quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

FAMÍLIAS QUE FORAM ABANDONADAS NO BEIRA RIO, EM ARUJÁ, ESTÃO DESESPERADAS: “NÃO TEMOS PARA ONDE IR”.


Família que foi abandonada no Beira Rio
Todas as famílias do Beira Rio já se mudaram para o CDHU do Jardim Emília, em Arujá. São mais de 100 famílias que já estão acomodadas nos apartamentos e residências do CDHU.
Porém, duas famílias ficaram abandonadas no local. Essas famílias não foram cadastradas pelo CDHU e também não receberam nenhum amparo da prefeitura de Arujá.
Boa parte das casas que compunham o Beira Rio, já foi derrubada. O que existe no local agora são escombros e pilhas de entulho. O Córrego dos Cavalos, que segundo a prefeitura de Arujá será limpo e dessassoreado começa a aparecer, começa a receber a luz do sol, levando-se em conta que ele passava por debaixo das casas.
Porém, nesse cenário de destruição, dois casebres ainda resistem em pé. A casa da Rozilda e do Joseomar. Rozilda Correia Pires, 33 anos, que mora com filhos e mais uma senhora, disse que funcionários do CDHU alegaram que ela era novata no Beira Rio, por isso não teria direito a moradia nos prédios do CDHU.
Ela está desesperada, pois já foi avisada que logo sua casa será derrubada. “Não tenho para onde ir. Se demolirem minha casa vou para a rua com meus filhos”. Ela disse que o local se tornou perigoso. “Como não reside mais ninguém no local, desocupados e consumidores de drogas passaram a freqüentar o Beira Rio”.
"Conversei com assistentes sociais da prefeitura de Arujá, mas elas não estão nem aí com meu problema, eles jogam o problema para o CDHU que devolve para a prefeitura de Arujá". Outro morador que sobrou no Beira Rio é o Joseomar. Ele tem 43 anos e mora com o filho de 12 anos. “Eles alegam que já tenho cadastro no CDHU”.
Ele explicou que morava em um apartamento do CDHU, mas quando se separou de sua esposa, ela ficou com o imóvel que hoje está no nome dela. “Por isso o CDHU não fez meu cadastro”. “Não tenho para onde ir, não tenho dinheiro para pagar aluguel”.
Na semana que vem, através de uma associação de bairro, as duas famílias serão encaminhadas para a Defensoria Pública de SP, para tentar resolver o problema dessas pessoas.

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