terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SEM SOLICITAR TRANSFERÊNCIA, PORTANTO, SEM VAGA, GRÁVIDA DE RISCO É LEVADA DA MATERNIDADE DE ARUJÁ E DEIXADA EM FERRAZ DE VASCONCELOS


Uma mulher no sétimo mês de gravidez, que apresentava sangramento e perda do líquido amniótico (que preserva o desenvolvimento do feto) foi levada de ambulância da Maternidade de Arujá para Maternidade de Ferraz de Vasconcelos. Como se tratava de parto de alto risco, a gestante Flávia Taís de Souza, 39 anos, não poderia ser atendida em Arujá, por o município não dispor de UTI Neonatal.

A palavra “levada” foi usada de forma adequada, tendo em vista que a Maternidade de Ferraz de Vasconcelos não foi avisada da transferência. Ou seja, não houve os trâmites legais para a transferência da gestante. De acordo com a família, a gestante foi levada para Ferraz sem saber se tinha vaga na UTI Neonatal. O Cross, órgão do governo estadual que regula a transferência de pacientes, não foi consultado sobre a gestante Flávia Taís de Souza, portanto, seu nome não consta do sistema.

"O que ocorreu é que a ambulância simplesmente deixou a paciente na Maternidade de Ferraz. Assim que a Flávia chegou, os médicos não queriam receber a gestante, pois a paciente não tinha nenhum documento de transferência. A família foi informada que a Maternidade não dispunha de vaga na UTI Neonatal, mesmo por que não houve pedido de vaga da unidade hospitalar de origem. A impressão é que a Maternidade de Arujá queria simplesmente se livrar da gestante”, disse Amanda Rosane de Freitas, irmã da gestante. A família procurou o vereador Paraíba Car na sessão ordinária da última segunda-feira e expôs o problema.


GESTANTE TEM PERDA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO E SANGRAMENTO

Segundo informação do marido Edvanaldo Barbosa Silva Santos, 29 anos, sua mulher que está no 7º mês de gravidez, começou apresentar sangramento na última quarta (dia 7). Removida para a Maternidade de Arujá, depois de receber Buscopan e Glicose na veia, a parturiente foi liberada pelo médico para voltar para casa. De acordo com a irmã, a gestante passou quarta, quinta e sexta com contrações e sangramento. No sábado, Flávia Taís foi levada pelos familiares de novo à Maternidade de Arujá. “Ela estava perdendo líquido amniótico. O médico examinou, internou a gestante e deu uma medicação para ‘segurar’ o neném”, relatou a irmã.

“No domingo (dia 11/12) Flávia foi levada sem ter vaga para a Maternidade do município de Ferraz de Vasconcelos, através de ambulância municipal”, disse a irmã Amanda. “Na segunda-feira (12) ela ficou internada num quarto, quando deveria estar na UTI Neonatal. Ela não levanta da cama por sentir dores fortes, e com a perda do líquido amniótico, tememos pela vida do bebê e da mãe”, disse a Amanda.

De acordo com o marido da gestante, o médico de Ferraz de Vasconcelos passou por escrito o nome da médica que teria autorizado a “transferência clandestina” da gestante Flávia Taís, caso a família queira ajuizar uma ação judicial: trata-se de Maria Mônica de Siqueira Pires.

PARAÍBA CAR DIZ QUE ARUJÁ ESTÁ SEM SECRETÁRIO DE SAÚDE

Na noite da última segunda-feira (12), depois da sessão ordinária, o vereador Paraíba Car, através de contato telefônico falou com o secretário de Saúde de Arujá Eduardo Ferreira da Silva, para solicitar providências urgentes no caso da gestante Flávia Taís. Eduardo disse que não era mais secretário da Saúde e aconselhou o vereador a falar com a Clarinda Carneiro. Entretanto, ela disse que é apenas uma voluntária na Secretaria da Saúde. “Ora, se o Eduardo Ferreira foi exonerado do cargo de Secretário Municipal, e se a Clarinda Carneiro é apenas uma voluntária, então a Secretaria de Saúde está sem secretário”, disse Paraíba Car. De acordo com o Paraíba, Clarinda disse que tomaria providências.



Nenhum comentário:

Postar um comentário