domingo, 9 de agosto de 2015

PREFEITURA DE ARUJÁ ESTÁ COBRANDO TAXA DE ILUMINAÇÃO; MAS RUAS CONTINUAM ESCURAS


Escuro total debaixo do rede de alta tensão na Rua Raymundo Fernandes,
no Parque Rodrigo Barreto. Várias ruas do bairro estão na mesma

situação
A taxa de iluminação pública já está sendo cobrada pela prefeitura de Arujá. O valor da taxa municipal vem especificado na conta de energia elétrica. As famílias pagarão de acordo com os gastos de energia, quem gasta mais paga mais, quem gasta menos a taxa é menor. Uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determinou que em todo o Brasil, a responsabilidade pela iluminação pública passa a ser dos municípios, e não mais das concessionárias de energia. Portanto, a troca de luminárias e de lâmpadas queimadas, enfim, a manutenção da iluminação de ruas, avenidas e praças, passa a ser de responsabilidade das prefeituras. Entretanto, a taxa de iluminação não é compulsória, fica a critério de o prefeito enviar o projeto (ou não) para a Câmara, podendo os vereadores rejeitar ou aprovar o projeto.  Existem cidades (poucas, é verdade) que o prefeito preferiu não enviar projeto para a Câmara. Nesse caso, o prefeito assumiu as despesas da manutenção da iluminação pública com o orçamento normal da prefeitura. No município de Arujá isso não aconteceu. O prefeito enviou em dezembro do ano passado, projeto complementar instituindo a taxa de iluminação. Depois de muita discussão no Legislativo de Arujá, a taxa foi aprovada. Somente três vereadores votaram contra a taxa: Renato Caroba (PT), Rogério da Padaria (PT) e Paraíba Car (PSDC). Estimativas de alguns vereadores dão conta de que a prefeitura vai arrecadar cerca de 300 mil reais por mês com a taxa, ou seja, por ano seriam arrecadados cerca de 3,6 milhão.

Prefeitura não tem estrutura para fazer manutenção de iluminação pública em Arujá 


Dos 15 vereadores de Arujá, somente 3 votaram contra a taxa de
Iluminação Pública: Paraíba Car, Renato Caroba e Rogério da Padaria
Hoje, a situação em Arujá, no que concerne à iluminação pública não é das melhores. Existem muitos pontos escuros na cidade devido ao alto número de lâmpadas queimadas à espera de troca. Além disso, tem muitos pontos que nem iluminação tem, como por exemplo, debaixo da rede da alta tensão que corta vários bairros de Arujá. E mais: hoje, as lâmpadas amarelas estão superadas, pois iluminam pouco, a lâmpada que emite luz branca (metálica) é a mais nova tecnologia. Será que a prefeitura vai trocar a luz amarela pela branca? E para piorar a situação, a Elektro (Concessionária de Energia de Arujá) não quer mais fazer a manutenção, tendo em vista que a prefeitura de Arujá já está recebendo dinheiro da taxa. O vereador Rogério da Padaria informou que a prefeitura treinou dois eletricistas (servidores municipais) para poderem efetuar a troca de lâmpadas e manutenção das luminárias. Entretanto, Rogério disse que além de serem poucos eletricistas, de nada adiantou o treinamento, tendo em vista que a prefeitura não dispõe nem de caminhão nem de equipamentos necessários para fazer a troca de lâmpadas. Rogério, disse ainda que pagou mais de 100 reais de taxa referente à sua padaria. Lembrando que comércio e indústrias pagam taxa muito mais altas do que as residências.  O vereador Renato Caroba, que também votou contra a instituição da taxa, declarou que em dezembro do ano passado quando foi aprovada a lei da taxa na Câmara de Arujá, o preço da energia elétrica era bem mais baixo, hoje triplicou a tarifa de energia, triplicando também a taxa de energia. Um morador de Arujá mostrou para reportagem sua conta de luz. Ele disse que veio 308 reais de energia, mais ele pagou 326 reais, ou seja, mais 18 reais de taxa de iluminação. Moradores de Arujá denunciam que a Elektro, quando recebe ligações de moradores pedindo troca de lâmpadas queimadas, informam que isso é de responsabilidade da prefeitura, mas como se sabe, a prefeitura ainda não dispõe de estrutura para fazer esse tipo de serviço. O vereador Rogério falou que vai apresentar um Projeto de lei no sentido de haver transparência nos valores arrecadados com a taxa, ou seja, o prefeito terá que divulgar para a população quanto foi arrecadado em dinheiro a cada mês com a taxa, e onde esses valores estão sendo empregados.



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