quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DEPOIS DE POLÊMICA, VEREADORES SILENCIAM NO CASO DA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA NA RODOVIA PRESIDENTE DUTRA


A polêmica envolvendo a gigantesca movimentação de terra na Rodovia Presidente Dutra em Santa Isabel, e que motivou discussões acirradas na sessão do Legislativo isabelense, passou em branco na última sessão da Câmara, no dia 18 de fevereiro. Na última terça-feira um houve um silêncio completo sobre a instalação de uma futura pedreira em Santa Isabel. Nenhum vereador falou, nenhum vereador se manifestou sobre o tema. Como se sabe, na sessão retrasada, um requerimento do vereador Clebão do Posto (PR), onde ele solicitava esclarecimentos e documentos à prefeitura, sobre a imensa terraplanagem realizada às margens da Rodovia Presidente Dutra, foi rejeitado por 10 dos 14 vereadores da Casa de Leis de Santa Isabel.

Depois disso a polêmica pulou para as redes sociais, para as páginas dos jornais locais e está nas ruas da cidade. Segundo os vereadores que rejeitaram o pedido de esclarecimento do Clebão, a movimentação de terra na Rodovia Presidente Dutra é legal e tem autorização (não se sabe de quem até agora?), mas tem autorização. Apesar de os vereadores afirmarem que o empreendimento é legal (o vereador Odilon disse que há autorização para a movimentação de terra) os desmentidos (salvo melhor juízo) sobre a legalidade do empreendimento estão na ordem do dia.  

Primeiramente, veio a notícia de que o cidadão Paulo Sergio Gomes entrou com uma ação no Ministério Público e pediu uma diligência no local da movimentação de terra. Depois foi o vereador Orlando Paixão (PT) disse que até o final do ano passado não existia nenhuma autorização da CETESB para a movimentação de terra na Dutra. Depois se pronunciaram duas  personalidades da política isabelense (Valmir Santos e Glauco Vicente) questionando a regularidade do empreendimento.

Por fim, outras pessoas que fazem um trabalho político na cidade e que acompanham o problema da movimentação de terra na Dutra, questionaram a postura dos vereadores, “que negaram informações não ao autor do requerimento, mas ao povo isabelense”. Eles dizem que saltam aos olhos as irregularidades na movimentação de terra e a falta de documentos para um evento de tal envergadura, além de reafirmarem que a área é de APP. Mas parece que a polêmica e suas conseqüências nem começou ainda. Rumores dão conta de as obras já estariam paralisadas, por conta dessa polêmica.

Um político de prestígio da cidade, que não quis se identificar, disse que é cômodo e simpático aos eleitores, os vereadores que não se pautam pela transparência, falarem em geração de emprego. “Defender empregos sem transparência, na base dos fins justificam os meios, sem ética, é preocupante. Pior do que isso são os vereadores que se pautam pela ética, pela lisura e pela transparência fazerem o papel de vilões, ou seja, eles são contra a geração de empregos no município, havendo nesse caso uma inversão de valores”.

“Ser a favor da transparência e da legalidade, não quer dizer que se é contra geração de empregos. Mas a imagem que querem colar nos vereadores que exigem transparência e informação, é de que são contra a instalação de uma pedreira em Santa Isabel, e conseqüentemente contra a geração de 400 empregos para o município. É uma desonestidade esse tipo de postura. Ora, esses 10 vereadores que votaram contra a transparência têm medo de quê? Existem motivações inconfessáveis por de trás dessa história toda? Existem fatos a esconder? Afinal, a Câmara de vereadores não é guardiã maior das Leis?”.   




  

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