sábado, 23 de fevereiro de 2013

Criança de três anos é esquecida dentro do ônibus escolar da Transcooper em Santa Isabel

Uma moradora do bairro Eldorado em Santa Isabel, denunciou que a empresa Transcooper (concessionária do transporte público do município) esqueceu de deixar seu filho de três anos de idade na creche. A criança, disse a mãe, teria permanecido por várias horas dentro do ônibus escolar nas dependências da garagem da empresa. Segundo Francisca Francilene Rebelo, 44 anos, o fato aconteceu no dia 19 de fevereiro de 2013. “Meu filho entra na EMEI do Eldorado às 13 horas, e sai às 16h40. No dia 19, ele chegou à creche às 15h45, trazido por funcionários da empresa Transcooper”, disse a mãe. A dona de casa declarou que não sabe o que ocorreu, mas provavelmente a criança teria dormido no coletivo e o monitor não teria percebido. Dona Francisca, relatou que seu filho está assustado, não quer mais entrar no ônibus escolar e não quer ir mais para a creche. Ela disse também que não sabe as condições que a criança permaneceu dentro do ônibus na garagem da empresa, se ficou exposta ao sol, se ficou com fome e com sede. A dona de casa, disse ainda que foi orientada a levar a criança para um médico pediatra e registrar um Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido, além de comunicar o fato ao Conselho Tutelar da cidade.

Diretora da creche chorou
A reportagem do jornal Agora News ouviu a diretora Mônica Bellini da Creche EMEI do Jardim Eldorado, ouviu também a Yone Simões (Secretária de Educação do município) e Ângela Sanches, diretora adjunta da Transcooper. A diretora Mônica, disse que como a criança (filho de dona Francisca) não chegou  no ônibus, deduziu-se por questões óbvias que a mãe naquele data  não tinha enviado a criança para a creche.  Segundo Mônica, para sua surpresa, faltando menos de uma hora para o encerramento do turno escolar, uma funcionária (da creche) levou o menino até a sua presença e informou que a criança fora entregue naquele momento por funcionários da Transcooper.  “Eram 15h45 quando entregaram o menino, aí fiquei sabendo que a criança fora esquecida no ônibus, eu até chorei”, disse a diretora. Ela relatou também que imediatamente fez um relatório sobre o caso e comunicou a Secretária de Educação do município.

Secretária de Educação disse que caso pode parar no jurídico da prefeitura
Em depoimento ao jornal Agora News, a Secretária de Educação Yone Simões, confirmou que já estava sabendo do ocorrido e salientou que da parte da Secretaria da Educação (prefeitura) o episódio estava sendo apurado e se fosse o caso o ocorrido seria enviado para o Departamento Jurídico da prefeitura, “tendo em vista que a empresa responsável pelo transporte das crianças para escolas e creches da rede municipal é prestado por (uma empresa) concessionária do município”.

Diretora da Transcooper desmente que criança ficou presa no ônibus
A ex-prefeita Ângela Sanches, diretora adjunta da Transcooper recebeu em seu gabinete a reportagem do Agora News. Ela confirmou que realmente a criança foi esquecida pelo monitor do ônibus escolar, mas desmente veementemente que a criança tenha permanecido sozinha presa dentro do coletivo por quase três horas. “Assim que os ônibus chegam ao pátio da empresa funcionários adentram no veículo para efetuar a higienização do ônibus e recolher possíveis objetos esquecidos para serem devolvidos às famílias”, explicou a diretora. “Portanto, foi justamente nesse trabalho que logo foi encontrado o garoto que estava dormindo preso ao cinto de segurança no fundo do ônibus”, disse Ângela Sanches. A diretora da Transcooper relatou também que o ônibus chegou às 13h20 no pátio da empresa e depois de constatado a presença da criança, ela foi levada a creche de origem às 14h00. A diretora relatou ainda que foi dado bolacha e água para a criança, e que ela estava absolutamente tranqüila. A diretora informou também que o monitor é um excelente funcionário, mas que falhou de forma grave nesse dia. Ainda com relação ao funcionário, Ângela Sanches disse, que ele no momento está suspenso do trabalho e foi aberta uma sindicância interna para verificar o caso. Ângela, disse também que o futuro do funcionário na  empresa vai depender da diretoria.  Ela lamenta o ocorrido, mas assegurou que o caso está sendo apurado com todo rigor para que o episódio não mais se repita.     


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