília. De acordo com o CDHU 103 famílias que moram na área de risco, ao lado do Córrego dos Cavalos, na divisa de Arujá com Guarulhos, serão removidas nas próximas semanas.  A remoção se dará por etapas, hoje (16/11) estava previsto a mudança de 24 famílias. Segundo o CDHU, 103 famílias deixarão o Beira Rio, moradores falam até em 120 famílias. Enquanto a reportagem permaneceu no local, quatro caminhões saíram com destino ao Jardim Emília. Os moradores iriam receber as chaves dos apartamentos assim que a mudança chegasse ao destino. 

Um dos residentes deu uma pausa no transporte dos móveis para o caminhão para conversar com o Blog do Rocha. Genildo que trabalha como manobrista, disse que residia a quatro anos no Beira Rio, e que durante esse período foi vítima de várias enchentes e teve prejuízos. Genildo declarou que pegou um apartamento térreo por sua mão ser idosa. Informou que vai pagar R$ 226,00 mensais ao CDHU. A família do manobrista é constituída de três adultos e duas crianças. 

A maioria dos moradores está feliz e aliviada por deixar o Beira Rio, tendo em vista que esse ano as chuvas começaram mais cedo. “O pesadelo da chuva não vai mais nos atormentar”, disse uma moradora que também estava de partida. Mas sempre tem reclamação. Mulheres disseram que a mudança teria que ser feita nos finais de semana, quando o marido e filhos estão em casa. “Mulheres sozinhas não tem condições de por a mudança dentro dos caminhões e subir as escadas dos apartamentos carregando geladeira, cama e fogão”, se queixavam.  As casas do Beira Rio serão demolidas pela prefeitura de Arujá.   

Moradora não é contemplada, e diz que não tem para onde ir

Rosilda não foi contemplada com apartamento do CDHU, está
apavorada. Ela diz não ter para onde ir
Rosilda Correa Pires, 33 anos, moradora do Beira Rio, disse que a CDHU se recusou a fazer  cadastro para que ela pudesse ser contemplada com um apartamento. “As casas do Beira Rio vão ser demolidas, não tenho para onde ir, tenho medo de ficar ao relento. O CDHU não pode fazer isso comigo”, reclamou a moradora. Rosilda reside em um casebre de dois cômodos, mais banheiro. Ela mora com uma senhora de 63 anos de idade que precisa de cuidados, e mais seu filho de seis anos de idade. 

Ela relatou que a assistente social do CDHU, alega que ela é moradora há pouco tempo do local, por isso não tem direito ao apartamento do CDHU. Os vizinhos informaram que ela reside há dois meses no Beira Rio, por sua vez, Rosilda afirma que está no local há quatro meses. A moradora declarou que comprou a casa. “Antes morava de favor em uma Casa de Abrigo em Guarulhos (Casa de Passagem). Cheguei a conversar algumas vezes com a assistente social do CDHU, mas agora ela não conversa mais comigo, disse a mulher, que ainda tem esperança e espera uma resposta do CDHU. 

Moradores informaram que outro rapaz que é separada da esposa e que vive sozinho no Beira Rio também não teve cadastro realizado pelos funcionários do Estado. “Ele e a mulher já moravam em um apartamento do CDHU. Separaram, e a mulher ficou com a moradia, por isso, os funcionários falaram que ele não tem direito ao cadastro do CDHU.
            
Essa é uma das residências que já estão vazias, moradores já estão no
apartamento do CDHU

Mais uma mudança hoje de manhã (16/11) no Beira Rio Rio

Moradores logo pela manhã já carregavam o caminhão. Pesadelo das
enchentes vão ficar para trás. 

Mais uma mudança do Beira Rio
Família se mudou hoje (16/10) de manhã. Essa casa será a primeira se 
demolida
Córrego dos Cavalos





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