segunda-feira, 13 de junho de 2016

GRAÇAS A SOLIDARIEDADE DO POVO ARUJAENSE, MORADORES DE RUA NÃO ESTÃO PASSANDO FRIO


Zé do Mato, 62 anos. Vive na rua há 12 anos

Os moradores de rua que ficam na área central da cidade de Arujá, na região da rodoviária e na Praça do Coreto, em entrevista ao Blog do Rocha, afirmaram que não estão passando frio nas noites e nas madrugadas geladas desse início de junho de 2016. Isso se deve a generosidade da população que doou muitas cobertores para aqueles que vivem ao relento. José Edimar Inácio da Cruz, o Zé do Mato, contou que ele e os demais companheiros ganhou muitas cobertas. “A gente deita em cima de duas cobertas e coloca muitas outras cobertas por cima do corpo, graças a Deus não temos passado frio”. Ele informou que dorme debaixo de marquise de uma loja, em frente a rotatória da rodoviária. O cearense Zé do Mato, 62 anos, barba branca enorme, disse que o povo também doa alimentos, quase todos os dias, eles (moradores de rua) ganham marmitex. “O vereador Reynaldinho quase todos os dias traz marmitex para a gente, outros moradores também doam comida”, disse. Zé do Mato, relatou que vive há 12 anos nas ruas e que seus parentes residem no Parque Rodrigo Barreto. Ele anda amparado por muletas, pois quebrou o tornozelo após atropelamento. “Operei (do tornozelo) duas vezes e não ficou bom, não tem mais jeito”, disse. Outros moradores de rua é o Geraldo Nunes, 53 anos, e Genésio, 47 anos.

Geraldo Nunes, 53 anos (de barba) e Genésio,
 47 anos

ANDARILHOS
No canteiro central da Avenida João Manoel em frente à Rodoviária, três homens estavam deitados, dois dormiam em plena tarde de segunda-feira. O único que se dispôs a falar foi o Geovane, 29 anos, que tem o apelido de Caira. Ele informou que veio de SP pela Rodovia Presidente Dutra com o amigo Wiliam, 35 anos, puxando uma carroça, onde são armazenados recicláveis que vendem nos ferros velhos. “Na verdade nós estamos indo para a cidade de Aparecida (SP). É que está muito frio e resolvemos entrar em Arujá e esperar o frio passar um pouco para prosseguir viagem”. Caira disse que não passa fome, os moradores da cidade dão alimentos para eles. “Mas quando a gente não recebe doação, a gente pede comida nos restaurantes". Com relação à família e o motivo de viverem nas ruas, os moradores de rua preferem se manter em silêncio.


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