quarta-feira, 11 de março de 2015

FAMÍLIAS SÃO DESPEJADAS E TEM CASAS DEMOLIDAS NO CENTRO RESIDENCIAL EM ARUJÁ

Assim que as famílias tiraram seus pertences, máquina da prefeitura derrubou
duas edículas no Centro Residencial
Duas famílias foram despejadas no dia nove de março, e tiveram suas casas demolidas no Centro Residencial, em uma ação judicial impetrada pela prefeitura de Arujá. A reintegração de posse, baseada em uma liminar da justiça, contou com funcionários municipais, com caminhões da prefeitura, viaturas da Guarda Municipal e uma máquina (pá carregadeira) da prefeitura. No local também se encontrava, o Secretário de Obras de Arujá Juvenal Penteado, o Secretário de Habitação Orlando (José Orlando da Silva), o administrador da Subprefeitura do Parque Rodrigo Barreto José Saturnino Marconi (Zezão da Pedreira), além do Comandante da Guarda Municipal, Altair. O casal Antônia Maria Silva de Souza Prejentino, 43 anos, e Valdir da Silva Prejentino, dois filhos, e o porteiro Reinaldo Santos Melo, 43 anos, e sua esposa Aparecida da Fonseca, 33 anos, tiveram que deixar suas casas. A prefeitura através de um veículo Van e um caminhão realizaram a mudança dos moradores. Depois de retirados os pertences das famílias, a máquina da prefeitura, por volta das 18h00, derrubou os casebres.  As famílias alugaram casas na Rua João Mariano, localizada no mesmo bairro, Centro Residencial. Segundo o Reinaldo, eles (as duas famílias) fizeram um cadastro na Assistência Social do município, que arcará com um aluguel social no valor de R$ 500, 00 durante um ano, com a possibilidade de renovar por mais um ano. Na decisão da liminar, o juiz David de Castro alega que área onde foram construídos os casebres é APP (Área de Preservação Permanente) e que as famílias que lá construíram cometerem “esbulho possessório em área pública”.  Com relação à indenização por terem suas casas derrubadas, as famílias disseram que nada foi comunicado às famílias a esse respeito.  

Prefeitura pagará aluguel durante um ano



Reinaldo Santos teve que sair de sua casa, juntamente com
sua esposa
Desta vez, a prefeitura de Arujá se portou como sempre deveria ter se portado, ou seja, de acordo com a lei, de acordo com o Estado de Direito deste país. A retirada dos moradores ocorreu mediante uma liminar da justiça. Anteriormente, a mesma prefeitura tinha tentado retirar os moradores do local sem um mandato judicial, acompanhada de viaturas da Guarda municipal e um aparato de viaturas da polícia militar, ou seja, a municipalidade queria retirar os moradores no grito, ao arrepio da lei. A ilegalidade só não se consumou devido intervenção do vereador Paraíba Car (PSDC). E para completar o quadro  da tentativa frustrada da prefeitura, os moradores, a partir de então passaram a sofrer ameaças de morte através de capangas da Imobiliária Continental, ao que tudo indica, com a conivência da prefeitura e da polícia.  


RESPOSTA DA PREFEITURA DE ARUJÁ SOBRE OS DESPEJOS NO BAIRRO CENTRO RESIDENCIAL
A Prefeitura de Arujá esclarece que, de forma alguma, é conivente com qualquer tipo de ameaça que possa ter sido feita a moradores, seja por conta de ações de reintegração de posse ou por qualquer outra motivação. Em virtude de trecho do texto intitulado “Famílias são despejadas e tem casas demolidas no Centro Residencial”, onde fica subentendido que a administração age com conivência diante deste tipo de situação, a Prefeitura vem a público esclarecer que repudia, em absoluto, toda e qualquer forma de intimidação ou tentativa de constrangimento. Ressalta, ainda, que é dever de todos prevenir e denunciar, junto à Delegacia de Polícia, a ocorrência de ameaça ou violação de direitos.


Depto de Comunicação

Prefeitura de Arujá



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