terça-feira, 7 de abril de 2015

DENGUE SE ALASTRA EM ARUJÁ. EM 10 DIAS CASOS DOBRAM NO MUNICÍPIO, JÁ SÃO 92 CASOS. VEREADORES SOLICITAM REUNIÃO COM A SECRETÁRIA DE SAÚDE


Até 27 de março, existiam 277 notificações, ou seja, casos suspeitos. Dos 92 casos registrados em diversos bairros do município, o Parque Rodrigo Barreto está na liderança com 47 pessoas infectadas pelo Aedes Aegypti, nome científico do mosquito da dengue. Alguns vereadores, através da Tribuna da Câmara, na sessão ordinária realizada no dia seis de abril, mostraram-se preocupados com o alastramento da doença em Arujá. O vereador Renato Caroba (PT), disse que cerca de 60% dos moradores do município não deixam os agentes da saúde entrarem nas propriedades, para que os mesmos verifiquem se não há possível foco de dengue, ou seja, água parada.  Os vereadores, assim como a população estão assustados com o rápido crescimento de casos da patologia em Arujá, e vão solicitar uma reunião com a Secretária de Saúde Clarinda Carneiro, para que ela exponha quais são as medidas que estão sendo tomadas para evitar a proliferação da doença. Na reunião do Conselho de Saúde realizada no dia 27 de março, tanto a secretária Clarinda, assim como algumas diretoras que participam do Conselho já se mostravam preocupadas com o fato de parte da população não dar acesso às residências aos agentes de saúde. Lembrando, como relatou a secretária, que só a eliminação da água parada pode evitar a proliferação do inseto causador da dengue.  “A larva e o criadouro, normalmente estão dentro das casas, estamos tendo dificuldade em entrar nas residências, as pessoas não deixam o agente fazer o serviço de prevenção”, disse a Secretária.  Entretanto, para alívio de todos, até agora não houve nenhum caso da dengue hemorrágica, versão mais grave da doença, nem em Arujá, nem na região do Alto Tietê.

Pacientes falam da experiência da doença

Amanda, uma jovem moradora do Parque Rodrigo Barreto, está há sete dias em repouso e em tratamento, depois que confirmou no PA de Arujá o diagnóstico de dengue. Ela disse que nos primeiros dias sentia muita dor de cabeça e dor nos olhos. Com o passar dos dias, passou a sentir dores no corpo inteiro. Amanda relatou ainda que a pessoa “fica cansada” e que ela permanece a maior parte do tempo deitada. Ela relatou que toma o medicamento parecetamol, para eliminar as dores e também toma soro, esse último ministrado pelo médico.  Outro jovem morador do Barreto relatou que está há cinco dias com a doença. “Apareceram manchas vermelhas no meu corpo, o médico mandou tomar muita água, sinto dores no corpo, uma sensação de mal-estar, você só quer ficar na cama, não sinto fome, nos últimos dias nem comer direito você come, só quero sarar logo. Tomo dipirona para as dores. Tinha ouvido muito falar de dengue, mas você só sabe o quanto é ruim quando pega a doença”.


Santa Isabel e Guarulhos

O município de Santa Isabel, até a semana retrasada apresentava oficialmente 51 casos de dengue, hoje estima-se que mais de 100 pessoas devam estar contaminadas pelo mosquito da dengue. O município de Guarulhos, vizinho de Arujá, e a segunda maior cidade do estado de SP em população, decretou situação de emergência por causa da dengue. Homens do Exército e da Aeronáutica vão para as ruas para ajudar os agentes de saúde a destruir os focos do mosquito. Guarulhos, até a semana passada ostentava 2.297 casos confirmados de dengue, 6.330 notificados e nenhum óbito. No mesmo período do ano passado, a cidade havia confirmado 562 casos.





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