sexta-feira, 5 de agosto de 2016

DEPOIS DE MAIS UMA MORTE POR ATROPELAMENTO, MORADORES DE ARUJÁ AMEAÇAM PARALISAR A DUTRA


Bairro Cachoeira às margens da Rodovia Presidente Dutra, que já ficou
 de luto várias por perda de seu moradores atropelados na rodovia

Depois de mais uma morte por atropelamento na rodovia Presidente Dutra em Arujá, os moradores do bairro Cachoeira, da Estância Pacaembu e do Núcleo Vicente Matheus, comunidades localizadas às margens da Rodovia Presidente Dutra, estão ameaçando paralisar a rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.
No dia 29 de julho, o ajudante geral Francisco Dias Nascimento, 52 anos, morreu atropelado tentando atravessar a Dutra para acessar o bairro Estância Pacaembu. 

Sobrevivente: Antonio do Prado foi atropelado duas vezes
na Dutra. Segundo seu irmão, Israel do Prado, ele foi
atropelado quando tinha 12 anos, e depois aos 19 anos. Ele
 trabalha e leva uma vida normal, porém, ficou com
sequelas em uma das pernas 


Segundo Israel Prado, morador do bairro Cachoeira, cerca de 50 pessoas dessas três comunidades morreram atropelados nas últimas décadas.Israel relatou que o bairro Cachoeira começou a nascer em 1962, quando sua avó construiu a primeira casa na localidade. “Nasci há 49 anos no bairro Cachoeira, e de lá para cá vi muitas pessoas morreram atropeladas, jovens, adultos e idosos, a rodovia não perdoa ninguém. Perdi um irmão, outro irmão foi atropelado duas vezes e ficou com sequelas. Perdi também dois tios por parte da família da minha esposa”.


Israel explicou que o bairro Cachoeira fica às margens da Rodovia Presidente Dutra sentido RJ, e que os moradores tem que atravessar a Dutra sentido SP, para pegar os ônibus que vão para Arujá, para Guarulhos, Mogi das Cruzes ou Estação Metrô Armênia (SP). Ele disse que a preocupação é muito grande, principalmente por parte das famílias que tem adolescentes matriculados nas escolas localizadas no centro de Arujá, que são obrigados a atravessar a rodovia pra ir e para voltar dos estudos.


“O prefeito de Arujá, se reuniu com o então Ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues no ano passado. Ficou acordado que a construção de uma passarela que beneficiaria as três comunidades, começaria no mês de julho, mas até agora nada”, disse Israel. Além desses problemas, o líder comunitário diz que os pontos de ônibus dos dois lados da rodovia não têm cobertura.


O morador do bairro Cachoeira, falou ainda que a placa na Dutra sentido RJ, indicando o nome (entrada) do bairro, ele conseguiu depois de muito tempo, a duras penas. No entanto, a placa encomendada pela prefeitura de Arujá foi mal feita e a mesma será retirada pela concessionária da Dutra: “Como a placa não reflete à noite com os faróis dos carros, a concessionária da rodovia vai retirar a sinalização, até que nova placa seja confeccionada pela prefeitura de Arujá”.



Morte: José de Paiva morador do bairro Cachoeira,
morreu atropelado em 2003 e deixou 5 filhos pequenos.
Ele  retornava para casa à noite de uma festa no
Rancho da 
Pamonha

Morte: A foto do homem de boné e de bigode é do
tio do Israel, outra vítima fatal por atropelamento
na Dutra. Os filhos dele que estão na foto, hoje
são todos adultos   

Morreu: Zaqueu Antonio do Prado,
irmão do Israel morreu atropelado
na Dutra no dia 10 de fevereiro de 2011.
Ele ia trabalhar e tinha
40 anos.
Morte: A última vítima que morreu por
atropelamento na Dutra em Arujá
foi o Francisco Nascimento, o Candé.
Ele morreu aos 52 anos, no dia 29 de julho
quando tentava atravessar a Dutra
para ir para sua casa

Morreu: Antonio Paiva morreu atropelado  na
 Dutra por um ônibus em 2012, quando se dirigia
a um 
banco no centro  de Arujá para receber seu
pagamento



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