quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

MORADORES DO CENTRO RESIDENCIAL AFIRMAM QUE ESTÃO SENDO AMEAÇADOS DE MORTE POR CAPANGAS DA CONTINENTAL. FISCAIS DA PREFEITURA TENTARAM DESALOJAR FAMÍLIAS SEM MANDADO JUDICIAL


Moradores do Residencial , depois de acordo para feitura de
contrato de aluguel, foram autorizados sa construir
A Imobiliária Continental está sendo acusada de tentar expulsar pelo menos seis famílias que estão construindo suas casas no bairro Centro Residencial, em Arujá. Os moradores se defendem e informam que não invadiram a área. Eles alegam que foram enganados por um representante da Imobiliária Continental, de nome Renato. Valdir da Silva, 40 anos, uma das pessoas que construiu uma casa na Rua José Faustino da Silva, disse ao jornal Gazeta de Notícias, que foi procurado pelo Sr. Renato, que teria oferecido contrato de aluguel dos lotes para todas as famílias que estavam construindo no local. “O Renato pegou a cópia dos documentos das famílias, e disse que redigiria os contratos de aluguéis. Nós teríamos que pagar duas parcelas dos aluguéis no ato da assinatura do contrato, mais percentual referente ao pagamento de IPTU, o que daria em torno de 1.500 reais. Depois de 30 dias, o aluguel do lote, por volta de 700 reais, seria pago normalmente”. Valdir explicou que diante da promessa dos contratos, os moradores compraram material de construção e começaram a erguer as edificações.


Depois de promessas de contrato de aluguel, moradores teriam sido autorizados a construir




Moradores que estão sendo ameaçados pela Continental
Mas as coisas não saíram como o previsto. “Depois de uma semana, o Renato apareceu no local, e informou que as famílias teriam que abandonar a área, por pertencer à prefeitura de Arujá”. Diante do imbróglio, as famílias entenderam que foram enganadas, e decidiram que não iriam abandonar suas casas e continuariam tocando as obras. Valdir falou que diante dos fatos, foi até a delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência, “pois as famílias se sentiram lesadas”. Todavia, para surpresa dos moradores, depois de alguns dias, sem aviso prévio, várias viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar, acompanhados de uma máquina (pá carregadeira) e de caminhões caçambas da prefeitura, chegou ao local para expulsar as famílias e derrubar as casas. “A ordem partira de um fiscal da prefeitura, de nome Gilvan”. Começou um bate boca entre os moradores e o fiscal da prefeitura, que não apresentou nenhuma decisão judicial para demolir as casas. Valdir falou que então acionou o vereador Paraíba Car. O vereador, através de depoimento à Gazeta de Notícias, relatou sobre a confusão: “Eu disse ao fiscal da prefeitura (Gilvan) que sem uma decisão judicial, eles não iriam derrubar as casas, só se passassem com o trator por cima de mim”. Valdir contou que depois de muita confusão, os funcionários da prefeitura resolveram ir embora.


Caso já gerou dois Boletins de Ocorrência
Vereador Paraíba car


Mas, o pior estava para acontecer. A partir daí, contam os moradores, homens da Imobiliária Continental começaram a ameaçar as famílias para saírem do local. “Os ‘capangas’ da Continental, liderados pelo marido da Ariane Luongo, ficam rondando o local de dia e de noite a ameaçam de morte os moradores”, disse o Valdir. “Por volta de uma hora da madrugada de um dia da semana, os caras da Continental invadiram as moradias e tentaram expusar as famílias. O marido da Ariane Luongo (que seria Policial Militar) teria apontado um revólver para os moradores”, disse o Valdir. O morador declarou “que vai fazer uma denúncia contra o autor das ameaças para a Corregedoria da PM, e levará o caso para o Ministério Público”. Valdir disse ainda que registrou um Boletim de Ocorrência (BO) sobre as ameaças que os moradores vêm sofrendo. O vereador Paraíba Car, fez a denúncia do caso na Tribuna da Câmara, na sessão do dia 2 de fevereiro. Ele disse que é contra a invasão de propriedade alheia, mas que no caso do bairro Residencial, “as famílias foram enganadas com promessas de contrato de aluguel”. Ele também falou da Tribuna que por determinação judicial, a Imobiliária Continental está proibida de alugar ou vender lotes no município de Arujá, ou de fazer qualquer transação financeira referente aos lotes do Parque Rodrigo Barreto e do Centro Residencial. As famílias dizem que não vão sair dos lotes, vão resistir.
  




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