quinta-feira, 3 de setembro de 2015

PAI DE DORIVAL CABRINHA SOFRE ACIDENTE; ALÉM DE ATENDIMENTO PRECÁRIO NO PA DE ARUJÁ, UNIDADE NEGA AMBULÂNCIA PARA TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE DE 90 ANOS


Dorival Cabrinha: além do sofrimento de ver o pai acidentado, ele e a
família  sofreram na pele com o descaso do PA no atendimento
ao paciente
Um dos moradores mais antigos de Arujá, o pai do Dorival Cabrinha, Ladislau de Rossi, 90 anos, sofreu um acidente e está internado no Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo. Seu Ladislau caiu de uma altura de aproximadamente cinco metros. Ele estava em cima de uma escada em sua residência. O fato triste ocorreu na última quarta-feira (26/08). Segundo seu filho, Dorival Cabrinha, seu Ladislau quebrou o nariz em três partes, cortou o supercílio, fraturou o joelho e machucou o queixo também, além de sofrer algumas escoriações pelo corpo.

Além do abalo que a família sofreu e do drama de ver uma pessoa de 90 anos de idade acidentada, a família teve que lidar com a burocracia, o desrespeito e o descaso no Pronto Atendimento (PA) de Arujá. De acordo com o Dorival Cabrinha, a família ficou nervosa, tensa, antes mesmo de o paciente chegar até o Pronto Atendimento, pois a ambulância do município demorou quase uma hora para resgatar o idoso. Depois que o enfermo deu entrada no PA, as coisas não melhoraram muito. De acordo com o Cabrinha, na unidade hospitalar os funcionários queriam proibir que familiares acompanhassem o atendimento ao idoso. Depois de um bate boca, os familiares acabaram acompanhando o atendimento ao seu Ladislau, que se mantinha lúcido, conversando com as pessoas.  

“Drº Henrique, o médico que atendeu meu pai, foi muito educado e fez tudo o que estava ao seu alcance, mas lamentavelmente o PA não tem estrutura nenhuma para atender um acidentado, além disso, a diretoria da unidade de saúde, também ajudou a complicar a situação”, disse o Cabrinha. Ele relatou que o médico pediu uma tomografia computadorizada da cabeça do paciente. “O médico disse que a tomografia tinha que ser realizada na Santa Casa de Santa Isabel, e que o procedimento duraria cerca de duas horas, a ambulância levaria o enfermo. Todavia, uma enfermeira que também trabalha na Santa Casa, alertou o médico de que o aparelho de tomografia da Santa Casa do município vizinho se encontrava quebrado”.

Então a operação foi abortada, e foi realizada no PA uma radiografia do crânio do idoso. Mas, segundo o filho do paciente, através da radiografia não foi possível fazer um diagnóstico preciso. A família foi então, aconselhada a levar o paciente para o Hospital do Servidor do Estado, tendo em vista que o Dorival Cabrinha já tinha avisado que seu pai tinha convênio com o referido Hospital de SP. Diante da falta de estrutura do PA, a família concordou em remover o paciente. “Só que a administração do Pronto Atendimento negou uma ambulância para levar meu pai para São Paulo, eles disseram que a remoção era por conta da família. Mas, como eu iria levar um paciente de 90 anos com o joelho quebrado, em um carro particular para SP?”, questionou o filho.

Cabrinha relatou que tentou falar com a Secretária de Saúde do município, Clarinda Carneiro, mas só conseguiu contato com outras pessoas da Secretaria, uma delas de nome Bruna, que chegou até a garantir que a ambulância levaria o paciente para SP, mas era mentira. Diante da intransigência da direção do PA em negar a ambulância, a família se viu na contingência de alugar uma ambulância particular, ao custo de R$ 500,00. Seu Ladislau deu entrada no PA por volta das 12h00, a ambulância alugada chegou por volta das 18h00. Mas, na hora de embarcar o paciente, a família ainda teve que amargar outros dissabores.

Cabrinha disse que a direção do PA, que é mantido por uma empresa terceirizada chamada CEJAM, negou qualquer tipo de documentos em nome do PA para transferir o paciente. “Eles negaram guia de transferência, negaram papéis relativos aos procedimentos médicos por qual passou o enfermo, etc”. Apesar de nova discussão, o paciente teve que ser removido sem nenhum documento da unidade de origem. E para fechar com chave de ouro o descaso, o desrespeito e a irresponsabilidade do Pronto Atendimento de Arujá – segundo o Dorival Cabrinha – nem a sutura de forma correta foi realizado no paciente.

“Meu pai praticamente saiu do PA do jeito que chegou, nem uma limpeza adequada dos ferimentos que ele sofreu foi realizado". Ele disse que o PA alega que foi realizada uma sutura nos ferimentos, mas, não foi isso o que nós vimos, o supercílio e o queixo do meu pai estavam do jeito de quando ele chegou, ou seja, abertos. Ainda de acordo com relatos do Cabrinha, seu Ladislau passou por uma tomografia no Hospital do Servidor de SP,  e não constou nenhuma fratura no crânio nem no corpo do idoso, além do queixo e do joelho que já haviam sido diagnosticados. O paciente aguarda cirurgia no joelho.  




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